Pov Bárbara
- O que você quer? É carinho, Júlia? – eu estava perto de cochilar sentada no sofá e ela me cutucando toda hora. Raiva.
Dedos têm utilidades mil, mas acho que a pior delas é cutucar. Quer me irritar? Me cutuque.
- Aham. Me dá carinho... – que coisa mais fofa, não me aguento.
- Pode ser na cama? Porque tô bem cansada, acho que dá pra ver. – acordei super cedo (10h) num domingo só pra receber ela aqui em casa. Aff.
- Dá pra ver sim, vidoca. Vem aqui. – ela me puxa até eu estar deitada de lado em cima dela, completamente desajeitada, claro. Me ajeito, escondendo meu rosto no seu pescoço. Ela fica mexendo em meu cabelo e acariciando minha coxa sobre sua barriga com a outra mão.
- Mas não era você quem queria carinho?
- Quando você fica assim comigo eu não consigo me sentir insatisfeita com nada. Poderíamos estar há semanas sem transar e eu não teria forças pra reclamar. – olhei pra ela.
- Estamos há semanas sem transar. Que merda. – não conseguimos ainda, desde o sequestro. Mas já estávamos liberadas, ela havia saído do hospital e estava completamente recuperada há três dias, só com uma cicatriz no abdômen, pequena e discreta.
A culpa de não estarmos transando é o meu trabalho que não posso deixar. Ontem, sábado, saímos com a Paola, Luana e Aline (que estão muito bem juntas), mas Júlia apenas me deixou em casa e foi passar a noite com a mãe, prometendo voltar hoje.
Voltou e almoçou aqui, agora estávamos descansando e vendo TV, mas tá me dando aquele soninho que dá depois do almoço.
- Pois é, mas eu não estou reclamando, estou?
- Tão fofa não pensando em sexo comigo deitada em cima. – fui irônica.
- Você é chata pra caralho, Bárbara. Fica quieta aí.
- Chata pra caralho, sim, mas minha mão está perto da PJ, então cuidado com o que fala. E você está me apertando, quer parar? Estou tentando dormir aqui.
- Vai se foder, fica me provocando. – beijei o pescoço dela.
- Fico. Te amo. Fico provocando e sendo chata porque te amo. Muito. – continuo beijando, sinto que ela está sorrindo. Em seguida ela se mexe como se tivesse incomodada com algo.
Excitada.
- Bárbara.
- Hm.
- Não nasci pra ser provocada.
- Nasceu sim. Se não, você não seria destinada a mim. Porque eu provoco mesmo.
- Ok, você tem razão, mas... Também tem que escolher, porque eu não tenho paciência ou vontade de te provocar de volta. Ou me fode agora, ou cede ao cansaço que diz sentir e tira um cochilo aqui comigo. – qualquer uma das duas coisas tava perfeito. Com ela acho que até um show de forró estaria perfeito.
Nada contra forró, só não é o meu estilo favorito de música. Tudo contra shows, odeio tumulto. Aquele show da Yasmin naquele camarote foi um sonho.
Aquele dia parecia um sonho.
- Me leva pra cama, vida. Lá eu decido. – ela concorda e fica sentada, desligando a televisão. Me ajeito com uma perna de cada lado do seu corpo e ela levanta comigo no colo. Abraço-a com minhas pernas.
Quando entramos no quarto, ela me coloca com delicadeza na cama, deitando por cima. E me beija, rapidamente. Troca as posições, me ajeito em cima dela.
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Mine
Romantizm"É porque eu já tive mulheres, digamos assim, isso parece idiota e clichê, mas com nenhuma delas foi como é com você. Estar apaixonada, pra mim, é novidade. Você diz que é minha, e que gosta de ser. Então, quer ser minha pra sempre? - mas o que? Que...