Capítulo 6

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Papai se ofereceu para me levar para a escola mas não tinha necessidade já que ele estava atrasado e eu só iria sair daqui meia hora. Ainda estou pensando na noite de ontem e eu nunca me senti  tão a vontade como ontem.

Estou preparando meu café da manhã e ouso tentar fazer algo criativo. Espero que tenhamos mais dias assim, Monique fez meu pai mudar de alguma forma. Ele está maia presente, mais feliz. E isso me deixa feliz também.
...
Estou saindo de casa e me deparo com Arthur, ele está tão...formal. O cabelo está perfeitamente arrumado, ele não está usando as roupas casuais de sempre.

- Uau, até parece um verdadeiro rapaz de família. - Digo provocativa.

- Muito engraçado. Estou indo a uma entrevista de emprego. - Ele responde a minha provocação com seriedade.

- Bem, boa sorte, espero que consiga.

- Quer carona? - Ele pergunta.

- Ah, não. Não quero que se atrase.

- Não vou me atrasar, vamos. - Ele diz segurando minha mão e me levando até o elevador.
...
- Obrigada.

- Posso vir te buscar? - Ele pergunta com um sorriso lindo no rosto.

- Pode.

Depois que me despeço de Arthur Lúcia vem correndo em minha direção toda animada.

- Amiga, quem é esse cara? Ele é um gato.

- É meu vizinho, Arthur. - Respondo casualmente esperando que ela não faça mais perguntas.

- Só isso? Por que ele te deu carona?

- Deus, nós somos só amigos. Pare de me incomodar com isso.

- Calma, só fiquei curiosa.

- Tudo bem, vamos para a sala.
...
Mas claro que Lúcia não iria deixar essa história de lado. Ela passou o dia todo falando de  Arthur, já estava me incomodando.

Decido ficar longe dela no intervalo, não aguento mais ela falando do mesmo assunto e da mesma pessoa.

- Oi, posso sentar aqui? - Pergunta um garoto que eu nunca vi no colégio.

- Pode, você é novo aqui? - Não consigo conter a curiosidade ele parece ter a minha idade mas com certeza não frequenta as mesmas aulas que eu.

- Sou, hoje é meu primeiro dia. E as pessoas aqui não são muito receptivas.

- Você não faz ideia.

Passei o intervalo com Gustavo. Ele é bem legal e sinto que já somos melhores amigos. Ele faz aula de literatura comigo e me pediu para sentar com ele.
...
Estou na entrada do colégio mexendo no celular quando Adrian aparece na minha frente.

- Posso ajudar? - digo com receio.

- Fala para o seu amigo, que vai ter volta. - Ele diz ameaçador.

- Fala você se é tão corajoso assim. - Desafio e logo me arrependo. Seus olhos comessam a ficar vermelho e seu corpo erigisse.

Quando pensei que ele fosse me bater Arthur chega e ele para instantaneamente quando o vê.

- Tudo bem por aqui? - Pergunta Arthur.

- Sim. - Diz Adrian saindo de perto da gente.

Arthur e eu seguimos até o carro e não falamos nada até chegarmos no estacionamento. Ainda bem que ele chegou antes que Adrian pudesse fazer alguma coisa, devo muito a ele.

Depois de agradecer Arthur por ter me ajudo com Adrian eu vou para casa e encontro meu pai, Monique e... Minha mãe.

- Oi, filha. - Diz minha mae com um sorriso no rosto. Ela não mudou muito desde a última vez que a vi.

- O que você está fazendo aqui? - Pergunto e logo me arrependo quando noto meu tom rude.

- Queria te ver.

- Você não me vê a anos, se  quisesse mesmo me ver teria feito isso bem antes, ou melhor nem teria me abandonado.

- Amber, calma. - Diz Monique com um tom maternal.

- Eu não podia, estava em uma clínica e agora não bebo mais. Você pode voltar para a casa comigo, podemos voltar a ser o que éramos antes.

- Não, eu quero ficar aqui com o meu pai.

- Filha...

- Não me chame de filha. - Eu a interrompo. - Você perdeu esse direito quando desiatiu de mim. Eu não quero voltar com você. Minha casa é aqui e minha família é essa.

Saio de casa e bato a porta de Arthur, assim que ele abre a mesma entro sem nem ao menos pedir.

- Que foi? - Ele pergunta, a preocupação nítida em seus olhos. Só então percebo que estou chorando.

- Não quero falar sobre isso. Posso ficar aqui?

- Claro.

Ele se senta no sofá ao meu lado e fica olhando para mim com espectativa de que eu diga alguma coisa, mas eu não posso. Estou confusa e com raiva, só quero que minha mãe vá embora e não me procure mais.
...
Passo o dia todo na casa de Arthur, quando comessa a escurecer e Monique bate a porta e pede para que Arthur nos deixe conversar a sós. Ele olha para mim como que pedindo permissão, eu digo que está tudo bem e ele sai do apartamento fechando a porta atrás de si.

- Querida, você não acha que foi um pouco rude com ela? Sei as coisas que ela te fez mas ela está tentando se reaproximar de vocês.

- Vocês? O papai também?

- Sim, ela quer que vocês voltem a ser uma família. - Diz Monique calmamente.

- Ele não pode aceitar essa ideia. E você? Ele não pode fazer isso, ela nos abandonou e você o faz feliz.

- Ele não disse que me abandonaria, mas se ele fiser isso eu vou entender e isso não quer dizer que vamos deixar de ser amigos.

- Mas vocês não são amigos. - Monique olha para com os olhos triste e só então pude perceber que ela esteve chorando. Seus olhos estavam inchados e um pouco vermelhos.

- Desculpe, vou falar com ela mas mesmo assim, eu não quero ter que ir embora e muito menos que meu pai volte com ela e eu vou falar com ele também.

- Tudo bem, mas não se meta muito. Eles são adultos e têm que resolver os próprios problemas. Agora vamos, seu pai está preocupado. - Ela se levanta e estende a mão para mim.

- Vamos. - Digo pegando sua mão.
...
Quando chego em casa vejo Arthur conversando com meu pai, quando entramos eles se levantam e Arthur diz que tem que ir embora. Espero que meu pai não tenha dito nada de mais, já não basta minha mar chegar de para- quedas na minha vida, se ele sair eu não aguentaria.

Depois que Arthur vai embora Monique e meu pai ficam conversando e eu vou para o meu quarto, estou cansada, o dia foi bastante intenso e eu preciso me desligar dele.
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Hey pessoal, desculpe a demora para postar. Eu estava sem criatividade e sem tempo também.
E o que vocês acharam desse capítulo? Não esquece de votar e de comentar também.
Essa na capa é a mãe da Amber. Bjs.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora