Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro Fundadores

12 - A Cidade das Sombras - Parte 1

O portal abrira-se algures num sítio sombrio e esquecido. Um lugar, para além do mundo e dos conhecimentos de Feiticeiros e Guardiões. Onde nenhuma alma, mesmo perdida, se atreveria a entrar. Pairava um ar congelante como a própria morte, o seu silêncio era insuportável e o seu aspeto tenebroso. Criaturas da noite, não pareciam sequer existir no local. Mochos, lobos ou mesmo morcegos. Nada se ouvia, a não ser o leve vento que trespassava as altas e negras árvores daquela grande floresta. Pareciam há muito plantadas, esquecidas, abandonadas. Os seus ramos retorciam-se e as suas fendas pareciam rasgar-se cada vez mais a cada olhar. Folhas, já há muito caídas. Castanhas no chão negro. O seu céu era escuro como breu. Nem uma estrela, ou lua que se visse. Não se avistavam nuvens que pudessem tapa-las. Como se naquele horizonte nunca tivesse nascido luz. No entanto, algo, sem saber o quê, permitia a visão nítida do local. Como se uma clareza iluminassem tudo na profunda escuridão.
Os TBF, com tal rapidez, nem entraram no portal direitos. E com tal impulso e velocidade, acabaram por cair uns em cima dos outros, mal chegaram ao seu destino. O pobre Hiccup, foi quem levou com todos eles em cima, acabando com a cara emborrachada na terra poeirenta. O Portal fechara-se.

Hiccup: "Sabem...eu não quero ser indelicado, mas...vocês não são propriamente levezinhos! Logo...SAIAM DE CIMA DE MIM!!"
Rapunzel: Oh desculpa, Hiccup! - e saltou dali, levantando-se de seguida.
Jack+Mérida: Desculpa!

E afastaram-se. Este ergueu-se num gemido de dor e começou a sacudir-se.

Hiccup: Eu acho - e colocou a mão na nuca - que vocês me partiram alguma coisa! - e endireitou as costas - Só acho! Mas gostava imenso de saber, o quê.
Jack: Foi a pressa! Desculpa, Hiccup!
Hiccup: Não tem mal, Jack! Já levei com muito piores - e apareceu a cabeça de Desdentado na sua sacola - Sim! Estou a falar de ti! - ele chateou-se - E olha que em grande não pesas pouco! Não me vou esquecer daquele dia de inverno! - e suspirou - Porque é que eu estou sempre a levar com as coisas em cima?!
Rapunzel: Talvez...se não causasses tantas explosões, enquanto tentas criar uma nova "invenção", não te caísse tanta "madeira" em cima!
Hiccup: Foi um imprevisto! Além disso eu fiz isso no cave!
Rapunzel: E depois sou eu quem traz problemas!
Hiccup: Olha, fica sabendo...
Mérida: MALTA! - antes de aqueles dois começarem uma discussão.
Rapunzel+Hiccup: O QUE É?!
Mérida: Primeiro: Não comecem! Segundo - e virou-se de novo - Vocês têm de ver isto - e voltou a olhar o horizonte, enquanto os outros se aproximavam.

A paisagem não era nada mais do que um poço de tristeza e desespero. Pelos menos, eram essas as palavras que surgiam com mais frequência, para descrever aquele lugar. Uma passagem de pedra já muito calcada, estendia-se sobre uma lagoa. Parecia flutuar sobre ela. A sua água era como uma verdadeira sombra. Imobilizada pela morte e perda. Extensa como o infinito, se encontrava. Perdendo-se de vista no horizonte, tal como a floresta. No entanto, aquilo que era impossível não avistar, era a enorme muralha á frente deles. Situada no final da passagem, que os conduzia. Tão alta e de aspeto tão pouco rugoso, que parecia escorregar. De modo, a não existir nenhuma outra entrada, a não ser o gigante portão retangular onde na ponta, formava um arco bicudo. Um silêncio dominou aqueles quatro num instante.

Hiccup: Mais...alguém teve um calafrio?
Jack: Podes contar comigo.
Mérida: Este lugar...- e olhou em redor - como?
Rapunzel: Acho que tem as suas razões.
Hiccup: Como é que alguém consegue viver aqui?!
Rapunzel: Quem disse que vive? - o irmão olhou-a - É Cidade "das Sombras"!
Hiccup: Lá isso é.
Jack: Mas...eu não vejo nenhuma cidade.
Mérida: Só mesmo, a "Floresta das Sombras e dos Indesejados"!
Hiccup: Este lugar é arrepiante!
Rapunzel: Este deve ser o território à volta da Cidade! Mas não se ralem! A entrada já encontramos - e olhou o portão - só falta mesmo...o Livro? - e pôs-se à procura.
Mérida: Como é que será que entramos? - perguntou-se retoricamente.