Parte 22

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Não tenho uma data ou algo do tipo para mim atualizar aos fatos.

Eu só sei que  fomos ficar na casa do tio Théo estava indo tudo de mal a pior em relação a saúde de minha mãe.

Ela toma muitos medicamentos e fazia a quimioterapia, mais, nada estava resolvendo.

No início ela até que estava  sendo bem cuidada, sabe em partis foi muito bom ela ir para casa do irmão porque Damon a tratava muito mau, fazia ela chorar e brigavam muito toda vez que tinha as cessões de quimioterapia.

Tio Théo acho que estava com a consciência pesada por tudo que fez e quando descobriram que minha mãe estava desenganada pelos médicos ele se sentiu com a responsabilidade de seus últimos dias de vida, tentar ser perdoado.

Como disse esses últimos meses foram os que eu e mãe ficamos mais próximas. Fiquei sabendo de mais algumas coisas e contei outras pra ela.

Era como  se ela já soubesse que estava no fim de seus dias,  me orientou sobre tudo desde a mim comportar com minha família e em relação a minha própria vida.

Lembro que ela não conseguia dormir a noite então passávamos a madrugada conversando, assistindo ou lendo a bíblia e orando.

Ela sempre foi muito religiosa e o que me impressionava mais era sua força, em nenhum momento eu a vi reclamar da vida que estava levando.

Na verdade uma vez peguei ela orando e perguntando ao senhor o porque dela está vivendo dias tão terríveis de dor e sofrimento e no mesmo momento agradeceu a ele, porque só ele sabia o que faz.

Nesse período eu abdiquei de tudo e de todos e vivi só para fazer companhia a ela, no mundo ela era meu alicerce, então estava ligado a ele.

Por incrível que pareça nas minhas noites durante aqueles meses não tive sonho algum, simplesmente nada.

Eu não fingia, eu vivi minha dor para que todos vencem em minha face, menos para minha mãe.

Como disse a princípio ela estava sendo bem cuidada, só que os dias foram passando e tio Théo cansou.

Os cuidados diminuíram e os desejos aumentaram, eles começaram a pedir sua morte não estavam suportando mais.
Então eu arquei com o trabalho pesado com 16 anos, carregava minha mãe no colo.

Força?

Nunca tive.

Coragem?

Tinha de sobra.

Amor?

Imensurável...

Jamais desistiria dela porque sei que jamais desistiria de mim.

Nada e ninguém no mundo valia tanto quanto ela valia em meu ser.

Até aquele dia chegar.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora