Capítulo 16

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Guilherme Narrando

-E ai parceiro. –Disse Alex me cumprimento com um abraço.

-Parceiro? –Encaro-o furioso. –Tu me larga pra cuidar da porra da favela toda sozinho pra sair com essa vadia? –Digo em tom alterado.

Estava muito nervoso, não porque estava cuidando da favela sozinho e sim pelos dois ter saído no maior clima. A favela toda comentava que os dois haviam saído de moto todo sorridentes. Eu estou muito puto com Eloá, hoje cedo transamos e ela gostou que eu sei e agora já está de romance com o meu amigo. Eu não entendo qual é o problema dessa garota, me usa e joga fora como se ela nem se importasse comigo.

-Tu é meu amigo, mas não admito tu faltar com respeito com a minha mulher, tá ligado mano? –Alex se aproximou de mim e me peitou.

Pela primeira vez ele estava agindo comigo da mesma forma que agia com os moleques do movimento quando fazia alguma merda.

-Alex... –Eloá o puxou pelo braço e afastou ele de mim. –Sem brigas! –Ela diz olhando para o Alex e depois me olha pelo canto do olho. –Você é um imbecil. Respeita-me seu... –Ela diz furiosa.

-Te respeitar? A garota vê se cresce. Você não é nada, apenas mais uma. –Digo furioso.

Eloá fica de boca aberta me olhando com os olhos cheios d'água. Ela virou o rosto limpando rapidamente suas lágrimas e quando voltou a olhar para mim eu vi fúria em seus olhos. Ela suspirou fundo e voltou a olhar para Alex.

-Tu tá passando dos limites caralho. –Disse Alex

Estreito os olhos e cerro o maxilar, estava tão puto com Eloá e ao mesmo tempo eu queria tê-la em meus braços, assim como Alex a têm. Alex mudou e não percebe a demônia que está ao seu lado, mas eu sim, eu percebo. Aliás, percebo mais do que devia.

-Deixa esse moleque pra lá, não vale a pena brigar com pessoas... Insignificantes. –Ela diz puxando o rosto do Alex para perto do dela. Cerro o punho e fico de boca aberta ao vê-la beijando o meu amigo. –Tenho que ir, o dia foi ótimo. Muito obrigada. –Ela diz, e depois dá um selinho no Alex.

Ele sorrir e fica com um semblante de bobo para ela, a minha vontade era de esgana essa dêmonia ali mesmo e contar toda verdade de quem é a verdadeira Eloá para o Alex, seria certo de que ele iria acreditar em mim e capaz de mata-la também, mesmo eu odiando ela agora, não quero a sua morte. Se for pra morrer que seja eu que a mate.

Ela abre o portão e se vira para entrar, se aproximo dela e respiro fundo olhando aquele rosto angelical. Estava louco para beija-la e dá umas boas palmadas naquele bunda. Pra piorar tudo ela usava uma roupa curta, nunca tinha visto ela de short e a demônia ficava mais gostosa ainda.

-Não vai me dá boa noite, garota? –Digo por impulso. Ela me olha por alguns segundos e abre um sorriso sarcástico.

-Te desejo uma péssima noite, mal educado. –Ela diz batendo o portão na minha cara e entra em casa, Alex ria da situação e a minha vontade era de socar a cara dele.

Ele pode ter todas as mulheres do morro e até as minas da zona sul, mas tinha que pegar justo a garota que me tira do sério? E garota que eu quero?

-Para de rir porra, tá achando graça de quê? –Digo furioso e ele cessa os risos e me encara sério.

-Fica calmo irmão, tu tá só a neurose, porra. Oque tá pegando pra tu tá assim? –Indagou cruzando os braços.

-Nada, não é nada. Só... Acho que tu tá caindo de cabeça nesse lance com essa mina. –Digo olhando nos olhos dele. –Eu te conheço, tu só quer comer ela e tu já conseguiu né? Então mete o pé disso.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora