Lucian

107 6 4
                                    

Era uma tarde de domingo chuvoso, como no dia anterior, Lucian estava só no seu quarto. Deitado num colchão velho e surrado, estava num estado "vegetativo", devido à uma pneumonia.
Lucian ouviu um bater na porta do seu quarto:
-Q... Quem é? - Perguntou, com uma voz um tanto quanto baixa e fraca.
-Sua mãe. -Respondeu-lhe, já adentrando no seu quarto.
Ao vê-la, Lucian esboçou um sorriso. Viu que ela trazia uma tigela de barro, em uma das mãos, e na outra, alguns pedaços de pão tipo baguete.
-Onde a senhora conseguiu dinheiro pra comprar isso? -perguntou-lhe Lucian, que já se sentava pra pegava a comida.
-Eu não te disse? - Respondeu - Estou trabalhando agora.
-T... Trabalhando?! -Disse ele com o cenho franzido, já com a tigela e o pão nas mãos.
-Sim, trabalhando, meu Deus, você leva tanto tempo assim pra discernir uma informação? -Disse ela com um sorriso estampado no rosto.
O que ela viu, não era à reação esperada. Lucian à fitava com uma cara seria.
-Mãe... Em que a senhora está trabalhando?
-Eu estou trabalhando como camareira de um hotel próximo ao trabalho do seu pai.- Respondeu ela.
-A senhora vê o pai com frequência?
-Lucian... Pra ser sincera, não. Na verdade, ele nunca está lá quando eu passo.
-Que estranho... - Afirmou Lucian - O pai era mais presente antes do Marcus nascer.
-Concordo. -acentiu ela.
Lucian, logo após acabar de comer, sentiu-se um pouco melhor, logo levantou-se. Desceu os 10 degraus que davam até seu quarto, parecia que gritavam de dor a cada pisada.
Olhou sua mãe, na cadeira de balanço, que começará à tricotar alguma coisa, uma meia, talvez? Pegou seu casaco no porta casacos que ficava logo ao lado da porta e abriu a mesma. Ainda chovia.
-Pra onde o senhor pensa que vai? -disse a mãe da sala.
-Tenho que trabalhar, ajudar nas despesas de casa. - Rebateu ele.
-E se você morrer, quem pagará as despesas? - Disse ela num tom de ironia.
-A senhora tem o Marcus, quando ele já for moço, coloca pra trabalhar também.
-Lucian, você não vai!! -Afirmou a mãe de Lucian.
-Eu já estou melhor, a sopa me curou.
-Não acho que uma tigela de sopa tenha te curado...
-Então... Já vou indo!
-Lu... - Lucian fechou a porta antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.

(Continuem lendo, por gentileza,  à história está apenas começando.)

A Idade Das Trevas TrevosasOnde histórias criam vida. Descubra agora