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O asfalto quente queima a sola do pé dos irradiados. O sangue goteja de suas bocas, se ouve de longe o grunhido da bestas sedentas por algo vivo que as alimente.

O asfalto quente vibra com a passagem dos veículos que protegem os poucos sobreviventes da epidemia. Se via no canteiro na beira da estrada a placa sinalizando a provável parada do comboio, em busca do pouco que sobrara para sobreviver.

Cerca de dez futuros minutos, o grupo chega ao local pretendido. O jovem motoqueiro com seus 1,75, cabelo curto, pele bronzeada e físico repleto de músculos foi primeiro a descer de seu veículo, encostou sua Davison na pilastra de sustentamento.

- Grego... --- Bradou o motoqueiro ---

- Encontrou algo? --- Pergunta o loiro, dez centímetros mais alto que o rapaz da Davison, passa a mão para limpar o suor e a sujeira em sua face branca. ---

- Não... somente te chamei para me ajudar a fazer a ronda no local antes de todos descerem... --- Respondeu o moreno. ---

- Lipe... espera um pouco, vou acordar o Luiz e vamos matar alguns "cabeças ocas" --- O moreno se pronunciou e se afastou. ---

O rapaz Moreno que atendia pelo apelido "Lipe" seguido do loiro Grego se aproximaram de um dos membros do comboio que repousava sobre o último colchão de uma triliche em um dos dois trailer.

Grego puxou o colchoado feito de trapos que cobria o rapaz moreno que ainda dormia. Pelo extinto que foi obrigado a ter para se manter vivo, o adormecido despertou e logo apontou a Glock para a cabeça do loiro.

- Ei... ei... me rendo... --- Grego disse em tom de piada e deboche. ---

- Otário... a próxima leva um tiro para parar de ser babaca. --- Disse o moreno se levantando, baixou a pistola e pegou a camiseta escura que estava no chão, e a vestiu. ---

O moreno colocou o colete à prova de balas, logo Pocissionou os três coldres de couro e suas respetivas armas dentro, e rente ao corpo esculpido pelos anos no exército havia uma longa bainha onde o mesmo colocou seu facão favorito.

- Foi brincadeira... Para que se estressar? --- Disse Grego voltando a seriedade e questionou seu amigo. ---
- Então Luiz... apesar de qualquer coisa... temos um local para vistoriar... bom que já preparou seu arcenal... --- Finalizou o loiro. ---

Após as provocações, o moreno e o loiro saíram do trailer com o que precisavam para o reconhecimento de perímetro e busca de suprimentos.

- Dormi mal... Felipe parecia que estava dormindo enquanto dirigia... não via os obstáculos na estrada... o treiler balançava demais... --- Luiz reclamou . ---

- Bom... bom que sentiu a mesma coisa que senti antes-de-ontem enquanto você dirigia... --- Felipe também reclamou, se aproximando de seus amigos com uma expressão debochada. ---

As portas da grande carreta negra abriu. Do grandioso veículo desceu uma garota aparentando ter vinte anos de idade, estatura baixa e de longos e trançados cabelos castanhos, suas roupas encardidas pela poeira e na bainha de tecido carregava a longa faca de combate de punhau, revestido por finas tiras de borracha retiradas de uma velha câmara de bicicleta.

- Discussão leva a nada... --- A garota se pronunciou, sua expressão estampava seriedade. ---

- Bia... ninguém estava discutindo... apenas jogando a verdade... um na cara do outro... --- Disse Felipe. ---

- Faço das palavras dele, as minhas... --- Falou Luiz. ---

Após rápidas encaradas de ambos, Felipe se aproximou de sua moto.

Vida pós morteWhere stories live. Discover now