Dedico esse capítulo a alguns leitores muito especiais: DiegoBrito096 , DavidSouZza e d_sell. Espero que vocês gostem!
...
Era manhã, acordei com Vítor segurando a cadeira de rodas ao lado da minha cama, eu ainda estava mais dormindo do que acordado, e ainda não fazia ideia do que aquela Cardeira estava fazendo ali.
- Bom dia Ruan. - Vítor parecia triste mesmo mantendo um sorriso no rosto.
- Quem é Ruan? - perguntei durante um bocejo.
- Que? - ele parecia esquivo com a pergunta.
- Você disse: Bom dia Ruan.- o encarava nos olhos enquanto me sentava na cama.
- Eu não disse isso.- rebatia Vítor.
- Disse sim!
- Não disse Kevin!!!
- Ta bom, que seja, para que essa cadeira de rodas ? - eu havia notado que Vítor fechou a janela do meu quarto enquando dava um sorriso bobo.
- Oque foi ? - perguntei achando graça da cara que ele havia feito.
- Nada não! Vai escovar os dentes e lavar essa cara que a gente vai passear.- ele permanecia prostrado na frente da janela fechada e insistia para que eu andasse rápido.
- Eu vou se você me contar aonde você foi ontem!- eu disse o olhando de baixo a cima bancando o pai.
- Dona Lara me deu um dia de folga ai fui fazer uma coisa que não fazia a muito tempo. - disse ele sorrindo, um lindo sorriso sincero.
- Tudo bem, eu volto em um minuto.- disse enquando adentrava o banheiro. Não demorei muito, quando sai Vítor estava lendo o jornal no sentado na sofá, perguntou se eu estava pronto e assenti com a cabeça. Ele pediu para que eu sentasse na cadeira de rodas, na verdade me obrigou, assim que saímos do quarto o corredor estava cheio de gente, médicos, pacientes, enfermeiras, enfermeiros, o pessoal da limpeza. Todos estavam no corredor esperando eu passar, alguns tinhas flores com bilhetes que diziam: "ele te ama" outros aplaudiam e gritavam, estava uma verdadeira festa aquele hospital. Eu de vez em quando olhava para cima e via Vítor sorrindo e pensava que aquele safado havia me enganado direitinho.
Já na sala de espera havia algumas pessoas, me surpreendi quando algumas crianças com câncer, cujo eu já tinha visto no hospital, levaram para mim uma sexta enorme com um ursinho e varias outras coisinhas dentro, elas me deram abraços e beijos e era de comover qualquer um a felicidade delas em comparação a tudo que elas já passaram mesmo naquela idade. Na porta de saída do hospital, todas as pessoas que mais tiveram contato comigo estavam paradas na frente bloqueando minha saída, eu limpava minhas lagrimas e sorria que nem um bobo enquanto as pessoas faziam uma roda ao meu redor e falavam todas ao mesmo tempo e de repente ouvi a voz de dona Lara - É aqui que a cadeira fica.- ela estendeu a mão enquanto sorria e eu logo tratei de segurar. Vítor ou sei lá quem tampo meus olhos enquanto MINHA SOGRA me levava para fora, meus olhos ainda estavam fechados quando a mão que me tampava a visão se retirou, só abri os olhos quando senti o abraço forte de Reeh e meus olhos encheram de lagrimas quando vi todo logo corredor de árvores que havia na extensa entrada do hospital com folhas grampeadas com as mais distintas frases de amor. Reeh sorria como se tivesse acabado de conquistar meu coração e havia mesmo, dei um leve selinho nele e segurei sua mão ele retribui apertando forte.
- Saudade. - ele sorria para o horizonte enquanto algumas folhas se soltavam das árvores.
- Também morri de saudades meu amor.- falei admirado vendo as árvores cobertar para com declarações, o vento fez o favor de espalha-las pelo mundo, uma das centenas de folhas veio para perto de mim, eu precisei soltar a mão de Reeh andar alguns passos e agacha para pega-lá, li o que estava escrito em voz baixa para que somente eu escutasse - "você foi a primavera que eu precisava para hoje viver em meio as nossas flores"- não sabia se ele tinha escrito isso ou não mas não me importava o importante é que eu havia amado e estava pronto para recomeçar a nossa história.
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Notas de um amor.
RomansaNunca foi tão fácil sorrir depois que ele apareceu, a vida ganhou um cor nova e ainda mais bonita, meus olhos se encheram de uma alegria sem fim que as vezes chega a transbordar. Se todos pudessem sentir oque eu sinto, se todos pudessem ver oque eu...