Droga De Amor (Parado)

Capítulo 2

Algumas horas depois...
(Abra a imagem para ver a roupa de Eloise)

·Campainha toca·

-Oi Anna -falei pulando na porta animada

-Olá, nossa, que tumblr girl!

-Você também né gata, vamos?

-Claro.

Fomos para o carro da Anna. Ficamos falando sobre o show, eram algumas bandas novas, tocavam uns rocks de garagem, não era muito conhecida, só íamos pra passar um tempo juntas.

-Chegamos, vou ver o lugar mais próximo pra estacionar. Depois me lembre de onde o deixei, sabe que sou esquecida com tudo.

-Tudo bem.

Quando entramos no salão, estavam tocando "mulher de fases", ficamos lá na frente um pouco dançando, mas logo saímos. O lugar estava totalmente lotado. Fomos até o bar que tinha lá, pedimos uma bebida qualquer e ficamos sentadas curtindo o som da segunda banda.

-Elô eu vou dar uma saidinha e não demoro.

-Tudo bem, vou ficar aqui.

De repente, alguém senta na cadeira ao meu lado trazendo dois copos de bebida. Era um rapaz, era alto, cabelos castanhos e olhos cor-de-mel. Era lindo.

-Oi moça bonita -disse ele falando meio alto pois o som estava bem alto

-Olá, te conheço?

-Ainda não -ele me olhava e sorria, mas não era um sorriso malicioso, era um sorriso que me derretia.

-Qual seu nome?

-Pedro, e o seu? -logo em seguida ele me deu a bebida

-Eloise...

-Você é linda, Eloise.

-Se veio aqui fazer aquelas cantadas que todos fazem, pode ir embora.

-Calma, eu não sou bom em cantadas. E mesmo se eu fosse, não cantaria qualquer uma.

-Quem me garante que eu não sou só mais uma linha no seu livro?

-Ninguém, mas te garanto que se aceitar fazer parte dele, vai ler e ler novamente todos os dias, até pedir a continuação.

-Nossa, você é péssimo, além de muito clichê.

-A vida tem dessas -disse ele olhando pro nada e sorrindo, ah aquele sorriso... -quer sair daqui?

-Estou esperando uma amiga, não posso sair sem antes avisar ela.

-Se estava me esperando eu cheguei -disse Anna vindo por trás de mim seguida de um cara que parecia ser simpático -você já vai?

-Acho que sim, já está tarde.

-Eu vou ficar mais um pouco -ela se abaixou perto de mim e sussurrou -eu conheci esse cara agora a pouco, estou bem animada, e parece que você também não perdeu tempo.

Sussurrei de volta um "divirta-se".

Saí de lá com o Pedro e fomos caminhar pelas ruas. Eu não parava de olhar aquele sorriso, e acho que ele também havia reparado o meu.

-Gostei de você, Eloise.

-Pode me chamar de Elô

-Diz isso pra todos? -disse ele parando de andar e me olhando com uma sobrancelha levantada, oque me fez rir

-Não, só pros mais gatos.

Ele sorriu

-Tá bem tarde, meu carro não está longe daqui. Quer ir pra minha casa? A gente pode...

Não deixei ele terminar a frase, já imaginava as intenções dele.

-Não, obrigada. Tchau Pedro. -disse dando as costas para ele

-...ver um filme. Eu fiz alguma coisa?

-Não, mas ia. Então tchau.

-Me desculpe. Posso só te pedir uma coisa?

-Pode, mas não garanto que vou cumprir.

-Case com alguém que insista em ver seu sorriso toda manhã e não enjoe dele, até porque ele é lindo. Boa noite

Corei ao ouvir essas palavras, mas fingi que não liguei e fui atrás de um táxi.
Após uns minutos caminhando, vejo Pedro falando com Anna, mas penso ser minha imaginação e dou de ombros.

-X-

No dia seguinte...

Hoje acordei de uma maneira diferente, não foi com despertador ou com meu pai dizendo que está tarde, foi com o sol iluminando meu quarto, e como era bom acordar daquele jeito. Ainda deitada, olhei pro criado-mudo e peguei meu celular, estava bem tarde mesmo, mas não foi isso que me chamou atenção e sim uma mensagem de um número desconhecido. Abri para ler

"Querida Eloise, seu sorriso me encantou, e não é qualquer uma que consegue essa proeza haha.
De: Pedro"

Fiquei assustada, como ele conseguira meu número?

Levantei-me da cama e fui até a janela do meu quarto, abri a mesma e vi meus vizinhos gêmeos de 8 anos brincando na calçada com um gatinho que parecia ser de rua. Ultimamente comecei a prestar atenção em coisas pequenas ao meu redor e em como a rotina da minha vida me esmaga. Olho novamente pra janela e penso "minha vida não está aqui", uma parte dela sim, mas o pouco nunca me bastou. E qualquer coisa me bastava pra que eu me imaginasse percorrendo estradas a fora, era uma música, ou até um livro. A primeira vez que entrei em um avião e olhei o mundo lá de cima, indo pra um novo lugar, pensei "é assim que quero me sentir sempre", com o frio na barriga por saber que irei experimentar o desconhecido. Acho que todos deveriam se sentir assim, saber abraçar o desconhecido, e não fugir dele. Porque se eu pudesse escolher sentir algo sempre, seria a de quando o vento do desconhecido sopra em você, e a liberdade é sentida da forma mais incrível possível.

Oi meus amores, tudo bem?
Espero que tenham gostado desse capítulo, os próximos serão bem melhores!
Se gostou não esqueça de votar, isso me ajuda muito e ajuda a estória a crescer também, além de ser um incentivo pra mim.
Estou aceitando dicas de leitura.
E um livro que eu quero muito indicar a vocês é "A Melodia Da Sua Voz" da minha querida @littletorta , além de ela ser um amor de pessoa, escreve muito bem. Espero que gostem da dica.
Bjs e até o próximo capítulo.