-- Ally! Ally! ALLY! - Samuel grita e eu olho pra ele.
-- O que é?
-- Da pra me ajudar aqui? - ele pergunta e eu vou até ele e o ajudo a arrumar os livros que acabaram de lançar.
-- O que você tem? - ele pergunta.
-- Nada.
-- Nada? - Samuel pergunta erguendo a sobrancelha direita.
-- Sim, nada. Tirando o fato dos meus pais estarem se separando. O babaca do Leonardo ter terminado comigo no dia do meu aniversário. Minha festa de dezesseis anos ter sido uma porcaria. E eu ter que estar aqui aguentando os clientes que nem olham pro meu rosto. Nada.
-- Você tem mais sorte que eu! - um garoto de cabelos negros fala pegando um livro que não consigo ver o nome.
-- Sorte... Ganhar na loteria seria sorte! - falo e Samuel rir.
-- Você está achando sua vida ruim? - o garoto pergunta e olha pra mim. Ele tem olhos azuis. -- Eu peguei meu melhor amigo tranzando com minha namorada no dia que iria pedí-la em casamento. - ele fala e eu acabo rindo.
-- Desculpa. É que sua vida está pior que a minha. - falo rindo. -- Quer dizer, isso não é motivo pra rir. Mas...
-- Tudo bem! - o garoto me interrompe. Achando meu nervosismo engraçado -- Ela ficou grávida!
-- Ôh. - falo e o garoto da de ombros.
-- Acho que o único problema que deve te encomodar é seus pais se separarem! - ele fala. -- O tal do Leonardo deve ser um babaca. E existe várias festas de aniversários.
-- É. Não precisa você ficar assim por sua festa ter saído horrível! - Samuel fala. -- Vai ter outras piores!
-- Que motivação! - falo e eles riem. Samuel saí e vai atender um grupo de garotos.
-- Então garota não-muito-sortuda, qual é o teu nome?
-- Eu não vou dizer meu nome pra um estranho! - falo terminando de organizar os livros
-- Eu me chamo Edward. Tenho dezessete anos. E estou termianando o ensino médio. Não sou tão estranho agora!
-- Edward? Nome bonito!
-- Como vou saber por quem chamar quando estiver sonhando? - ele pergunta.
-- Chame pela garota da Saraiva não muito sortuda! - falo.
-- Você não precisa de sorte, baby! - ele fala olhando alguns livros. -- Até mesmo porquê, isso não passa de superstição.
-- Ei! Sorte não é superstição! - falo.
-- Só falta me dizer que fada do dente existe! - ele zomba.
-- Mas existe, ué. - dou de ombros. -- Quando eu tinha sete anos, ela deixou uma cédula de vinte reais embaixo do meu travesseiro por um dente que concerteza iria pro lixo!
-- Vinte reais? - ele rir.
-- Sim. Ouvi minha mãe discutindo com meu pai por ele ter colocado a cédula errada embaixo do meu travesseiro! - falo rindo.
-- Edward! - uma garota ruiva chama ele. -- Achou o livro?
-- Já sim! - ele fala sorrindo. A ruiva suspira fundo e coloca a mão na testa.
-- Podemos ir embora? Esse cheiro de livros velhos estão me dando vontade de vomitar! - ela fala e o sorriso de Edward desaparece.
-- Essa é a minha irmã! - ele fala se virando pra mim. -- Não a culpe de ser grossa, ela aprendeu com a minha mãe!
-- Sem problemas! Pelo visto não é tão inteligente também, chamar os livros da Saraiva de velhos! - falo baixinho e ele rir.
-- Concordo contigo! Agora tenho que ir, menina da Saraiva! - ele se curva e depois se vira pra ir embora.
-- É Ally! - falo antes dele se afastar.
-- Ou iludida, como todos te chamam! - Samuel fala rindo ao meu lado.
-- Idiota! - falo revirando os olhos e indo ajudar um grupo de garotos nerds.
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Ally e Edward?
De Todo"Então ele percebeu que bibliotecárias são bem mais que garotas segurando livros".