Capítulo 4

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Diego
Cheguei em casa e o fui na cozinha a procura da minha mãe para pedir que colocasse mais um prato, estranhei que a mesa já estava pronta e haviam três pratos. Como minha mãe sabia? Ou será visita?
-Diego! Finalmente chegou! -me virei para trás e era Dave, meu irmão.
-Dave! -fizemos nosso toque.
-Cheguei e você não estava aqui, vou passar o final de semana aqui!
-Papai, Karina e Emy estão bem? -perguntei.
-Sim e o papai está louco para te ver, ele falou que queria ter uma conversa sobre a formatura ou sei lá.
-Diego como foi sua caminhada? -perguntou mamãe aparecendo na cozinha.
-Foi boa, falando nisso, me encontrei com a Clari e a convidei para almoçar aqui. Tudo bem? -respondi e minha mãe abriu um sorriso, ela gosta muito de Clari.
-Sim, sem problema algum, vou colocar mais um prato!
-O que acha de jogar vídeo-game como os velhos tempos? -perguntou meu irmão empolgado.
-Vamos! -respondi num tom desafiador.
Fomos para a sala, ligamos a TV e o aparelho e conectamos as guitarras. Nosso jogo preferido era Guitar Hero. Escolhi o nível mais difícil, eu sou craque nesse jogo.
Começamos a jogar e eu estava ganhando.
A campainha tocou e nem me importei em atender, notei que minha mãe que atendeu.
-Perdeeeeeu!! -meu irmão comemorou.
-Eu deixei, só essa vez! -falei em minha defesa, perdi a concentração com a campainha tocando.
-Oi Dave! Quanto tempo, tudo bem? -quando notei era Clari, ela cumprimentou meu irmão.
-Oi Clarita! Ainda fala com esse mane? -perguntou meu irmão me zoando, dei um empurrão nele que ficou rindo da minha cara.
-Dave, seu pateta! -me defendi.
-Venham comer, crianças! -chamou minha mãe.
Fomos para a cozinha e o cheiro da deliciosa comida minha mãe pairava no ar. Minha boca estava cheia de saliva.
Depois de muito tempo, nos sentamos na mesa com as quatro cadeiras ocupadas.
-Dona Cristina, está uma delícia! -elogiou Clara.
-Obrigada, Clari! Tem que vir aqui mais vezes! -disse minha mãe sorrindo para Clari -Sinceramente, não gosto de Camilla, Diego a trouxe uma vez e não fui com a cara dela. Diego por que não traz a Clara mais vezes?
-É mãe...
-Ai obrigada dona Cristina, gosto muito de vir aqui! -disse Clari com as bochechas levemente coradas.
-É Dih, ela é um bom exemplo pra você! -disse Dave tirando sarro.
-Ai, cala a boca! -falei o socando levemente.
-Meninos sem briga na mesa! -brigou minha mãe.
Terminamos de comer, eu e David fomos para a sala e nos jogamos no sofá, enquanto Clari ajudava minha mãe com a louça.
-Seus folgados! Dona Cristina colocou dois homens no mundo e nenhum deles a ajuda! -apareceu Clari na sala com os braços cruzados.
-Como assim não ajudamos? Toda vez que ela grita que surge uma barata eu que vou matar! -disse me defendendo, minha mãe morre de medo de barata.
-E já passou no meu quarto? Poupei trabalho pra ela -disse Dave se defendendo, já que toda vez que ele vinha pra cá, deixava o antigo quarto dele uma bagunça.
-Ai ridículos, estou falando de ajudar e não poupar tarefas!
-Ah ta bom! Vamos logo, Clara! -disse me levantando do sofá -Você vem, Dave?
-Não, valeu.
XX
Chegamos no parque de diversões e a Clari já estava morrendo de medo vendo a velocidade e altura da maioria dos brinquedos.
-Vamos apenas comer um algodão doce e ir embora? -Clari ia se aproximar da barraca de algodão doce fugindo dos brinquedos.
Antes que ela fugisse, puxei a mesma pelo braço.
-Nananão senhorita, vamos nos brinquedos e garanto que você vai gostar! -disse tentando a tranquilizar.
-Não Dih... Por favor -ela fez cara de manha implorando para não ir.
-Então vamos naquele? Ele não é tão veloz -falei apontando para o barco viking.
-Tá bom! -bufou e sorri vitorioso, a "arrastei" até a fila.
O barco parou e as pessoas que estavam, desceram pedindo por mais. Como a fila estava pequena, entramos e ela se sentou do meu lado. Quase encima de mim, ela estava com medo. Segurei sua mão transmitindo segurança e ela apertou. Os monitores do barco, colocaram as barras de segurança e ligaram o brinquedo.
Por mais que já fui inúmeras vezes, eu ainda sentia um arrepio por todo o corpo quando o barco começava lentamente.
Ia aumentando à altura e velocidade, as outras pessoas que também estavam, gritavam para ir mais alto. Clari estava branca como um papel. Mas quando o barco já estava mais rápido, no máximo de sua velocidade e altura. À adolescente ao meu lado que estava parecendo uma criança com medo, soltou minha mão e com as mãos pra cima, começou a gritar feito uma louca.
Fiz a mesma coisa, assim como todos que estavam no barco. Os minutos no barco viking passaram rápido, logo tivemos que descer.
Logo fomos para a fila do bate-bate, e quando as pessoas que estavam saíram, entramos, fomos os primeiros da fila.
Clari, uma criança num corpo de uma adolescente, foi correndo para o carrinho rosa. Ri de seu desespero para pegar aquele, era o único cor de rosa. Entrei num azul e a olhei com um olhar desafiador e ela da mesma maneira.
Quando começou, já fui atingido por um carrinho verde dirigido por uma menina de cabelos ruivos. Clari de longe deu risada, seu carrinho estava um pouco afastado.
Evitei bater nos outros carrinhos e fui até a mesma a empurrando até a grade de segurança e sai a milhão pra ela não resolver dar o troco.
-Ridículo! -quando me dei conta, ela estava do meu lado e desta vez, ela me empurrou contra a grade.
Nos chocamos diversas vezes, estava tão divertido até eu não conseguir mais me locomover com o carrinho. O tempo havia acabado.
Descemos bufando.
XX
-Clara você está bem? -perguntei vermelho e rindo.
-Você ainda ri? -perguntou indignada.
Consegui convencê-la ir na montanha russa mas não foi uma boa ideia. Clari estava desesperada para sair e foi tão hilário que tive uma crise de riso no brinquedo.
Enquanto ela estava branca como a neve, eu estava vermelho como um tomate.
Ela cruzou os braços e foi andando mais rápido na minha frente, fugindo de mim.
-Ei espera! -tentei chamar sua atenção mas foi em vão, andei mais rápido para alcança-lá -Desculpa, não fica brava é que, seu desespero estava muito engraçado.
Ela continuava com cara feia e os braços cruzados. Então a puxei para um abraço, a peguei de surpresa que ela correspondeu.
-Como pedido de desculpas, vamos a sorveteria? -perguntei sabendo seu vício por sorvete, principalmente de pistache.
-Aceito! -respondeu sorrindo e fomos rumo à sorveteria.

O meu melhor amigo é o meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora