9. De Volta ao passado.

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Como você deve imaginar, eu não dormi, e estava literalmente um lixo. Me sentia um pelo menos.

E é claro que Carmita não aliviou a barra para mim. Como vocês devem imaginar, ela nem dirigiu o lindo olhar dela para mim. Ou seja eu fiz uma merda muito grande.

- Olha, Carmita...- Ela não me deixou terminar.

- Não, só não Lorenzo! Cala a boca! – Ela levantou aquela mão perfeita na minha frente, me impedindo de aproximar-se. – Não quero falar sobre ontem, estou extremamente furiosa com você!

- Eu quero pedir desculpas, sei que agi de modo vergonhoso, mas não fiz por mal... eu só...- Não consegui pensar em uma outra palavra, eu não queria dizer a ela que eu queria isso, não queria que ela pensasse que eu estava pensando nela ultimamente. Mas também não queria que ela pensasse que eu a estava rejeitando.

- Sabe Lorenzo, por um momento eu achei que você realmente queria aquele beijo, você me beijou tão... mas depois se desculpar e dizer que foi errado? Caramba, eu me senti usada, não sou sua válvula de escape só porque você está nervoso por causa de Amellia. – se fosse possível, eu teria visto fumaça sair daquela cabecinha linda.

E Merda! Ela entendeu errado. Eu nem estava pensando em Amellia quando fiz o que fiz.

- Meu Deus, Carmita, não, jamais faria isso, eu não sou assim, Pelo amor, eu nunca faria isso com você, eu sei que agi por impulso, mas eu quis fazer aquilo, eu quis te beijar. Você é linda, quando pedi desculpas, foi porque não é do meu feitio atacar mulheres dessa forma. Foi inadequado. – Falei em completo desespero. Eu sou um desastre quando o assunto é mulheres.

- Você jura? – Meu Deus eu queria beija-la novamente.

- Juro. – falei já sem ar. Nunca me senti tão atraído assim. Perigo.

- Não ache inadequado da próxima vez. – falou se aproximando.

- Pro-próxima? – sim, eu gaguejei como um adolescente. Ela estava a centímetros da minha boca caramba.

- É...- quando senti o resvalar dos lábios dela nos meus, pensei que perderia o controle. Mas existia uma porta naquela casa, e alguém estava batendo nela. E eu odiei todas as porta do mundo naquele momento.

Nos afastamos de súbito, e Carmita estava levemente corada, o que me fez odiar mais ainda as porta e quem estivesse batendo nela, porque com certeza eu queria beija-la. Ela afastou-se para abrir a porta, enquanto eu me recompunha.

Te dou um beijo se você adivinhar quem estava na porta.

Se você acertou, vou ficar te devendo esse beijo.

Sim era ela, a Insensível. Amellia.

- Fitzgerald! Que surpresa! – Carmita parecia histérica. Bom, eu estava. Histérico.

- Oi Carmita, bom dia! Desculpe a hora, sei que é sábado, mas Luna e eu estamos indo ao parque e queríamos saber se você e o En-Lorenzo querem ir, Luna não para de falar vocês... – falou Amellia.

- Ah, Oi coisa linda da tia Mita. – falou dando beijos na barriguinha de Luna. – A Tia Mita não pode hoje, fiquei de ir visitar meus irmãos.

- Ah, tudo bem! – disse Amellia.

- Tio Lolenzo, paque! – Luna começou a bater palminhas dentro do carrinho de bebê.

- É... Tá, tudo bem... é tudo bem? – falei olhando para Carmita.

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