13. Uma namorada.

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Paul estava nas nuvens, se ele tinha dúvidas sobre ser apaixonado por Pietra, elas evaporaram essa tarde, quando todo sorriso que ela dava ele tinha vontade de beija-la. Ele estava perdido, e gostava disso.

Quando acordou pela manhã, Pietra estava de bom humor, mas não queria admitir. Sua mãe estava toda sorrisos, e seu pai não fazia ideia do que estava acontecendo com aquelas duas.

Pietra estava virando a esquina de casa quando se deparou com Paul a esperando.

- Perdeu o caminho da faculdade? – Perguntou Pietra rindo da cara de sono de Paul. – Ou perdeu a noite?

- Aqui é caminho para a faculdade, estava esperando você, e sim eu perdi a noite. O sorriso de uma certa morena não saiu da minha cabeça, e eu passei a noite tentando não aparecer na casa dela. – falou dando um abraço inesperado em Pietra.

Aquilo foi inesperado. Ele a abraçou preguiçosamente apertando o corpo pequeno e curvilíneo de Pietra no seu. Paul enfiou o rosto entre o pescoço e os cabelos de Pietra, fazendo a menina suspirar e arrepiar-se.

- Nossa precisava fazer isso, sonhei com seu cheiro. – falou como se estivesse pensando alto.

- O que você está fazendo Paul? – Pietra perguntou um pouco sem ar pelo contato do rapaz.

- Te abraçando, amigos fazem isso, e não comece a reclamar a essa hora da manhã, porque eu estou com sono, agora entra logo nesse carro que eu vou te levar, e ainda tenho uma aula chata de Direito Penal para assistir. – falou entrando no carro.

Ele passou a noite inteira pensando em como conquistar Pietra, e não mentiu quando pensou em aparecer no meio da noite para vê-la, já fez tanto isso que perdera as contas, claro, ela nunca soube, mas ele sabia qual era a janela do quarto de Pietra, e sabia também, a hora que ela adorava ler sentada no parapeito da janela, ele sempre a olhava escondido. Depois de tanto pensar, chegou à conclusão que faria Pietra se apaixonar por ele sem opções, se aproximaria dela, sem deixar nem que ela pensasse. Seria o amigo que ela queria, mas também seria o que ele queria dela.

Pietra nem tivera a chance de falar, quando vira já estava no carro de Paul com ele falando pelos cotovelos sobre o quanto odiava penal. Ela ainda processava o abraço que ele lhe dera, foi tão íntimo. Ela havia gostado. Mas estava assustada.

Quando Paul parou o carro na esquina do colégio, ele virou-se para ela, que ainda estava atônita, e colocou em pratica o que tanto havia planejado, ele deixaria Pietra tonta.

Ela ia agradecer, quando Paul aproximou-se lentamente e parou a centímetros da sua boca. Ela esqueceu de respirar. Ele a olhou nos olhos, e sussurrou bem próximo aos lábios dela, um "Tenha um bom dia Pietra", e desviou a boca para o cantinho da boca dela, tocando mais na bochecha. Ela suspirou diante da ansiedade que sentira. Ele achou que não fosse sobreviver se ela ficasse mais um minuto dentro do carro.

- Pita, preciso que você vá agora. - falou afastando-se da garota, que parecia ter corrido um maratona. Paul fez um esforço sobre-humano para agir com naturalidade. – Ou vou me atrasar, te busco na saída!

- Oh, claro, é, mas não precisa se preocupar em me buscar...- ela teria terminado se ele não a tivesse interrompido.

- Eu não pedi, eu estou avisando que estarei aqui. Até mais tarde. - disse abrindo a porta do carro para ela.

Esse cara é maluco, pensou Pietra, depois que Paul arrastara o carro como um desesperado. Ela entrou na escola ainda esbaforida com a rapidez que tudo aconteceu, ela jurara que Paul iria beijá-la, e por um segundo ela quis aquilo mais do que já quis alguma coisa. Ela estava perdida.

REENCONTRAR. ( Vol.2) ( Em Pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora