O Filho Da Minha Madrasta

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Depois do café da manhã resolvi ir logo me arrumar pra aula.
Botei o uniforme e fiquei a manhã inteira no computador, até a hora do almoço.
Passei na lanchonete e comprei um pastel.
-Não é muito saudável comer pastel todo dia! -Lili fala se aproximando da minha mesa na lanchonete.
-E coxinha é? -falo olhando para o seu lanche.
-Com certeza! -ela sorri pra mim e morde a comida. -A propósito.... Você já pensou se vai na festa?
-Eu... Lili para de me pressionar.
-Mas se você não for, eu não vou, aí vamos ficar menos populares ainda.
-Ah ok, eu penso.
-Isso!!!! -ela sorri orgulhosa.
-Posso arrumar você? Te deixo linda! Maravilhosa.
Rio enquanto ouço Lili falar o que ela pretende fazer comigo.
Em cima da mesa meu celular vibra.
-Quem é? -pede Lili.
-Não faço ideia. -olho para a tela do meu celular onde mostra um número desconhecido.
Atendo o telefone.
-Alô? -falo fazendo minha melhor voz.
-Amy, é Bruno. -fala ele. Bruno é meu instrutor, dizem por aí que sou muito agressiva.
-Ah olá! -falo.
-Preciso falar com você! -Ele fala.
-Claro! Depois da aula passo aí então.
-Não não. Tem que ser agora.
-Mas não posso, tenho aula.
-Eu digo pra seus professores que tivemos que conversar.
-Ah Ok. -falo.
-Esteja aqui em dez minutos.
Pensei: A sala do Bruno é  do outro lado do campos, não posso pegar ônibus em horário de aula, não tenho carro...
-Eu dou um jeito. -falo desligando.
-Tenho que ir Lili. Bruno quer falar comigo.
-Ok!!
Levanto e saio quase correndo com minha bolsa pesando.
Chego na sala do Bruno e vejo que me atrasei 7 minutos.
Bato na porta.
-Entra. -entro e vejo Bruno sem camisa. Não que eu esteja reclamando, mas estamos em um encontro profissional acho que não é muito certo.
-Se atrasou! -ele sorri.
-Ah sim, desculpa.
-Ok, sente aqui.
Sentei no mesmo sofá de couro de sempre e dessa vez ele sentou do meu lado.
-Você está bem? -ele pede tocando em minha mão.
-Sim. -Afasto minha mão.
-Amy... Você é linda. -ele fala.
Vacilo, quero chorar no momento em que ele põe a mão no topo das minhas coxas e me puxa pra um beijo.
Eu tento me afastar mas estou muito fraca, ele me puxa pro seu colo e eu tento recuar mas falho. Empurro ele com lágrimas nos olhos.
Levanto sem falar nada, com os olhos já marejados e vermelhos começo a chorar silenciosamente. Me viro pra ir embora mas as mãos dele me seguram.
-Isso vai ficar entre nós não é? -ele mais confirma do que pede.
-Claro que não. -falo com raiva.
Ele me prensa na parede e segura meu cabelo.
-Se contar algo você está muito ferrada.
Ele segura meu pulso forte e me arrasta. Estou tão desorientada que não vi aonde ele me levou. Apenas sei que ele me trancou em um armário de limpeza.
Choro tanto que penso que vou perder a voz.
meu celular. Penso, mas quando vou pegar na minha bolsa, vejo que não estou com ela.
Bato na porta várias vezes, ninguém me encontra. Estou sem forças e cansada. Choro e me encolho, fecho os olhos e entro em pânico.
-AAAAAAAAH. -grito liberando minha dor.
Não tenho noção do tempo que passei trancada lá.
Quando estava tão desorientada que nem sabia direito o que eu estava fazendo alguém abre a porta.
-Amy? -reconheço a voz do Igor. -Ah meu Deus o que está fazendo aqui?
Não falo nada, apenas tento levantar, mas falho.
  -O quê aconteceu? -ele pede sentando ao meu lado, ao invés de falar sento no seu colo e me encolho soluçando. -Estávamos preocupados. -Ele sussurra mexendo em meu cabelo.