Mundo Paralelo [FINALIZADA]

67 - Pai e Filho

Megan: você está brincando comigo não é? – ele riu ainda mais – quando você fez esta maldita cirurgia? Pode ser reversível você sabe!

Alfonso: claro que sim, mas para isso eu precisaria querer muito ter um filho com você, o que não é a questão aqui – jogando o exame nela – agora vá procurar outro idiota se é que está grávida de verdade! – ela pegou o papel o amassando e saindo pisando firme da sala dele.

A manhã se passou rapidamente na horário do almoço ele ligara para Anahí mas a mesma não poderia sair para almoçar, pois iria adiantar algumas coisas para que pudesse sair mais cedo, o que estava ficando bem claro que não.

Alfonso: hoje passo para pegar o David no colégio, preciso cortar um pouco o cabelo e ele também – falando com o telefone no viva voz e digitando.

Anahí: não sabe o quanto agradeço, mas ele não gosta quando fica muito curto não.

Alfonso: entendi.

Anahí: nada de franjas até por que o cabelo dele é cacheado, e nem esses cortes da moda, nada de desenhos o colégio não aceita – ele riu.

Alfonso: Annie tenha calma, não vou transformar nosso filho num rapper, irmos só aparar o cabelo – ela soltou um suspiro pesado de alívio.

Anahí: à noite passo aí para buscar ele, até por que quando sair daqui irei escolher um carro, pelo menos é o que eu pretendo – ele riu de leve.

Alfonso: vá direto lá pra casa – ela tentou contestar, mas ele não a deu brecha – faça o que estou pedindo sim?

Anahí: está bem, mas amanhã irei procurar um carro – ele riu.

Alfonso: está bem senhora – ela o xingou por chama-la de senhora – eu também te amo, mesmo me chamando de filho da puta baixinho.

Anahí: eu também te amo, agora preciso trabalhar – ele riu de leve e desligou o telefone, ligando no mesmo momento para Johnny.

Alfonso: Johnny preciso de um carro para hoje – Johnny riu ao telefone.

Johnny: qual modelo? – ele levou a mão a cabeça tentando pensar em algo que não fosse tão diferente de Anahí.

Alfonso: um volvo xc60 branco – Johnny riu.

Johnny: boa escolha, devo colocar no nome de quem?

Alfonso: Anahí Giovanna Puente Portilla – Johnny anotou rindo.

Johnny: sempre as mulheres – agora quem riu foi Alfonso.

Alfonso: vá logo que o quero na porta do meu prédio no final da tarde – Johnny gritou um sim senhor no telefone e o desligou, o fazendo rir novamente.

Alfonso: adivinha só quem veio te buscar? – chegando ao pátio do colégio assim que o sinal tocou, vendo muitas crianças o encarar com o rosto atônito.

David: papai – o abraçando – tchau Angie – se despedindo de uma garota morena de olhos verdes com um beijo na bochecha o que fez Alfonso levantar as sobrancelhas.

Greg: ele é seu pai David? – tomando coragem de falar.

David: sim, mas precisamos ir agora – disse acenando para Angie e saindo com Alfonso e entrando no jaguar preto com ele e se sentando no banco traseiro com ele.

Alfonso: já resolveu aquele impasse Johnny? – o motorista riu concordando com a cabeça – aquela é a sua namorada? – se referendo a David que fez uma careta.

David: meninas são tão estranhas e nojentas, a Angie é minha amiga por ser a menos nojenta. – Alfonso riu.

Alfonso: daqui a alguns anos vai pensar diferente, verá as mulheres como flores que devem ser cuidadas – David o encarou prendendo o riso – o que foi?

David: você está falando igual à mamãe quando assiste a aqueles filmes melosos – ele gargalhou.

Alfonso: ela chora? – David concordou rindo.

David: e fica me abraçando, dizendo que preciso ser igual a esses caras dos filmes – fazendo uma careta e Alfonso riu ainda mais.

Alfonso: sua mãe é uma romântica – David negou com a cabeça.

David: prefiro jogar vídeo game – Alfonso o encarou contendo o riso.

Alfonso: é exatamente isso que iremos fazer depois de cortarmos o cabelo – David riu – e comprarmos algo para comer, se não sua mãe vai me matar – David segurou o riso, mas não aguentou estourando em risadas – ela me bate sabia? É muita maldade!

David: a mamãe bate em você? – arregalando os olhos.

Alfonso: mas cá entre nós, não dói nada, mas finjo que estou sofrendo para que ela se sinta bem – ele concordou com a cabeça – mas é segredo. – eles sorriram cúmplices.

David: ela nunca bateu em mim, mas já me deixou de castigo muitas vezes – abaixando a cabeça.

Alfonso: e se aprontar eu te coloco de castigo também – ele o encarou com os olhos arregalados e Alfonso riu de leve da expressão dele.

Quando Anahí chegou ao prédio de Alfonso o porteiro a deixou subir, e a porta não estava trancada quando entrou e viu os dois jogados no sofá jogando vídeo game, ao redor cheio de sacos de batatas, salgadinhos, dois copos de refrigerante de um fast food, logo ao lado quatro caixas de lanches do fast food, Alfonso estava vestindo uma camiseta e uma bermuda, enquanto David vestia uma camiseta do pai que ficara relativamente grande, ambos com o cabelo mais curtos partidos e com gel impecavelmente arrumados com o mesmo corte, fazendo contraste com toda aquela bagunça.

Anahí: passou um terremoto aqui? – parando na frente dos dois que se encararam e voltaram sua atenção a ela, pausando o jogo.

Alfonso: estávamos jogando, e compramos algo para comer – se levantando e depositando um selinho nos lábios dela, enquanto David os encarava confuso.

David: está namorando o papai? – o domingo eles disfarçaram após quase terem sido pegos no ato, o que não aconteceu graças a porta trancada.

Anahí: sim, mas estamos tentando o que irá precisar da sua ajuda também – ele concordou com um sorriso torto nos lábios – e não estou acreditando que vocês dois comeram esse monte de porcarias – pegando o saco de batatas do chão.

David: ferrou – fazendo uma careta para o pai, que estava fazendo uma cara de sofrimento.