O meu olhar caiu sobre a enorme janela diante dos meus olhos, fora desta via-se as grandes folhas de diversas cores e feitios, tinha começado o primeiro dia de Outono, a minha estação do ano preferida. Adiantei-me no que se tratava de comer o resto dos meus cereais, sobre a minha tigela azul-marinho, colocando esta sobre a banca, aonde estaria a minha mãe, colocando-me nos meus bicos de pé, depositando um beijo sobre a sua bochecha, correndo até o meu quarto, aonde vesti umas calças que me ficariam largas o suficiente para me mexer, acompanhando por um sweat, colocando o meu casaco bastante quentinho, sobre toda essa roupa calçando as minhas botas castanhas favoritas, demasiado animada, desci as escadas numa correria, até a porta de entrada, abrindo esta num rompante.
" Até logo, mamã. " Falei num tom baixo, ouvindo um " até logo, querida. " de resposta, deixando um sorriso aparecer sobre os meus lábios, fechando a porta atrás de mim.
As minhas pequenas mãos juntavam-se numa pequena concha enquanto apanhava algumas folhas, juntando-as ao pequeno monte de folhas que se começava a notar aos poucos. Pouco mais tarde, com um monte maior, fiz uma pequena corrida em direção a este, saltando para cima, deixando o meu pequeno corpo se afundar, enquanto algumas gargalhadas escapavam pelos meus lábios, como eu adorava o Outono.
Uma voz fez-se ouvir ao longe, bastante reconhecível para mim. Pois seria a voz do meu pai, retirei todas as folhas presas sobre a minha roupa, correndo na sua direção, já com os meus pequenos braços abertos, abraçando assim a sua perna, sentindo o meu corpo se levantar do chão, enquanto este me pegava ao colo.
" Amor. " a sua voz rouca mas num tom carinhoso, fez-se soar, deixando um pequeno beijo na minha bochecha, enquanto que eu soltava baixas gargalhadas, derivado à sua barba não ser feita à alguns dias. " Do que te ris, Moana? " ele profere num tom baixo, enquanto colocava o meu corpo sobre o chão, e colocava a sua mão sobre a minha levando-me para o interior de nossa casa.
" A tua barba faz cócegas papá. " murmuro num tom ainda infantil, enquanto deixava um sorriso se apoderar dos meus lábios.
Todas estas lembranças se faziam sentir em pequenos flashbacks, que me atingiam como rochas na minha cabeça, enquanto eu me mantinha em frente à elevação de terra, que determinava o sitio aonde o meu pai estaria, o meu rosto estaria encharcado de lágrimas, enquanto as minhas mãos passavam pela terra, como se naquele pedaço de terra, vi-se o meu pai em carne e osso.
" Porque tiveste de me deixar tão cedo, pai. Eu não suporto esta dor dentro do meu peito, esta dor é agoniante e deveras desgastador, eu tenho tantas saudades tuas. Tenho saudades dos dias de Outono, aqueles dias em que fazíamos enormes montes de folhas coloridas, e que ambos saltavamos para dentro destes. As coisas sem ti, são tão dolorosas, tudo parece ter perdido a sua piada. Tu eras o meu herói, e tu sabes que eu nunca, mas nunca, irei esquecer tudo de bom que fizeste por mim. Eu amo-te pai, e mal posso esperar por estar contigo novamente. Toda a gente nasce com uma missão, e tu cumpriste a tua. És o meu herói. " Falei num tom choroso, enquanto que as pequenas lágrimas que escorriam pelos meus olhos, cada vez mais se tornavam mais intensas.
Ganhei coragem para levantar o meu corpo da terra, não sem antes, mandar um beijo para campa, caminhando até a minha mãe que se mantinha, poucos metros atrás de mim, abraçando a mesma. Esta por sua vez, mantinha-se num estado estático, mantendo o olhar preso na elevação de terra, enquanto as lágrimas predominavam o seu rosto pálido.
" Mãe, vai ficar tudo bem. O pai agora está em paz, e finalmente vai ter o descanso merecido. " Tentei forçar um sorriso, mas em vão, pois toda esta situação me abalou bastante.
" Moana, vamos para casa, eu já não consigo mais olhar para a campa do teu pai e saber que nunca mais ele vai estar connosco. " Ela diz, enquanto caminha a meu lado colocando o seu braco sobre os meus ombros, abraçando-me uma vez mais.
A viagem de carro foi silenciosa enquanto se fazia ouvir as músicas que passavam pelo rádio. Os meus dedos dançavam ao ritmo da música sobre as minhas pernas, enquanto que o meu olhar estaria sobre a paisagem por onde passávamos. Pequenas lágrimas escorriam pelos meus olhos, enquanto pensamentos que englobavam o meu pai, passavam como pedras que atingiam a minha mente. Toda esta situação estaria a abalar toda a minha comunicação social, estaria a fazer com que me fechasse mais, não deixando que ninguém, completamente ninguém entrar no meu pequeno mundinho. Em frente a casa, sai do carro, fazendo um caminho rápido até o meu quarto, aonde me fechei, mandando a minha mochila para o cimo da cama, ligando o meu computador enquanto retirava as roupas que envergava, trocando esta por uma roupa mais simples e prática, amarrando depois o meu cabelo loiro acastanhado. Já com o computador ligado, deixei o meu spotify se ligar, escolhendo a minha playlist, deixando a música fluir pelo o meu quarto, enquanto me sentava sobre a cama, pegando no meu bloco de folhas cavalinho acompanhado pelo o meu grande estojo aonde se encontrariam todos os diversos lápis que usava para todos os meus desenhos espalhados pelos o quadros de cortiça enorme presente numa das paredes do meu quarto, tentando assim acabar o retrato que outrora teria começado no outro dia.
O rapaz, presente no retrato, era o meu vizinho da da frente, que todas a vezes conseguia ver na varanda em frente ao meu quarto. Os seus cabelos eram cacheados, os seus olhos eram de um verde esmeralda, acompanhando por umas olheiras um pouco profundas, os seus lábios eram carnudos, e nas suas bochechas estavam presentes pequenas covas notórias. Ele era definitivamente muito bonito, talvez o rapaz mais bonito que alguma vez tivera visto.-----------------------------------------------------------------
Olá, Olá!
Espero que gostem, deu imenso trabalho a fazer, derivado a não ter andado nem um pouco inspirada.
Espero mesmo que gostem, porque estou a dar tudo por isto.
Boa leitura, beijinhos.
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A day in Autumn.
FanfictionQuando eu tinha 7 anos Minha mãe falou que deveria fazer amigos Saí de casa com a minha esperança de criança Numa tentativa falhada de fazer amigos O que havia de errado comigo? Quando eu tinha 16 anos Meu pai falou que tinha que estudar Para ser al...