Mundos Opostos/ Amor Convergente

As Dúvidas Aumentam

Luce acordou naquele dia ainda um pouco chateada. Como Castiel podia ter feito aquilo com ela? Ele nem fez questão de dizer para ela, mandou a tal Amanda.
Ela não queria pensar nisso agora, ainda mais depois do que aconteceu...Quem aquele tal Gustavo achava que era para sair beijando os outros por aí? E para piorar as coisas, ela ainda sonhou com ele, um sonho...Não um pesadelo.
Luce estava com um vestido preto bem grande e estufado, parecendo aqueles que mulheres usavam nos séculos passados, ela estava correndo e rindo ao mesmo tempo em uma floresta, parecia feliz. Depois ela parava e ficava atrás de uma árvore e ai...Lá estava ele, Gustavo. Ele vestia roupas estranhas e pareciam roupas de alguém mais velho. Ele tentava pegá-la, mas ela o enganava e continuava correndo. De repente ela estava em um lugar que já não parecia tso sombria quanto naquela floresta.
"Você só consegue me pegar se eu deixar, Gus." , dizia ela. Foi quando Luce acordou.

Ela já estava quase chegando na escola quando viu Castiel, vindo em sua direção.
-Eu estava te esperando pra gente conversar. -Disse Castiel.
-Eu estava querendo te evitar, mas acho que nenhum dos dois vai conseguir o que quer.
Luce disse isso e tentou ir embora, mas Castiel pegou em suas mãos.
-Luce, por favor, me deixe explicar.
-Explicar o que? Que você não quer mais nada comigo porque está tendo algo com aquela anja que parece ser perfeita pra qualquer um? Não, obrigada. Já sei de muita coisa, não precisa explicar mais nada.
-O que? Não foi nada disso que aconteceu...
-Sério? Porque não foi o que pareceu.
-Eu estava tentando evitar te falar isso, mas acho que chegou a hora. Sabe aquele monstro que estava te perseguindo naqueles dia?
-Sei. -Luce lembrou claramente do monstro, e claro, de Castiel lutando bravamente e ainda conseguindo parecer glorioso.
-Nas últimas semanas quatro deles estavam por aqui. Dois deles estavam atrás de voce, mas os outros dois...Eles estavam rastreando um dos demônios que vieram para terra recentemente. O nosso plano era deixar que eles nos levassem até o demônio, mas não deu muito certo. Esse demônio parecia ser muito mais esperto do que pensamos. Ele armou uma armadilha para os monstros e para nós, mas por sorte estávamos em três e conseguimos destruir os monstros e a armadilha.
-Então você nao estava com aquela loira fazendo coisas... Erradas?
-Bom, se você considerar matar monstros coisas erradas...
Luce sentiu um leve alívio em seu peito.
-Ótimo. E a propósito, você me deve um encontro.
Castiel apenas sorriu e a abraçou, depois eles foram cada um para a sua sala.

"Cookies com leite" era o prato do dia. Luce prefiriu ficar só com os cookies.

Luce estava com Ane e Sam quando Castiel foi até a mesa deles.

-Quando ia me contar, Luce? -Disse Casiiel, parecendo meio bravo.
-Contar sobre o quê? -Disse Luce, meio surpresa com o estado dele.
-Gustavo, o cinema...?
-Ah...Quem te deu altorização pra sair contando coisas desse tipo por aí. -Disse Luce, falando baixinho e olhando para Ane.
- Ah...Sobre isso, foi mal. -Disse Ane, fazendo uma careta para Luce.
Luce apenas suspirou e olhou de novo para Castiel.
-Quer ir dar uma volta? Pra gente conversar melhor...-Disse Luce
-Pode ser.

E eles foram caminhando pela escola.

-O que aquele cara está querendo? Porque se ele quiser nós podemos resolver isso. -Disse Csstiel.
-Não sei, eu até tentei falar com ele, mas ele só falou coisas estranhas...
-Ele é estranho. Se acontecer qualquer outra coisa me avise, porque esse tipo de cara...Não são muito aconselhaveis.
-É, eu sei bem...
O sino tocou, hora de voltar a aula.

Quando Luce foi para a sua próxima aula, deu bem de cara com Gustavo, quem ela menos queria ver.
-Acho que temos uma aula juntos. -Ele disse.
Luce passou o seu olhar de mais brava que pôde e foi se sentar.

Ele passou a aula toda olhando para ela, isso a incomodou muito. Quando a aula acabou, ela resolveu ir em busca de respostas.
-Então...O que você realmente está querendo? Confusão? -Disse Luce.
-Adoro quando você fica irritadinha...-Disse Gustavo, dando um sorriso malicioso.
-O quê...?
-Só estou querendo o que é meu por direito. Você não está realmente gostando daquele cara, está?
-Se eu estiver ou não não é da sua conta. Agora vê se me esquece. -Disse Luce, virando para ir embora.
Ele a segurou pelo pulso.
-Espera...Você realmente não lembra de mim? Nada? Não me diga que não me viu em nenhum sonho. Você é forte e eu sempre soube que teria vestígios em sua cabeça cedo.
-Do que você está falando? -Disse Luce, lembrando claramente de uma cena dele e dela, rindo e correndo juntos.
-Ah, fala sério. Vai me dizer que nem recebeu a minha mensagem?
-Que mensagem?
-Aquele que eu disse que estava chegando.
Luce não respondeu, estava assutada demais para falar alguma coisa.
-Eu sabia que sim. Você em...Me surpreende cada vez mais. Agora me diga, o que lembra sobre seu pai? As coisas que você tinha me dito que havia descoberto sobre ele? Que bobinha, achava que conhecia o seu pai mas não sabia nem da metade, muito menos do fato de ele ter matado a sua mãe. Acho que isso você não lembra, ou não descobriu.... Bem, a julgar pela sua expressão você não chegou tão longe assim, mas...
-Cale a boca. Você está ficando louco. Moro com os meus pais e eles ainda estão vivos, não são esses monstros como você está dizendo. -Luce quis acreditar no que tinha dito.
-Não negue para si mesma, no fundo você sabe quem é, ou melhor, o que é... Você não passa de uma...
-Luce deu um tapa no rosto dele e saiu dali o mais rápido que pôde, se sentido horrível. Ela não queria pensar em nada daquilo, não queria acreditar em nada daquilo.
Ela estava correndo desesperada e com lágrimas escorrendo pelo seu rosto, quando topou com Jass.
-Ai meu deus Luce! O que houve?
-Nada. Eu só não estou muito legal.
-Então tá... Se você está dizendo. Olha, Castiel mandou te entregar isso aqui.
Jass deu uma folha para ela, haviam coisas escritas e pareciam que tinha sido ele quem escreveu.
-Ah...Obrigada. -Disse Luce, um pouco mais calma.
Ela leu as seguintes palavras:
"Quero te recompensar pelo quase encontro que não tivemos. Me encontra no parque da escola assim que terminar a aula." Castiel

Luce secou suas lágrimas e foi atrás dele.

Quando ela o viu de longe, ele estava sentando na grama, rodeado de outras coisas. "Um piquinique, que bonitinho", pensou Luce.

-Achei que nem vinha mais. - Disse Castiel, levantando para dar um beijo nela.
-Desculpa eu...Demorei um pouco a mais do que pensei...
-Sem problemas. Você está legal?
"Pra quê ele foi perguntar aquilo?". Luce se lembrou de Gustavo imediatamente.
-Aham... Mas, você sabe que não precisava de tudo isso não é? -Disse Luce, dando um primeiros sorriso em meio a aquilo tudo.
-Precisava sim, faço questão.

Então eles tiveram um ótimo "primeiro encontro". Depois eles apenas decidiram deitar na grama e observar o céu.

-O céu é tão bonito...Foi de lá que você veio, não é? - Disse Luce.
-Bem...Não exatamente. Pra falar a verdade não me lembro muito bem de nada.
-Tudo bem, na verdade eu também não me lembro de quase nada também.
-Sobre o quê?
-Tudo. Minha vida está tão confusa.
-Eu prometo que nós vamos entender um dia
-É, eu espero.

Então eles resolveram que estava ficando tarde, ajeitaram as coisas e Castiel as guardou em sua mochila.

-Eu te levo em casa.
-Tudo bem.
Luce foi andando e parou para esperar Castiel
-Pra onde você está indo? - Disse Castiel.
-Para a casa...
-Não vamos por esse caminho.
-Como assim?
Castiel apenas sorriu e foi até ela.

Voando, era por esse o caminho que eles iriam.