Capitulo 3 - Visões do Passado

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Ás cinco horas

Lay tocou á campainha mas continuava ligeiramente na dúvida. Era o primeiro andar certo? O botão do segundo andar tinha sido tapado.

A voz de Sofia ouve-se no intercomunicador.

- Quem é?

- É a Lay.

- É verdade! - disse Sofia - Empurra a porta!

Ouviu-se um barulho e a porta do prédio destrancou-se.

- Já está. - disse Lay, empurrando a porta para entrar.

Ouviu-se o intercomunicador a ser desligado e Lay entrou no prédio. Ela ia para o elevador mas um aviso estava pendurado a dizer que o elevador estava fora de serviço para revisão.

Lay deu um suspiro frustrado e dirigiu-se ás escadas.

Quando Lay chegou ao primeiro andar, ela tocou á campainha e Sofia abriu a porta.

- Então, tudo bem? - perguntou Sofia, com um grande sorriso na cara.

- Sim, obrigado. - disse Lay - E tu?

- Não podia estar melhor! - disse Sofia, alegremente - Entra, entra! Vamos para o meu quarto.

Lay entra e olha em volta. As paredes eram brancas e o chão era de madeira. Uns quadros de paisagens noturnas estavam espalhados pelas paredes o que dava cor ao sitio. Um espelho com bordas em madeira estava á esquerda dela e por debaixo do espelho havia uma pequena mesa com uma série de sapatos por baixo.

Joana, a mãe de Sofia, vai para a entrada e assim que viu Lay disse:

- Olá! - disse Joana - Tu és a Lay, certo?

- Sim, sou eu. - disse Lay - Boa tarde.

- Boa tarde. Prazer em conhecer-te. - disse Joana.

- Igualmente. - respondeu Lay

- Vão lá para o quarto da Sofia. - disse Joana.

- Anda! - disse Sofia, encaminhando Lay para o andar de cima.

No Palácio das Nuvens.

Vanessa ia na direção da mesma varanda de mármore em que tinha estado na noite em que tinha conseguido prender a irmã e acabar com o dia. As pessoas continuavam sem parecer muito interessadas na noite e isso deixava Vanessa furiosa. Mas eles não tinham o dia e isso era o suficiente.

Muita coisa tinha mudado deste a noite em que Vanessa tinha tomado o controlo total de... praticamente tudo.

O belo palácio em mármore outrora luminoso e alegre, agora estava escuro e tudo o que tivesse a ver com o sol e com a sua irmã fora retirado. Tudo estava ás escuras e só se ouvia o ocasional vento a soprar contra as janelas.

- Vamos ver o que há de novo... - disse Vanessa para ela própria, enquanto caminhava.

Ela devia ir para a varanda onde discutiu com a irmã á tanto tempo atrás. Como o tempo passava depressa.

Mas os seus pés caminharam para outro sitio. Vanessa ficou a olhar para a porta com um arco e maçanetas em prata. No arco da porta haviam palavras de uma língua antiga que Vanessa já tinha esquecido mas continuava a saber os significados.

Eram palavras que desejos de fortuna, saúda e boa sorte. Era tradição fazer-se isto nas portas dos quartos de um casal que tinha casado recentemente e... para quartos de bebés...

Ela abriu a porta e viu-se um grande quarto em azul bebé com uma grande janela onde se podia ver uma cidade de humanos, que parecia tão pequena por estar tão longe, quando as nuvens não estavam a tapar a vista. Tudo estava cheio de pó. Os castiçais de prata já não tinham pirilampos para iluminar o quarto. Os olhos dela pararam em dois berços lado a lado com um dossel decorado com pequenas luas e estrelas.

A Deusa da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora