Prólogo

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1997, Portland, Oregon
- Sophia, espera! - Henry corria atrás dela, com lágrimas escorrendo pelo rosto de tanto rir. Sophia era sua melhor amiga, mas só no coração dele. Na vida real, ela o odiava, e ele não sabia o por quê. Aos 8 anos, fazia o possível para mostrar que gostava dela, mas Sophia sempre terminava magoada.

As meninas eram bobas.

Seu irmão mais novo, Jake, finalmente os alcançou.

- Por que você fez isso, Henry? - E o empurrou para o lado.

A língua de Henry de repente pareceu grossa na boca. Queria explicar os motivos para fazer Sophia tropeçar, queria mesmo, mas as palavras não saiam. Ele odiava gaguejar. Era tão difícil falar assim, e isso só acontecia quando ele estava se esforçando demais ou na frente de Sophia.

- Argh! - Jake chutou a terra - Agora ela nem vai me beijar!

- Beijar você? -exclamou Henry, horrorizado só em ouvir o irmão falar a palavra beijar, quando mais pensar em fazer uma coisa dessas com Sophia. Além do mais, por que o irmão de 6 anos de idade beijaria antes dele? - Ela nem gosta de você desse jeito. - E cruzou os braços.

Henry pelo menos sabia disso - meninas não gostam de meninos. Elas gostam de homens, e ele estava perto de se tornar um homem, na verdade, tinha acabado de encontrar um pelo no queixo. Provavelmente começaria a se barbear até o fim de semana. Inflou o peito e olhou de cara feia para o irmão.

- Ah, é? Bem, ela te odeia. Jake mostrou a língua. - Ela me disse isso, e... - Colocou as mãos no bolso e respirou fundo. - Eu vou casar com ela.

- Vai nada!

- Vou, sim!

- Vai nada! - Henry empurrou o irmão, que caiu no chão. - Eu sou maior. Ela vai casar comigo.

Jake mostra a língua e limpa a sujeira da calça.

- Quer apostar?

- Quero! - zombou Henry - Aposto. Um milhão de dólares!

- Ótimo! - Jake cuspiu na mão e a estendeu - Aperta aqui. Juramento de sangue.

- Mas não tem sangue - observou Henry.

- Dã! A mamãe mataria a gente se tivesse sangue. Vale do mesmo jeito. A Sophia que disse.

- Ótimo - Henry cuspiu na mão e bateu na mão do irmão.

Jake fez uma careta.

- Que nojo.

- Vê se cresce. - Henry revirou os olhos e procurou Sophia no quintal. Não queria ter feito ela tropeçar. Bem, na verdade queria, mas tinha um bom motivo para isso.

Ele sabia que Sophia adorava histórias de princesas. Ela falava de como as meninas devem se tratadas como princesas e os meninos devem ser príncipes.

Mas como ele poderia ser um príncipe se não havia dragões para matar?

Como poderia mostrar seu valor se não havia monstros?

O bom é que ele era o garoto mais esperto da turma. Sabia exatamente o que fazer. Tudo que precisava era causar o problema é depois salva - lá.

Primeiro, atirou fogo na boneca dela, mais isso não funcionou conforme o planejado. Na verdade, a boneca agora estava na lata de lixo. Como ele poderia adivinhar que o extintor de incêndio não estava funcionando?

Depois colocou uma cobra no saco de dormir de Sophia. Quando ela acordo gritando, ele correu para agarrar a cobra, mas não conseguiu encontrar o bicho. Jake o encontro, e Sophia ficou com tanta raiva que chorou.

Na última tentativa de impressioná - lá, amarrou os cadarços dela para ela cair, depois se ajoelhou para ajudá - lá.

Mas ela estava tão irritada que deu um tapa nas mãos dele para afastá - lás, arrancou os sapatos e saiu correndo chorando.

Meninas.

Ele nunca as entenderia.

Afinal, ele estava tentando ajudá - lá o tempo todo.

E o tempo todo ela o afastava mais.

Isso só significava uma coisa. Para ganhar a aposta, ele teria que se esforça mais. E sabia exatamente o que fazer.

- Ei, Jake? Sabe onde tem pedras?

( espero que gostem. *-*)

A ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora