Capítulo 20

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Eloá narrando.

Depois de vários round de sexo com o meu deus grego, estávamos agora deitados recuperando o fôlego. Passo a mão no seu peito e inalo o seu cheiro, minha cabeça estava apoiada em seu peito e as mãos do deus grego me envolviam em um abraço apertado. É tão bom estar ali, me sentia protegida e amada. Isso mesmo, amada, mesmo não sabendo oque realmente eu e deus grego tinha.

-Demônia? –Me chamou com uma voz suave.

-Sim deus grego.

-Você está pensando em quê? –Perguntou curioso.

Uma das suas mãos alisava minhas costas nuas, enquanto a outra me fazia um cafune de dar sono. Levantei um pouco a cabeça e encarei seus lindos olhos verdes.

-Estou pensando em comida e você? -Digo e ele começa a rir.

-Sério? Comida? Você é a pior. –Ele diz brincando.

Sento na cama e cubro meu corpo nu com o lençol, o encaro por alguns segundos e tento gravar o seu sorriso de menino, seus olhos e sua energia positiva, nem parece aquele carrancudo e antipático que eu conheci alguns dias atrás.

-Oque foi? –Perguntou curioso.

-Nada, só... –Paro de falar e me jogo em cima dele. –Acho você lindo sorrindo assim.

Aperto suas bochechas e puxo seu lábio inferior de leve. Ele pousa suas mãos na minha cintura e me beija.

-A gente pode fazer algo para comer? Tem uma cozinha enorme aqui, oque acha?

-Eu não sou boa na cozinha, é bem capaz de pôr fogo no apartamento todo. –Digo envergonhada.

Ele passa a mão no meu rosto com um sorriso bobo no rosto. Tento não olhar para ele, mas o deus grego fez questão de levantar o meu queixo fazendo com que eu o encarasse.

-Você não sabe cozinhar? –Perguntou sorrindo.

-Não e você?

-Também não. –Ele diz rindo e eu caio na gargalhada.

-Estamos na merda. –Digo e ele concorda. –Que tal irmos para a casa da dona Cecília? Eu não paro de pensar na comida dela, deu até água na boca em pensar naquele arroz soltinho, o feijão vermelho bem temperado e aquele peito de frango grelhado. –Digo imaginando a comida.

-Por que chama Cecilia de dona e não de tia?

Acordei do transe e arregalei os olhos surpresa com a pergunta, e depois de alguns segundos eu entendi. Eu cometi um erro, novamente.

-É costume, de tanto ouvir as pessoas chamando ela assim.

Ele balança a cabeça me olhando fixamente nos olhos e depois se levanta e pega nossas roupas do chão. Ele me devolve as minhas roupas e eu as visto. Logo estamos prontos para voltar para o inferno que é aquele morro. Arrumo a cama, mesmo com a insistência do deus grego de que não era pra arrumar. Pego as minhas coisas e saímos do apartamento, por sorte não encontramos mais aquela mulher horrorosa do elevador.

O deus grego dirigia devagar, sem pressa, creio eu que era para aproveitar o seu momento comigo, mas quando se trata dele tudo pode ser diferente. O rádio estava ligado em uma emissora qualquer, vou trocando e por fim encontro uma emissora que tocava a música que eu amava. Aumentei o som e bati os dedos na minha bolsa imitando uma baterista. Comecei então cantarolar sem dá importância com os olhares estranhos do deus grego em relação à música que tocava.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora