Capítulo 11 - Um Jantar?

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"- Olha Annie, você pode não concordar com meus métodos. Mas é por esses métodos que estou limpando Clinton. - A esse ponto eu já havia soltado suas mãos. Isso não pode ser sério!

- Deve ser por isso que continua sujo. - Fiquei de frente a ela. - Não se pode limpar a sujeira com mais sujeira, Jane. - Falei antes de entrar e deixá-la."

- Ei. - David me cumprimentou com um daqueles lindos sorrisos assim que abri a porta de casa.

Greg estava emburrado, muito emburrado. Ele falou algo do tipo "Não confio nesses abutres que querem sair com minhas meninas."

Marisa estava feliz e me contou que com Jane foi a mesma coisa.

Três semanas se foram e eu e Jane ainda estamos brigadas. Nossos pais tentaram intervir mas ainda estamos sem nos falar.

- Oi. - Retribui seu sorriso. Depois de passar meu número pra ele, nós ficamos mais íntimos e finalmente hoje é nosso jantar.

Amanda me ajudou a escolher o vestido preto que estava usando. Ele tinha algumas pedrinhas brilhantes e destacava minhas curvas dando certa sensualidade. Pra acompanhar, usei scarpins pretos. Já a maquiagem foi leve mas com a boca vermelha pra destacar.

- Você tá linda, Annie. - Falou guiando-me até seu carro já conhecido por mim. Não pude evitar sorrir com seu elogio.

- Você também tá lindo. - Gesticulei apontando pra ele. David estava com calça jeans escuros, uma camiseta azul, tênis e usava cordões e um relógio.

O trajeto não demorou, ele me levou até um restaurante brasileiro no centro da cidade.

- Eu vou de feijoada. - David abriu um sorriso e entregou o cardápio ao garçom.

- Não posso provar o açaí antes? - Fiz voz de bebê e cara de gato pidão. David sorriu e assentiu ao meu pedido. O garçom anotou nossos pedidos e se retirou.

- Sabe, eu fiquei entre um restaurante chinês e italiano. - David confessou. - Então eu pensei. - Ri dos gestos que ele fez. - Restaurante brasileiro.

- E você acertou. - Levantei o indicador pra ele. David soltou um suspiro de alívio ao saber que gostei de sua escolha. - Eu tenho muitos problemas com chinês e italiano, já que sou alérgica a frutos do mar e tomate.

- Tem alergia a tomate? - Franziu o cenho.

- Acredita que nasci com essa sorte. - Nós dois soltamos uma pequena gargalhada juntos. Eu gosto disso, da risada de David. -Tenho uma curiosidade.

- Pode falar. - Ele maneou a cabeça e ergueu as sobrancelhas.

- Se sua namorada te traiu com seu chefe, foi com seu tio? - David fechou o rosto. Parabéns Annie, você destruiu duas chances com David.

- Foi. - Deu de ombros. - Mas minha tia não pode saber.

- David, tem que contar. - Surpreendi a mim mesma ao tocar sua mão. David não recuou e passou a fazer um carinho gostoso nela.

- Não posso, Annie. - Sussurrou como se fosse um segredo. - Ela o ama.

- Amor é uma droga. - Afirmei. - Não o amor maternal, filial ou fraternal.

- Quer dizer que se apaixonar é uma droga. - Me encarou.

- Já se apaixonou Dav? - Falei em tom suave.

- Sim, ela era linda, estudamos juntos no oitavo ano. - David pareceu se lembrar da menina de quem falava. - Eu a chamava de Batata, ela odiava.

- Então você era irritante desde criança. - Rimos os dois. David passou a mão em seus cabelos deixando-os desgrenhados e eu claro, fiquei com minha cara de boba pra ele.

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