Capítulo - 12

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Voltamos para o carro e Emma fica em silêncio durante todo o caminho. No que ela está pensando? Queria poder ler a mente dela, saber o que ela está pensando é o meu desejo. Penso em perguntar mas se o fizer eu estarei fazendo o que ela quer que eu faça. No entanto ela está determinada a me fazer pagar por estar na vida dela. Quando me dou conta de que ela quer me manipular, o plano dela fica óbvio, ela quer me fazer acreditar que ela está me manipulando mas na verdade ela só quer me irritar muito a ponto de fazer uma besteira e acabar com tudo. Ela está muito engana se pensa que com aquela conversinha ira me convencer, eu posso até perder o controle fácil mas mexo com ela e usarei isso para tê-lá exatamente onde eu quero.
Chegamos em frente o meu prédio e a cara dela é de surpresa, ops! Acho que esqueci de contar para ela que minha família é muito rica. Entro na garagem e vamos até o elevador, acho melhor não falar nada, quero que ela pense que a noite dependerá do comportamento dela mas na verdade eu sei que essa noite é para avaliar o meu comportamento e não o da Emma. Minha mãe é muito esperta devo admitir, ela me conhece desde de sempre e sabe o jeito que eu vejo o mundo afinal eu e Jefferson somos gêmeos e até pouco tempo pensávamos igual. E ela nos conhece muito, ela quer se certificar de que eu continuo um "Bom menino."
Estávamos no corredor indo para o apartamento, a cara de espanto da Emma já está me irritando. Antes de entrarmos no apartamento pego a mão dela. Ela fica ainda mais surpresa, Por Deus ela só tem essa cara ? Garota Estúpida. Entramos no meu apartamento e a sala está vazia, é obvio que está, minha mãe sempre arrasta meu pai pra cozinha pra ficar junto com ela enquanto cozinha. Continuo segurando a mão de Emma e levo ela para a cozinha. Minha mãe larga o que está fazendo e vai abraçar Emma, não tenho escolha e a não ser soltar a mão de Emma. Eu ia começar as apresentações quando minha mãe começa falar.

- Finalmente vou conhecer a famosa Emma, ouvi muito falar de você.
- Ouviu?
- Sim, James fala de você o tempo todo. Eu me chamo Verônica, me desculpe o meu filho mal educado não nos apresentar, não sei pra quem ele puxou.
- Tudo bem, como você já sabe me chamo Emma.

Eu não acredito no que acabo de ouvir, minha mãe me chama de mal educado na frente da Emma, ótimo agora a noite vai começar a ir de mal a pior. Decido entrar no jogo da minha mãe e sorrio para ela, o sorriso mais sincero e bem treinado que eu sempre fiz sempre que ela fazia essas gracinhas. Emma sorri para Emma e Emma retribuí, um complô, é só o que me faltava. Por algum motivo que eu não sei minha mãe está voltando a atenção para Emma, claro, distração.

- Emma você me ajuda a terminar de preparar as coisas enquanto os rapazes vão arrumar a mesa de jantar?

Fico sem reação ao que minha mãe acaba de dizer. Ela está mesmo me expulsando da minha própria cozinha pra ficar sozinha com a Emma? Minha noite fica melhor a cada instante. Ela me olha com aquele olhar questionador, ela sempre fez aquele olhar quando eu e Jefferson fazíamos alguma travessura. Decido não começar uma guerra.

- Claro.

Tento olhar com indignação para Emma, ela tem que fazer isso se não minha mãe saberá que algo está errado. Não me manifesto e saio com meu pai para a sala de jantar. Eu e meu pai não somos de conversar, ele não é de falar muito, está sempre preso em seus pensamentos. Colocamos a mesa em silêncio e depois ficamos sentados esperando Emma e minha mãe saírem da cozinha com o jantar.

[...]

O jantar está delicioso como sempre, minha mãe é uma cozinheira e tanto, eu e meu pai ficamos conversando sobre os quadros que estão no corredor, ela sabe o nome de cada um deles e está me testando pra saber se eu sei o nome. Falamos sobre os filósofos que viam o mundo como nós vemos. O tempo todo que eu e meu pai conversamos fico de olho na Emma, ela é muito superficial. Ela não sabe mentir e isso faz dela uma oponente muito fraca.

Emma - O jantar estava maravilhoso Verônica.
Verônica - Ah obrigado, James você e a Emma podem lavar a louça do jantar?

O que ela está pensando em fazer ? Por que ela quer me deixar sozinho com a Emma, ah claro, isso faz parte do plano dela, ela está prestando atenção no comportamento da Emma comigo por perto e comigo longe. Espertinha, não vai ser tão fácil assim me pegar. Sorrio e respondo a ela com respeito e afeto.

James - Tudo bem mãe, você me ajuda Emma?
Emma - Tudo bem.

Emma e eu já estávamos na cozinha e ela não podia deixar de tentar me irritar.

- Acho que você se importa sim e tem mais sentimentos do que qualquer outra pessoa.
- Aqui não é lugar para falarmos disso Emma.
- Por que não James? Por que a sua mamãe ta na outra sala?
- Dobre sua língua pra falar da minha mãe.
- UI! Cutuquei a ferida, imagino a cara que sua mãe ficaria quando eu dissesse que você tentou me matar.
- Emma não estou brincando, aqui é a minha casa e as pessoas que estão na sala ao lado são meus pais.
- Idai? Por que eu deveria me importar com isso?

Tento focar minha raiva em outra coisa, se eu fizer qualquer coisa que fosse fazer Emma gritar ou até mesmo correr minha mãe me perturbará pelo resto da vida. Chego mais perto de Emma e encosto ela na geladeira, eu farei ela pensar que o que ela faz não me afeta em nada.

- Porque como eu disse essa é minha casa e eu posso fazer você desaparecer nela e ninguém desconfiar.
- Você não seria tão descuidado.
- Talvez sim, talvez não, você escolhe.

Ela acha mesmo que será capaz de me vencer no meu próprio jogo? Estupidez é pouco perto do que ela planeja. Eu sei cada passo dela e irei comandar o jogo.

- Bom de qualquer maneira você não poderia fazer muita coisa comigo se eu gritasse.
- Você sabe o que dizem dos psicopatas?
- Não o que dizem?

Aproximo minha boca de seu ouvido e o gesto faz com que ela fique incomodada, eu estou mexendo com cada molécula do corpo dela.

- Quanto mais você grita mais prazer ele tem em machucar você. Pense nisso Emma.

Penso que ela dirá alguma coisa mas ela fica em silêncio pensando, ótimo, quando ela não esta me irritando com perguntas ela fica em silêncio pensando o que me irrita mais ainda. Não deixo isso me tirar do sério, terminamos de lavar a louça e levo Emma na casa dela. Não faço nada e nem digo nada. Minha cabeça está explodindo. Eu preciso dormir.
Volto para casa e minha mãe já está deitada, melhor assim, ela com certeza vai me encher de perguntas na amanhã mas eu só quero acabar com essa dor de cabeça. Tomo dois comprimidos e vou deitar.

O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora