38. Acertando as contas

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Como aquele velho mesmo disse, eu só precisava pensar um pouco que me lembraria de onde a Natasha estaria. E advinhem só, cá estou em frente a velha casa dos meus avós maternos, velho filho da puta. Alguns de meus homens vieram na calada da noite e se infiltraram em casas aos arredores, casas vazias é claro, me sinto como em uma operação especial em filmes de ação. Só que no caso as balas vão ser de verdade, ou não. Quando falei com o tal Regis, ele disse que o velho gagá havia falado sobre mim e que tinha certeza que eu ligaria e que por isso não podia matar minha prima e os filhos antes de algum sinal, sinal esse que tenho certeza que seria causado pelo desaparecimento dele dentro de algumas horas, por isso pedi ajuda da Izabella e montamos um plano rápido e cruel o bastante para não haver falhas. Vamos matar todos, foi o que ela disse, calma não vou ferir minha prima ou os filhos, percebi que durante a ligação que fiz o tal Regis ouvia tudo e por isso apenas pedi que cantasse pra mim uma canção de ninar como nos velhos tempos, quando tinha pesadelos e acordava no meio da noite. Não existe uma, ela disse que faria e espero que tenha realmente entendido que vamos agir agora, no meio da madrugada. Preciso apenas que ela mantenha as crianças calmas o bastante enquanto invadimos.

Até o Alec veio ajudar, bom não com uma arma em mãos ele não saberia muito bem o que fazer. Ele é médico e por isso resolveu vir, caso a situação saia do controle. Estão aqui alguns homens da confiança do Tony, só de olhar pra alguns já tenho vontade de sair gritando, bom não posso fazer isso, tenho que manter a pose de primeira dama e tal. Estou sendo protegida pelo Brian e pelo Enrico, isso não pude negociar, Izabella tem razão ao dizer que minhas armas são sapatilhas de pontas ou saltos muito alto em conjunto a roupas sexy's e não pistolas automáticas ou coisinhas do tipo.

Hora de prosseguir com o plano. Desço do carro e atravesso a rua com a maior falsa calma que existe. Bato na porta e um cara grande e tatuado me olha de cima a baixo, bom, estou no meu melhor traje foda-me como disse o Tony. - uso salto agulha de 15cm, vestido colado até o meio da coxa - Espero que seja o bastante para o cara me deixar entrar com meus guarda-costas de plantão.

- Boa noite! Regis, eu suponho. - digo com a voz firme me surpreendendo por sinal, estendo a mão e o homem pega levando até os lábios.

- Ao seu dispor chefa. Entrem, e sintam-se como se estivessem em casa - passo as mãos nos cabelos como um gesto comum sem pretenções, no entanto é o sinal que diz aos outros que vamos entrar. Merda, como ser falsa atriz é difícil, Izabella é muito melhor nisso que eu. Talvez seja por isso que ela é sempre tão fria e calculista. Merda, mil vezes merda!

- Suponho que saiba o motivo de minha visita em um horário tão inapropriado? - ele nos mostrou os sofás com gestos manuais como um bom anfitrião e balançou a cabeça em um sim - Quero te propor algo. - me sentei e meus queridos ficaram em pé como os bons 'cães de guarda' que são.

- Interessante. Qual seria?

- Trabalhar pra mim. Pago muito bem, afinal sou a única herdeira de algo que aquele velho tanto queria. - não exatamente a única, tem o Aron também, mantive a postura ereta e a máscara de quem tem calma e confiança o bastante.

- Não me diga que o velho está morto? - eu apenas ri - Então você veio aqui, buscar o que sempre foi meu por direito e acha que vou deixar barato?

- Seu por direito... Falas da Natasha? - era a única coisa que ele possuía em mãos, a vida da minha prima e dos filhos, tinha que ser isso.

- O nome dela é Jade, e é a mulher com quem eu me casaria se não tivesse fugido antes...

- Não acredito que aquele velho te convenceu disso. Regis a Jade foi presa em Manchester, o velho te enganou - espeto que aquela garota se pareça com a pessoa que ele lembra - eu me encontrei com ela. E tenho cuidado para que ela saia da prisão o quanto antes.

Rox Drinking (REPOSTADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora