Capítulo onze

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Do outro lado da rua o sol raiava e mostrava que viria mais um dia ensolarado, o céu ainda estava de um azul bem claro, havia um vento fresco que tornava o clima ótimo para viajar, nessa hora da manhã os passarinhos estão cantarolando o começo de um novo dia, a melodia era música para meus ouvidos, uma música que nem precisava de fone, nem internet, só da natureza e do nosso tempo para apreciá-la.

Seis horas da manhã e já estávamos acordados arrumando os últimos preparativos para a viagem, todos empolgados e cheios de energia, apesar de o dia mal começar.

Gustavo entra no meu quarto me saudando com um "Bom dia" muito alegre.

- Bom dia meu irmão! Animado pra viagem? - Pergunto abrindo um sorriso de orelha á orelha.

- Com certeza, preciso descansar e sair um pouco, além de matar a saudade dos nossos avós. - Ele diz sentando-se na minha cama.

- Tirou as palavras da minha boca. - Digo me sentando na cadeira e rodando.

- Iiih pirralha, até parece que faz algo na vida! - Ele joga o travesseiro na minha cara.

- Eu vivi muitas emoções nesses dias tá? Respeita! - Jogo o travesseiro de volta, mas ele o pega antes de acertar sua fuça.

- Adolescentes! - Ele murmura revirando os olhos.

- Como se você não fosse um né idiota! - Digo revirando os olhos e rodando na minha cadeira de novo.

- Ooh crianças, levem suas malas pro carro e venham tomar café. - Mamãe diz batendo no batente da porta e depois sai.

- Leva a minha? - Pergunto fazendo bico.

- Eu não era o idiota? - Ele diz arqueando as sobrancelhas.

- Idiota que eu amo porque é o melhor irmão do mundo que faz meus favores. - Digo fazendo um coração com as mãos.

- Diferente de você pequena, eu sou educado e respeito as damas. - Ele diz pegando minha mala e se levantando.

- Mas eu não sou pirralha? - Pergunto.

- Uma dama pirralha. - Ele sorri e desaparece com minha mala pelo corredor.

- Yes! - Digo comemorando e rodando mais na minha cadeira.

Ainda tive que arrumar a gaiola de cachorro do Mostarda, onde ele passaria a viagem.

(...)

O carro andava pela estrada de asfalto para uma cidade do interior, Gus lia "O caçador de pipas", eu o desenhava e ele sorria de vez em quando.

Quando terminei, mostrei pra ele que não poupou nos elogios, claro que gostei. Almoçamos num restaurante, e já fazia bastante tempo que estávamos na estrada, o relógio marcava cerca de 15:30pm. Olhava a paisagem das árvores ao lado da estrada, com a janela aberta tanto pelo calor, quanto para não ficar enjoada.

Coloquei uma música no celular, logo tocou Photograph do Ed Sheeran, sorri com as primeiras notas da música.


Loving can hurt

Loving can hurt sometimes

But it's the only thing that I know

When it gets hard

You know it can get hard sometimes

It is the only thing that makes us feel alive

We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Our hearts were never broken

And time's forever frozen still

Aquela música me trazia calma, e sua batida era tão singela que mergulhei na letra olhando a paisagem e sentindo o vento. Fez-me lembrar de Miguel, quando cantamos juntos na praça do final da rua, fechei os olhos lembrando-me do momento.

~Feedback ON~

Sem perceber fechei os olhos e sorrindo, cantei junto á ele.

As the skyline splits in two

I'm miles away from seeing you

I can see the stars

From America

I wonder, do you see them, too?

~Feedback OFF~

Fujo dos meus pensamentos quando Gus estala os dedos perto de meu rosto, o que me faz levar um pequeno susto e virar para olhá-lo.

- Me chamou? - Digo, e só então percebo que chegamos ao nosso destino.

- Hum, sei não viu... - Gustavo fala com cara de desconfiado e abre a porta do carro. Faço o mesmo destravando a gaiola do Mostarda, e tirando-o de lá.

Depois de todos descerem, desço com Mostarda preso na coleira. Ali era bem silencioso, apenas o barulho das galinhas que parecia vim do fundo do quintal, enquanto a casa era bem simples com as paredes tomadas por azul cor do céu.

Nossos avós não sabiam de absolutamente nada, o que seria grande surpresa para eles e uma alegria em dobro para nós. Minha mãe bate na porta de madeira enquanto ficamos em silêncio, a porta é aberta.

- Surpresaaa! - Falamos todos juntos e num tom não tão alto para não assustá-los, vó Ana dá um largo sorriso acompanhado de vô Zé.

Todos se abraçaram, trocaram carinhos e logo entramos, onde minha avó disse que iria passar um café da hora, meu avô seguiu com meu pai para as plantações enquanto eu soltava Mostarda no quintal dos fundos, e Gus cansado sentou-se à mesa da retangular da cozinha.

- Hum, que cheiro delicioso de cuscuz. - Eu falo me sentando ao lado de Gustavo. - Fazia tempo que não comia seu cuscuz vó.

- Sorte a de vocês que pilei ele faz pouco tempo. - Ela diz sorrindo, enquanto traz a panela abarrotada de cuscuz, e na outra mão um bolo que aparenta ser de laranja. Minha mãe vem logo atrás com jarra de suco e roscas, e eu acabo me levantando para apanhar a garrafa de café.

- Nada melhor do que comida de vó. - Gus sorri, distribuindo o suco nos copos.

- Ei! Minha comida é maravilhosa. - Minha mãe repreende, porém logo dá um sorriso com o comentário. - Mas foi com ela que aprendi, estava com saudades de você mãe. - Fala ela abraçando minha avó.

Logo depois meu pai chega com vô Zé com alfaces fresquinhos nas mãos, e logo se juntam para lanchar. E foi assim, em meio a risadas e histórias antigas que terminamos à tarde, todos juntos.

Porque apesar de tudo, somos sempre assim, uma família unida.

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Olá leitores! Gostaram do capítulo? Espero que sim!

Terceiro dia de maratona! Amanhã tem mais :D

Votem, comentem e divulguem! :)

Beijos :*

~Rabiscada

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OI GENTE! Aqui quem fala é a Gosh, sou uma das Duplamente Únicas.

Terceiro dia de maratonaaaaa! Uhu

Ai que bonitinho esse momento família S2

Votem, comentem e divulguem!

Até amanhã ❤

/Gosh

Do outro lado da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora