Hoje faria o primeiro teste no 626 depois da experiência na sala. Caminhei pelo corredor que levava a "sala" que ele era mantido. Quando cheguei a porta gravada com o número dele, tinham dois homens e o Ethan.
- Olá!
Falei com eles e todos responderam em uníssomo.
- Vamos entrar com você na sala!
Ethan disse sinalizando para os homens junto a ele.
- Porque?
- Segurança!
Não gostava de fazer meu trabalho sendo assistida por um bando de gente. Isso me deixava desconfortável, tanto quanto machucar humanos.
- Tudo bem.
Dei de ombros e Ethan digitou um código na porta, que com um banque surdo se abriu. Olhei para dentro do local procurando pelo 626, mas minha visão foi barrada pelos seguranças que foram na frente. Seguir logo atrás deles com Ethan ao meu lado, assim que entrei na cela, avaliei que tinha um tamanho médio. Um cama no canto, que não parecia nada confortável, e algemas espalhadas pelas quatro paredes do lugar e o 626 estava preso em uma delas.
Assim que ele nos viu, começou a rosnar e se debater, as correntes faziam um barulho alto. Mas a expressão de ódio dele era o mais assustador, agora eu entendia o porque Lily e Ethan o descreveram como: Complicado, perigoso.
- Fica quieto, paralisem ele!
Ethan gritou com a cobaia, fazendo-o ficar visivelmente mais irritado, dando ordens para os seus homens que iam na direção do homem preso, que só se debatia mais ainda.
- Pare com isso Ethan, não vai ajudar meu trabalho. Na verdade parece que está atrapalhando, então é melhor vocês saírem da sala...
Ele me olhou de forma incrédula, mas mantive a pose. Eu tinha que mostrar que ele não me intimidava, apesar de conhecer o Ethan a pouco tempo, já tinha visto que o seu tipo era de dominador. E infelizmente eu também era.
- Eu vou participar, não é seguro ficar com ele...
- Não, é melhor vocês saírem. O deixando agitado só pioram meu trabalho, e não quero que apliquem nenhuma outra substância nele. Preciso dele limpo...
Ethan riu como se não acreditasse no que eu estava falando.
- Ele é perigoso...
- E está acorrentado!
Ele apontou para as correntes nos pulsos do homem, não quis olhar muito, pois ver uma pessoa acorrentada me nausiava.
- Ele pode quebrar essas algemas!
- Já quebrou as quatro de uma vez?
- Não!
- Pois bem, então deixe a sala.
Ethan olhou para o 626, depois pra mim, e logo em seguida fazendo sinal para que eles saíssem. Ele veio até mim e tirou do coldre uma arma.
- Pegue essa por segurança!
Odiava armas, era algo que eu simplesmente rejeitava. Porém essa era só com soro paralisante, e eu estava na frente de uma cobaia perigosa, que se soltasse as correntes podia me matar. Suspirei e peguei a arma da mão dele, afastando meu jaleco, colocando-a em seguida no cós da minha calça.
- Pronto...
Ethan se afastou e olhou para a cobaia antes de sair, que rosnou firmemente para ele. Acabei me assustando um pouco, mas mantive-me firme. Olhei para aquele homem preso, e fiquei avaliando por um tempo. E nossa, se ele era grande deitado, em pé então. Devia ter no mínimo uns 1,90, todo distribuído em muito músculos. O peitoral largo, com alguns pelos, e todo tonificado, a barriga mesmo relaxada tinha músculos firmes e rígidos. Eu nunca tinha visto um homem tão bem formado assim. Um rosnado tirou dessa linha de pensamento.
- Olá eu vim fazer uma avaliação em você...
Dei um sorriso, tentando ser agradável com ele, já que pelo visto ninguém fazia, mas só recebi um rosnado em resposta.
- Não vou te machucar, só preciso de um pouco do seu sangue, uma amostra de cabelo...
Ele ficou quieto me observando, sem fazer nenhum som. Bom isso já era um começo.
Prendi meu cabelo em coque frouxo com uma mecha própria dele, e me aproximei do 626, levando minha maleta junto.
- Vamos começar tirando uma mexa do seu cabelo?
Perguntei e não ouve resposta como eu esperava, suspirei. Me abaixei, abrindo a maleta em seguida, tirando o material que eu ia precisar. Olhei para os lados e vi um banquinho. E fui até ele e trouxe para frente do 626, eu ia precisar para alcançar com mais facilidade a sua cabeça.
- Você é alto...
Falei sem realmente pensar muito, e ele me olhava atentamente. Não sei se entendia o que eu falava, mas não custava tentar.
- Isso aqui é uma lâmina, que vou usar para tirar uma mexa do seu cabelo...
Subi no banco ficando da altura dele praticamente, mostrei a lâmina que eu usaria, mas ele continuou apenas me encarando.
- Vou atirar apenas uma mexa...
Fiz menção de levar a lâmina até o cabelo dele, e um rosnado me fez parar. Suspirei afastando o objeto tentando não assustar ele. Então tive um ideia.
Levei minha mão livre até o cabelo e soltei, deixando as mexas ruivas caírem livres. O 626 olhou tudo atentamente, e viu que puxava o ar com mais força. Estava me cheirando.
Peguei uma mexa e levei a lâmina até lá, cortando um pedacinho.
- Viu? É isso que vou fazer, só a pontinha do seu cabelo...
Ele ficou me olhando nos meus olhos, não fez nenhum som, mas foi como se visse naquele olhar azul turquesa permissão para seguir em frente.
Levei minhas mão até o lado da sua cabeça, peguei uma mexa do cabelo preto. Estava concentrada ali quando sentir ele cheirar meu pulso, olhei para vê-lo realmente me cheirando. Cortei a mexa e afastei minhas mãos, olhei meio que rindo na direção dele. Eu fiquei surpreendida pela sua ação.
- Bom agora vamos tirar um pouco de sangue, vai ser rápido...
Me afastei dele guardando a amostra de cabelo, e peguei o outro equipamento com as luvas. O 626 estava amarrado de braços abertos, deixando-o totalmente exposto. Fui até seu braço direito foquei o aparelho infravermelho no antebraço procurando uma veia. Encontrei rapidamente, peguei a agulha para recolher o sangue. Olhei para o 626, e ele também, não parecia incomodado. Enfiei a agulha com cuidado, retirei uma pequena quantidade de sangue. Tirei a agulha, massageando em seguida o local, para não ficar dolorido.
- Acho que terminamos! Foi rápido viu...
Me virei para guarda o meu material quando vi de relance a marca no pescoço dele.
- Droga o que é isso!
Soltei as coisas da minha mão, guardando apenas o sangue coletado no bolso. E coloquei as mãos no pescoço dele incisivamente. Apalpei sem nenhuma reticência, até perceber que a boca dele estava muito próxima do meu pulso. Um movimento seu e eu perdia minha mão com uma mordida.
- Eu só quero ver o que é isso... Não me machuque...
Pedi afastando lentamente meus dedos do local avermelhado, no seu pescoço. Os olhos azuis dele estavam pregados em mim, e a cada respiração que eu dava. Eu estava morrendo de medo de me mexer rapidamente e perder meu pulso. Porém de repente ele virou o rosto, abaixando a cabeça, sem oferecer nenhum rosnado. Me afastei dele completamente aliviada de ainda está inteira, e confusa pela sua reação. Ele foi dócil.
- Obrigado...
Ofereci as palavras calmamente, a cobaia, apenas voltou a me olhar levemente. Sorrir sabendo que de alguma forma ele me entendia.
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DNA - Nova Espécie
RomanceSinopse: PRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE DNA Sky Stolen é médica, mas não uma comum, ela é uma das responsáveis pelo Estudos de Ciências Aplicadas Patenteado do Governo, programa criado para desenvolver medicamentos capazes de barrar as infecções causadas p...