PRÓLOGO

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Olá, gente


Estou disponibilizando o Prólogo de CDC2 como um tira-gosto. AS POSTAGENS AINDA NÃO OCORRERÃO SEMANALMENTE. Estou postando apenas como ferramenta de divulgação, e deixar mais ansioso quem acompanhou a história de Daniel. Rs

Lembrando que este livro é Spin-off de Heitor Müller e pode ser lido separadamente de Contrato de Casamento. Aos que começaram a acompanhar agora, no capítulo 01 será esclarecido muitos pontos da história, que já foram narradas no livro de Daniel Müller.

Deixem suas opiniões.

Espero que gostem.


^^

Até breve.


Heitor respirou fundo pela terceira vez. Seus nervos estavam à flor-da-pele e ele tinha de se acalmar. Com a cabeça fria e com sua sanidade no lugar, poderia encontrar uma solução para seu problema. Deveria haver uma, não?

Cingiu as duas mãos na caneca e expirou pesadamente. Levantou o olhar e topou com um par de olhos negros à sua frente.

Clarisse.

Sua prometida.

A mulher com quem teria de se casar se não quisesse perder sua herança.

Já havia alguns meses que Heitor Müller tinha ciência que para receber sua parte dos bens deixado pelos pais, deveria se casar. No começo, obviamente, ele ficou irritado. Heitor sempre foi um solteiro convicto, longe de se envolver amorosamente, casamento, e qualquer sinônimo, não existia em seu dicionário.

Jamais.

Nunca.

E se acreditou, tempos atrás, que junto ao irmão tinha solucionado seu problema, Clarisse Corrêa apareceu somente para contradizê-lo.

Eles teriam de se casarem.

E na noite anterior, após uma fatídica confusão no aniversário surpresa de Daniel, seu irmão, Heitor descobrira por boca de terceiros que não havia solução. E mais: sua noiva, sua prometida, era Clarisse, uma mulher que, no passado, fora perdidamente apaixonada por ele e o perseguiu de todas as formas possíveis.

Agora, depois de uma ligação rápida, resolveram se encontrarem para que pudessem conversar a respeito. Segundo Clarisse, ela também não queria concretizar a união que, por ironia, ela mesma sugeriu ao pai de Heitor, muitos anos antes.

Se encontraram numa cafeteria e Heitor pediu um chá de camomila.

— Não adianta, Heitor. — Ela se pronunciou — Daniel já conversou com meus advogados um tempo atrás. Não há alternativa a não ser o casamento.

Heitor cerrou os punhos fortemente por baixo da mesa. Apertou o maxilar. Controlou sua ira e sorveu um gole do seu calmante natural.

— Nada disso estaria acontecendo se você não tivesse se metido na minha vida e ter sugerido esse absurdo de casamento ao meu pai! — Protestou entre os dentes e apontou o indicador para ela.

Clarisse não se abalou. Tragou um pequeno gole do seu café preto. Ajeitou as madeixas negras e voltou seu olhar a Heitor.

— Eu era uma tola apaixonada naquela época. Se eu pudesse voltar no passado, mudaria as coisas. Mas eu não posso, Heitor. E acha que eu quero mesmo me casar com você? Eu tenho uma vida, tenho uma pessoa que conheci nesses últimos anos e que me ofereceu algo que você — ela também enfatizou — nunca vai poder dar a mim. Nem a ninguém.

— Então desista dessa loucura! — Alterou a voz um pouco mais. Maldito chá, faça efeito! — Antes de você aparecer, Daniel e eu encontramos um modo de eu receber os meus direitos sem precisar me submeter à essa babaquice!

— Não é tão simples. — Clarisse suspirou e desviou o olhar para a movimentada rua. — Eu já expliquei isso ao seu irmão. Se não firmarmos esse matrimônio, meu pai irá perder o cartório dele. Não tem ideia de como aquele cartório é importante para meu pai. — Justificou e reencontrou com o azul dos olhos de Heitor.

Sem dizer mais nada, subitamente, Heitor se levantou. Os olhos fumegavam e o maxilar estava tão tensionado a ponto de partir os dentes. Olhou dentro dos olhos pretos de Clarisse.

— Você não me engana. — Enunciou com a voz firme — Tudo o que disse aqui não passa de conversa pra boi dormir. Você ainda é apaixonada por mim e está fazendo tudo isso para me ver preso a você.

Clarisse pensou em rebater aquelas palavras sem sentido, mas Heitor continuou dizendo:

— Mas ouça bem, Clarisse Corrêa, ouça bem o que tenho a lhe dizer. Não pense que serei como meu irmão, que irei zelar pelo sobrenome Müller, que farei de tudo para manter as aparências de um casamento de fachada. E saiba que, além disso tudo, vou fazer você se arrepender por sua estupidez. — Pronunciou e sua voz saiu determinada, dura e convicta.

Sem dar-lhe tempo de resposta, já havia se afastado e atravessado a rua a passos firmes.

Deixando a conta para Clarisse pagar.



Contrato de Casamento 2 - O spin-off de Heitor Müller (REPOSTAGEM)Onde histórias criam vida. Descubra agora