Capítulo um.

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S O A R E S

6:00 a.m

Ainda ser uma estudante não é tarefa fácil, e o pior é pensar que ainda estamos em Fevereiro, mal vejo a hora de tudo isso acabar.

"Vamos, Karoliny, vai se atrasar!" Alesxandra, minha mãe grita lá debaixo.

É frio aqui em São Paulo, não quero sair debaixo das minhas cobertas quentinhas, mas meu celular não para de tocar, é o despertador.
Não sei como, mas consegui levantar da cama e ir até o banheiro, tomo uma ducha para tentar tirar a tensão deste fim de semana incrível que passei ao lado do Paulo.
Coloco minha calça preta rasgada, a blusa da escola, meu vans rosa e me olho no espelho. Meus olhos tem olheiras gigantes, droga, ficar acordada até quatro horas da manhã conversando com minha melhor amiga não ajudou nem um pouco.

Pego a minha mochila, meu celular e desço. Meus pais tomam café na mesa junto ao meu irmão, Vitor. Vitor tem 18 anos, ele também estuda, mais esse é seu último ano.

"Com quem a mocinha conversava às quatro da manhã?" Kleber, meu pai, me pergunta enquanto eu me sento na mesa.
"Helisa." Respondo e pego um pedaço de pão.
"Sabe que não pode ficar falando até tarde no celular, seus olhos tem olheiras, meu Deus Karoliny!" Minha mãe reclama. Sério que ela está brigando comigo à essa hora da manhã? Sério mesmo?
"Fica calma mamãe." Vitor tenta amenizar a situação, desde pequeno Vitor tem essa mania de chamar a minha mãe de 'mamãe'.

Terminamos de tomar o nosso café em silêncio, aproveito que o trabalho do meu pai é próxima da minha escola, então pego uma carona com ele.
Chego na escola às sete horas em ponto, não tem quase ninguém, a não ser alguns alunos do ano passado e outros novos. As cores, o jeito, e até mesmo o banheiro da escola, não mudou. Me sento na arquibancada da quadra e espero por alguém conhecido. Até que vejo alguém que conheço desde pequenas, seus cabelos loiros não mudaram nada desde o ano passado, ainda continuam com suas pontas duplas, que eu implorava para que ela cortasse. Helisa Ribeiro, ela tem minha idade e desde pequenas somos melhores amigas.

"Hey, como foram suas férias?" Pergunto enquanto Helisa se senta do meu lado.
"Um saco! E as suas?" Sua expressão parece triste.
"Foram boas. O que houve?" Pergunto.
"Ah, muitas coisas. Mas a briga que eu tive agora de manhã com o meu pai, me deixou tão...abalada!" Helisa comenta e tira o livro de Física da sua mochila vermelha.
"Porquê Lisa?" Uso esse apelido com ela desde nossos cinco anos.
"Eu e o Nathan, você sabe...nós...transamos. Meu pai soube e ficou furioso, minha mãe não ficou diferente. Ele começou a me xingar e me expulsar de casa. Karol, estou completamente perdida." Minha boca é um perfeito O, é inacreditável ouvir que a Helisa e o Nathan fizeram sexo. Helisa tem quinze anos, assim como eu, Nathan ainda tem seus vinte e três anos. Tudo bem, comigo e o Paulo não é diferente, eu tenho quinze e ele vinte e cinco, realmente não sei como meu pai aceita nosso namoro.

Por fim o sinal toca indicando que temos que ir para as nossas devidas salas, me deixando mais triste.

"O que teremos agora, Lisa?" Pergunto para minha melhor amiga, que está toda atrapalhada com papéis em suas mãos. Helisa sempre foi uma aluna exemplar, já eu...
Sempre fui bagunceira, nem sei como consegui passar para o primeiro ano.
"Teremos Física." Bufo por saber que teremos uma professora nova de Física, gostava mais da outra, ela era engraçada.
"E você e o Paulo?" Helisa me pergunta enquanto sentamos no fundo, sempre fomos assim.
"Estamos bem, vou ir na casa dele hoje." Conto a novidade e sorriu.
"Ah, entendi. Pelo visto teremos uma professora nova de Física, acho que se chama Elisabeth."
"Nem ligo, vou passar nela mesmo." Brinco e Helisa da uma gargalhada, quando olho para a porta, uma mulher de cabelos vermelhos entra na sala. Ela é gordinha, aparenta ter uns trinta anos.
"Bom dia a todos, meu nome é Elisabeth Oliveira e vou ser a professora de Física de vocês. Gostaria que vocês se apresentassem." A tal Elisabeth diz e todos se apresentam.

...

Por fim, deu meio-dia e quinze, os alunos pareciam estar comemorando o fim de uma guerra, porque era tanto grito que, meu Deus! Finalizamos nossas aulas com Geografia, perfeito.
Ando distraída até que esbarro em alguém.

"Olha por onde anda!" A pessoa reclama e eu olho para ela.
"Me desculpe." Pego meus livros do chão.
"Hum...Hey, meu nome é Daniel, e o seu?" Daniel é lindo, seus olhos são da cor de mel, e ele é alto.
"Sou Karoliny. Prazer." Me apresento.
"Só se for na cama." Opa.
"Karol! Estava te caçando! Vem, está na hora de irmos." Vitor aparece e me puxa antes que eu diga alguma coisa ao Daniel. Lá fora a chuva cai como se não houvesse amanhã.

"Não se meta com Daniel! Ele é perigoso." Vitor me alerta, o que um príncipe daqueles pode ter de perigoso?
"Perigoso? Me explique isso, Vitor." Peço enquanto passo o olhar pela rua tentando achar o carro preto do Paulo.
"Ele...hum...como vou dizer? Só gosta das meninas para fodê-las!" A palavra porca sai da boca do meu irmão e eu me assusto um pouco.
"Tudo bem, vou ter cuidado. Agora eu vou ir para a casa do Paulo, adeus." Saio andando até a uma árvore, onde é possível ver o Paulo.

Chego por trás dele e coloco minhas mãos em seus olhos, o tapando.

"Hey bebê, senti saudades." Paulo me beija.
"Também senti saudades. Está aqui a muito tempo?" Pergunto e lhe entrego minha mochila.
"Só faz alguns minutos. Quer almoçar lá em casa ou em um restaurante?" Paulo me diz as duas opções.
"Na sua casa, é melhor."
"Ok."

Seu carro estava estacionado na esquina do meu colégio, ouvi umas pessoas me chamando, acenei para algumas.
Chegamos na casa do Paulo em 10 minutos, na verdade ele mora em um apartamento, seu andar é o segundo.
Assim que entro no seu apartamento, dou de cara com uma bagunça enorme na sala, Jesus ele não consegue se manter organizado.

"Juro que não fui eu quem fez essa bagunça toda! Foi o Billy." Paulo levanta as mãos em sinal de rendição.
"Quem é Billy, amor?" Gozo com a cara dele.
"Meu novo cachorrinho." Ele aparece na porta da cozinha com um cachorro pequeno da cor preta.
"Quando?" Me sinto confusa.
"Ontem." Lembro que ele me disse que iria sair ontem.
"Oh. Mas esse apartamento precisa de uma arrumação já! Depois que almoçarmos nós vamos-"
"Nós vamos descansar, teve um dia muito estressado hoje. Falando em hoje, vai ir na balada com a gente?" Ele me lembra da festa que eu tinha combinado com a Suzana que iriamos hoje a noite. Droga, nem avisei meus pais sobre isso.
"Não sei bebê, nem sequer avisei meus pais." Me jogo no sofá e tiro minha blusa escolar e continuo. "E nem tenho roupas se quisesse ir com você."
"Isso não é problema, vamos sair mais tarde." Paulo diz enquanto arruma a mesa para o almoço.
"Aonde vamos?" Curiosidade estampa meu olhar.
"Ao shopping, vamos comprar uma roupa e um sapato para você ir a essa festa."
"O quê? Paulo, não precisa disso."
"Claro que precisa, nós vamos e pronto."

Depois que almoçamos uma comida Japonesa que o Paulo encomendou, assistimos um pouco de televisão e fomos nos deitar. Eu realmente precisava dormir.
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Heeeeey gente lindaaaaa, postado o primeiro capítulo da fanfic Always With You! Espero que gostem sz.
Dedicado à @sweetfly

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Always With You || Paulo Castagnoli-Fly Onde histórias criam vida. Descubra agora