Capítulo 7

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Oi pessoal, por favor votem ou comentem. Preciso saber se ainda estão interessados na história, ou paro de escrevê-la. Bjs
.....
Clari
O domingo passou voando, na velocidade da luz, que num piscar de olhos, já era segunda-feira.
Eu estava numa tediosa aula de matemática, nunca me dei bem com essa matéria. Mas por sorte, já estava acabando a aula e me aliviei por completa ouvindo o sinal tocando.
Esperei a multidão sair primeiro e em seguida sai da sala de aula. Levei um susto quando alguém fez cócegas na minha barriga por trás.
-Diego seu louco! Que susto!! -exclamei  dando um tapa no braço do moreno e sem querer, foi forte.
-Aiiii!! Sua bruta! Eu só fiz cócegas e você me agride! -reclamou passando a mão pelo braço dolorido e vermelho.
-Ai desculpa, foi sem querer! Mas você me assustou! -tentei me desculpar e até fiz um carinho leve em seu braço vermelho.
-Saaai de perto! Antes que você me detone mais ainda! -falou se afastando e mostrando língua pra mim. Diego, o maduro. Sempre.
-Awn tadinho do bebê! Ta manhoso neném? Oh dó, a tia Clara da um beijinho! -zoei ele apertando suas bochechas.
-Ridícula.
-Feio.
-Boba.
-Chato.
Começamos a rir de como somos duas crianças idiotas. Nunca mudamos nossos hábitos de criança.
-Agora sério, vim te chamar para fazermos o trabalho de história. -falou o moreno.
-Ai que preguiça! Eu tinha me esquecido desse trabalho. -bufei e Diego, pela primeira vez, foi cavalheiro e pegou minha mochila super
pesada do meu ombro e levou pra mim.
Fomos para a biblioteca, alguns alunos também estavam por lá, possivelmente fazendo trabalho também. Em silêncio procuramos por todas aquelas prateleiras os livros de história.
-Clari, olha isso! -Diego tirou minha atenção com um livro fino de capa vermelha em mãos. -Um livro de piadas.
-Diego, não é isso que estamos procurando. -repreendi meu melhor amigo distraído.
-Ah qual é, só uma piada. -pediu, bufei e fiz sinal para ele prosseguir. -"Porque o louco ficou feliz quando montou o quebra-cabeças em 6 meses? Por que na caixa estava escrito: de 4 a 6 anos".
Eu não estava nem prestando atenção mas quando ele terminou, comecei a gargalhar. Uma piada tão idiota e engraçada.
Sim, me deu uma crise de riso bem em uma biblioteca. Quanto mais eu tentava parar, não conseguia. Diego estava tentando me fazer parar, mas ao mesmo tempo, estava gargalhando comigo.
XX
-Não acredito que levei uma bronca por culpa sua! -revirei os olhos saindo da biblioteca com o pateta do Diego.
-O que? Você que começou a rir como uma louca. -se defendeu. -Pelo menos encontramos o livro.
-Graças à mim! -me gabei jogando os cabelos, provocando uma risada do moreno.
-Claro! Vamos para minha casa terminar o trabalho? -perguntou.
-Claro!
-Tenho uma boa notícia pra você!
-O que?? -perguntei totalmente curiosa.
-Minha mãe deve estar fazendo cookies de chocolate! -falou sorrindo.
Sou fanática por cookies de chocolate, em especial da mãe do Diego que cozinha super bem, assim como minha mãe.
-Então vamos logo! -falei com um enorme sorriso na cara, puxando Diego e andando rápido.
-Calma, sua louca! Minha mãe pediu pra comprar umas coisinhas no mercado! -falou tirando um pedaço de papel do bolso, possivelmente uma lista do que comprar.
-Ok, vamos lá!
Fomos ao mercado que era pertinho, entre a casa do Diego e a biblioteca. Compramos coisas como farinha, leite, barras de chocolate e outros ingredientes. Claro que peguei um Fini escondido é coloquei na cesta enquanto estávamos na fila.
Claro que o Di viu, mas passou sem falar nada. Dei pulinhos de alegria.
Quando estávamos quase chegando na casa do Diego, umas gotinhas começaram a cair em mim.
-Melhor andarmos mais rápido, vai chover! -falei carregando as sacolas e dando passos mais rápidos.
As gotinhas se tornaram uma grande tempestade, começamos a correr em direção à casa do Diego que estava pertinho. O que eu não esperava era tropeçar e cair numa poça de água. Me levantei rapidamente e continuei correndo até estarmos na casa do Diego.
-Finalmente!
-Nossa, você está encharcada!
-Jura, Diego? -perguntei sarcástica.
-Pelo visto minha mãe não está! -falou olhando em volta.
Colocamos as sacolas com as compras do mercado na cozinha.
-Pega! Antes que fique resfriada. -Diego jogou em minha direção uma toalha branca. -Eu procuro alguma roupa pra você. E acho que você já conhece essa casa de trás pra frente pra eu ter que te levar ao banheiro.
Ri, era verdade. Eu conheci cada canto daquela casa, principalmente porque quando éramos crianças brincando de esconde-esconde.
Subimos e Diego foi ao quarto da mãe dele, quando voltou me entregou a peça de roupa.
-Eu não faço a mínima ideia da onde minha mãe guarda as blusas de frio, então eu te empresto um moletom.
Diego me entregou seu moletom preferido, preto com alguns desenhos em branco do Star Wars.
Fui ao banheiro e tomei um banho super rápido, coloquei a calça jeans da mãe do Diego que ficou boa, o moletom e uma meia vermelha. Deixei meu cabelo quase seco solto.
Saí do banheiro e um cheiro delicioso invadiu minhas narinas. Vinha da cozinha, desci as escadas e fui até lá.
Diego estava de costas pra mim fazendo algo no fogão e uma forma estava em cima da mesa com deliciosos cookies de chocolate.
Fui andando de fininho até Diego e agarrei seus braços gritando, na intenção de assusta-lo.
-Buuuuuuuuu.
Diego é uma pessoa difícil de assustar, mas o mesmo, pela primeira vez deu um pulo pelo susto e comecei a gargalhar descontroladamente.
-"Ninguém me assusta! Sou homem!" -tentei imitar Diego e ri mais ainda da minha imitação.
Ele me olhou bravo e indignado.
-Aé? Vai ficar me zoando? Ta bom, eu estou fazendo dois chocolates quentes para comer com os cookies que minha mãe deixou no forno, mas eu como tudo sozinho mesmo.
-Meu amiguinho lindo do coração!! Já falei o quanto eu adoro você, seu lindo? -falei brincando e rimos.
Diego afirma que não, mas ele manja na cozinha. Sempre que faz alguma coisa para nós dois comer, eu sempre peço mais.
Eu babava enquanto o via fazendo o chocolate. Acrescentava leite, chocolate, Ovomaltine... Ele fazia o mais gostoso chocolate que já tomei até hoje, cremoso, doce e muito bom.
Ele colocou os cookies e os chocolates quentes numa bandeja e fomos para seu quarto.
Um lugar que haviam dias que estava arrumado e dias que estava bagunçado. Por incrível que pareça, hoje estava organizado. O quarto dele é branco, azul, verde e preto. É até organizado demais para um quarto masculino.
-Teve uns lançamento no Netflix de filmes interessantes, o que acha de uma maratona depois de terminar o trabalho? -perguntou sorrindo, seu lindo sorriso.
-Topo se você fizer outro chocolate quente! -falei com a caneca vazia em mãos, assim que acabei de tomar o último gole.
Diego começou a rir, com certeza fiquei com bigode.
-Limpa isso, criançona. -ele me passou um guardanapo.
Iniciamos o trabalho, de história. Amo história e todas as matérias de humanas, sempre tive ódio de matemática e números.
Eu usava o notebook do Diego e o próprio usava o notebook da mãe.
Minha vontade era jogar esse laptop pro lado e assistir Tv, adoro fazer seminários, sempre tiro boas notas. Meu ponto fraco é pesquisar, bate preguiça.
Diego parecia completamente concentrado, senti um pingo de inveja disso.
-Diii. -fiz uma voz manhosa e ele continuava vidrado naquela tela de notebook. -Vamos ser irresponsáveis?
Ele virou pra mim lentamente, senti um pouco de arrependimento pela brincadeira.
-Vamos. -Di riu, colocou o computador de lado e se levantou, estendendo a mão pra mim levantar também. -Quer saber? Estou morrendo de preguiça, terminamos depois.
-Aaah, eu te amooo! -abracei-o fortemente, fui salva de horas de tédio. -Vamos procurar algo para assistir.
-Primeiro, vamos pegar mais comida.
-Certo, vamos!
Diego pegou a bandeja que havíamos trago com prato e canecas vazias e saímos do quarto.
Descemos e a casa continuava num silêncio, com exceção da chuva caindo lá fora, porém os vidros fechados amenizavam o ruído. A mãe dele ainda não chegou.
-Vou fazer mais chocolate quente e você pega as coisas. -Diego já ligou o fogão com a panela -Passa o leite.
-Uh, folgado! -falei indignada, já abrindo a geladeira e pegando a caixa de leite e entreguei-o.
-Cala a boca. -ele falou, brincando pelo meu comentário -Agora o chocolate.
Revirei os olhos, ele estava aproveitando da situação, seu chocolate quente é maravilhoso.
Peguei no armário e entreguei.
O restante dos ingredientes já estavam na bancada, ao lado do fogão. Para minha sorte.
Ele terminou de fazer os chocolates, até acrescentou marshmallow e retornamos para seu quarto.
Seu tapete branco era incrivelmente macio, só colocamos algumas almofadas e travesseiros da cama no chão e uma manta vermelha enorme também.
Nos sentamos e a bandeja com as guloseimas ficou no tapete na nossa frente.
Di pegou o controle remoto e ligou a televisão enorme.
-Vamos ver o quê? -perguntou ele descendo pelas categorias do Netflix.
-Ah, estou com vontade de um filme de comédia -comentei já levando um cookie à boca.
-Sua chata, eu quero terror!
-Credo, pode parar! -briguei o empurrando de leve -Comédia ou romance, escolhe.
-Odeio você! -ele revirou os olhos e foi na categoria de comédia.
-Eu também. -ri, ele fingindo-se de bravo é uma fofura, exceto quando está bravo de verdade.
Ele acabou escolhendo Cada Um Tem A Gêmea Que Merece. Já assisti mil vezes, mas é aquele tipo de filme que não enjoo nunca.
No meio do filme foi me dando um grande cansaço, Di parecia estar numa boa.
Tomei mais um gole do chocolate quente e o coloquei na bandeja. Meus olhos começaram a pesar. Apenas deitei a cabeça no colo do Diego, pareceu sair do transe do filme ao me perceber.
Minha cara de sono deve estar tão evidente que ele não fez pada ou comentário algum e fez carinho no meu cabelo.
Eu sentia o Di rir da forma mais baixa, provavelmente pra não me atrapalhar. Sorri de olhos fechados e adormeci.
XX
Abri os olhos lentamente e por três segundos, esqueci o que houve antes de pegar no sono.
Me levantei do colo do Diego e o mesmo estava dormindo de forma tão serena que fiquei com dó de acorda-lo, mas precisamos fazer o trabalho.
-Xuxuzinho, acorda. -chamei-o com a voz bem suave.
Di abriu os olhos e sorriu ao me ver, meu coração bateu com mais força com seu belo sorriso.
-Oi princesa. Que horas são? -perguntou com a voz mais grave que o normal, de sono.
Peguei meu celular e apertei o botão.
-São cinco horas, precisamos terminar o trabalho. -lembrei revirando os olhos.
-Sim, vamos.

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⏰ Última atualização: Jan 08, 2018 ⏰

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