PRÓLOGO

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- Isso não é possível. Eu não acredito que meu marido esteja envolvido com esse tipo de coisa! - eu disse incrédula ao detetive.

- Dona Amy, a senhora me contratou para ficar de olho em seu marido, para segui-lô, para investiga-lô e para, por fim, descobrir o que ele anda fazendo - ele me disse com toda a paciência do mundo - e foi o que eu fiz - ele continuou - investiguei, e foi isso que descobri.

- Então me mostre as provas. - eu pedi.

- Não.

- Não?! Como assim, não?

- A senhora me pediu para mostrar-lhe as provas. E eu disse que não.

- Mas isso é um absurdo! - eu disse, já em meu limite - Eu estou pagando pelas investigações, e um preço muito alto por sinal, e o senhor vem acusar meu marido de coisas absurdas e me diz que não pode me mostrar as provas? - eu gritei - Que tipo de detetive é o senhor?

- Do tipo "o melhor da cidade", pode pesquisar se quiser confirmar. E, eu não disse que não posso mostrar as provas, disse que não vou, por livre e espontânea vontade. Mas antes que a senhore se exalte mais, deixe me terminar de falar. - ele disse isso tudo com muita paciência. Meu Deus, como esse homem pode ser tão calmo?

- Prossiga.

- Eu irei mostrar-lhe o documento com as provas, assim que eu tiver certeza do conteúdo.

Eu já estava muito impaciente, este homem está me enrolando, e eu não vou ficar aqui ouvindo suas desculpas pra não me mostrar o que tem em mãos.

- Pois bem, - eu disse, e quem estava calma dessa vez, era eu - se o senhor prefere assim, que seja assim. - eu disse, e me retirei de seu escritório, batendo a porta com força.

Entrei no meu carro, e pensei em tudo o que ele havia dito.

Eu não queria acreditar - em nada do que ele disse - jamais pensei que meu marido fosse capaz de uma coisa dessas, eu conheço muito bem o homem com quem me casei, e ele não é desse tipo.

É claro que eu estava duvidando de seus atos e de sua lealdade à nossa família, mas pensei que fosse uma simples traição. Achei que ele só estivesse cansado da vida monótona que ele tem, que estivesse enjoado de mim, sua mulher, mesmo porque, são 18 anos de casamento.

Mas por incrível que pareça, eu fiquei feliz por saber que ele ainda me ama, ou se não ama, pelo menos não me trai. Porém, não acreditei no detetive. Nada do que ele me disse faz jus ao meu marido. E se o detetive estiver certo, quero ver eu mesma!

Por que o detetive estaria mentindo para mim? E se estiver, então qual é a verdade? Por que ele não me deixa ver as provas? Será que ele ao menos as têm? Ou será que ele inventou toda essa história que me pareceu absurda?

E todas essas indagações me fizeram voltar na primeira pergunta, "por que ele estaria mentindo para mim?".

O que será que ele esconde, e qual seriam os motivos para isso?

Resolvi eu mesma tirar essa história a limpo, porém minha prioridade será investigar o detetive, meu marido pode esperar.

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