Finalmente, tudo voltava ao normal. Bruxas atacavam aqui e ali, eu mal tinha tempo pra falar com o pessoal que havia ficado na Academia do Norte. A última vez que consegui passar lá, Lya e Arabella tinham viajado junto a seus discípulos pra Bocunceh, onde tinham que investigar algo sobre um caso estranho. Meu pai também não estava. Margot tinha dito que ele tinha ido a cidade central, conversar com Roy.
Bem, eu? Eu estava viajando pra uma vila que ficava a leste da Academia do Norte. Mas, a muito leste.
-Garoto, acho que não é uma boa ideia ir pra aquela vila. - Neilgee dizia de forma séria. Sua voz saía mais metálica que o normal.
-E por que não? Está com medo de umas bruxas?
-No dia em que eu tiver medo de bruxas, você pode usar 100% do meu poder, garoto.
Ri e segui andando. O céu estava com uma cor de azul celestial, sem nenhum sinal de nuvens por perto. Isso era estranho pro leste de Amhestris, ainda mais, no interior. O vento batia forte contra meu corpo, mas, nada muito efetivo. Depois de mais alguns minutos andando pela aquela estrada de terra, finalmente vi o que Neilgee tentou me avisar: a vila estava inteiramente queimada e destruída. Casas, pequenos pontos de comércio, barracas, bares. Tudo o que existia naquela pequena vila estava totalmente queimado.
-Agora entendi o que você quis dizer. - Disse, enquanto andava no que deveria ser a tal via principal da pequena vila.
Um barulho de uma tábua batendo no chão a revelou. Saquei Kugasani e apontei pra bruxa. Mas, fora tarde demais. Uma bola de fogo já estava na minha direção, a centímetros de mim. O campo de força invisível de Neilgee nos salvou no último instante. Só pude ouvir a risada da bruxa.
-Então, você que me fez vir aqui? - Perguntei.
-Talvez seja, talvez não seja. Tem vezes que não é um alerta de bruxa que trás vocês pra locais como esse. Ainda mais, quando se possui um dos Dragões Celestiais. - Respondeu a Bruxa, demonstrando seu total interesse em Neilgee.
-Olha, pelas minhas contas, eu já matei umas 15 bruxas e 30 animálios que tentaram pegar meu braço direito. Se estiver afim de se juntar a eles, estamos aí. - Indaguei, erguendo Kugasani. Ela se incendiou no mesmo momento.
-Não seja ingênuo, Jont. Acha mesmo que eu fiz isso tudo sozinha?
Na hora em que ela disse isso, me amaldiçoei por não ter percebido antes. Tinha pelo menos mais 4 bruxas que eu pude sentir através do instinto de magia. Duas delas seguraram meu braço direito, enquanto uma delas me passou uma rasteira e a última me deu um soco no rosto. Bati contra o chão, sendo pressionado por pelo menos 6 joelhos, enquanto meu braço estava erguido.
-Sabe, se vocês pedissem pra que eu me rendesse, eu teria me rendido na hora. É uma desvantagem numérica tremenda. 2 contra 5. - Disse, sorrindo.
-2 contra 5? - Perguntou uma delas.
Acho que foi um dos momentos mais engraçados da minha carreira como Jont. O velho bote do companheiro. Elas se olharam e depois olharam em volta, tentando procurar o meu possível companheiro.
-Está blefando! - Indagou a mesma.
-Se eu estivesse, só iria tornar minha morte mais rápida.
Assim que terminei de dizer, fiz com que uma chama aparecesse atrás de um tronco de árvore. Vi uma delas apontar pra árvore. A que estava segurando meu braço, me soltou e foi verificar a tal chama. Era minha chance. Meu braço tocou o solo, acendendo a velha luz alaranjada. Nesse instante, o solo tornou-se magma. As bruxas foram obrigadas a me soltar, pra que não fossem mortas. Mas, felizmente, todas elas foram reduzidas a cinzas. A bruxa que restara tinha chego na árvore e viu que não era nada. Mas, eu já estava de pé, sorrindo.
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A Espada Da Bruxa
FantasyO mundo em que vivo é meio doido, as vezes nem eu mesmo entendo. Eu me chamo Tristan, tenho 20 anos e sou um caçador de bruxas, no que deveria ser o ano 2035. Mas, que foi alterado graças a um experimento não sucedido. Aqui, não existe nem João, nem...