Paquerando... Ou quase

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Primeiro capitulo da minha primeira fanfic. Não preciso nem dizer que estou muito nervosa/ansiosa não é?

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- Eu disse não Molly! - Repito pela décima vez já aborrecida.

- Ah, dá uma chance vai! - Pede Molly tentando em vão ser delicada.- Nós ficamos a noite toda escolhendo um possível pretendente.

- Aham - Concorda Heera arrumando suas madeixas loiras estilo rapunzel, e eu estou tão farta desse lugar que estou prestes a dar uma de bruxa má do Oeste e cortar o cabelo dela com a faca de sobremesa.- Ele até que não é de todo mal.

Vou explicar o que está acontecendo no momento (Ou o que sempre acontece). Pela Milionésima vez minhas melhores amigas Heera e Molly me arrastaram para um barzinho com pinta boate que cheira a bebida e cigarro, para me empurrar em cima de qualquer homem que aparente ser decente e solteiro.

Eu simplesmente não sirvo pra isso, tenho muitas outras coisas mais produtivas pra fazer da minha vida do que ficar caçando um "gato" por ai. Como por exemplo montar um biblioteca gigante na minha casa, ou assaltar uma bibliotaca gigante... Se você é tão apaixonado por livros assim como eu vai concordar que são ótimas idéias. E por essa minha paixão por livros de romance eu sei que ter um namorado dá muito trabalho, pois são brigas e reconciliações e brigas novamente, bom como já disse isso não é pra mim.

Agora tenta explicar isso pra Heera ou pra Molly, pra elas todo mundo com 20 anos tem que ter ou já ter tido um namorado, Hunf! (Onde está escrito isso produção?).

E não pense que eu não tenho namorado por que sou Grudenta, chata, diferente, nerd ou especial nem nada disso. Eu me considero considerava até bem normal, não era a mais popular, mas tinha meus amigos. Em quesito beleza os garotos nunca reparavam muito em mim, até o momento em que eles descobriram que por debaixo daqueles cabelos castanhos revoltosos se escondia um par de belos olhos verdes intensos emoldurados em um rosto harmonioso.
E eu convivia bem com os garotos, até o dia em que eles passaram dos limites e eu tive que dar uma de discípula do Chuck Norris com um carinha da mão boba e ir parar na diretoria ( Eu quebrei a mão dele, mas posso dizer que esse foi um dia épico. ) E então eu decidi que se fosse pra chamar atenção, seria do meu jeito. Cortei a juba castanha e pintei de Roxo.

Fui tirada dos meus devaneios, quando Molly começou a me pegou pelos ombros e me chacoalhou (Já disse que ela é delicada como um elefante dançando Street Dance? )

- Eii Magah! Já te chamei umas trinta vezes, vê se acorda - Reclamou ela parando de me chacoalhar e fechando a cara com impaciência.- Eu odeio quando você se perde nesse seu mundinho pervertido.

- A pervertida aqui é você né Molly, mas isso não vem ao caso - Defendeu-me Heera e enquanto chamava o garçom para pedir sua costumeira Diet Cola.- O gatinho já deve estar indo embora.

- Vou contar um segredo universal do qual vocês estão por fora, aquele cara ali é Gay-Digo sem enrolação e percebo os olhares de incrédulos que as duas me lançam.- E não venham me dizer que aquele cabelo Azul, roupa hiper colorida e ainda por cima tomando um Martini de maçã não é dar pinta de gay. Para completar o modelito só falta uma bandeirinha do arco-iris na mão dele.

- Ah fica quieta! -Queixa-se Heera dando um gole em seu refrigerante.- Que experiência você tem nisso? Nunca nem namorou.

- Pois é -Concorda Molly- alias, ele pode só adorar uma cor e você não pode dizer nada querida com esse cabelo roxo -Diz ela pegando em uma mecha roxa da minha franja.

- Okay então, mas só pra constar eu posso não ter tido namorado ainda, mas vocês já tiveram e nem por isso entendem mais de homens do que eu, e a prova é que somos três encalhadas -Respondo ignorando a cara de raiva delas. Melhor uma amiga sincera do que falsa, meu lema.- Vamos apostar então, se caso ele for gay vocês vão comprar o novo livro da serie do HDO (Heróis do Olimpo) pra mim.

As duas me lançaram olhares divertidos, Provavelmente contando com a vitória fácil. Iludidas. Nós adoramos fazer apostas, começamos na quinta série quando nos conhecemos e nunca mais paramos.

- Tá - Concordou Heera.- Mas o que nós vamos ganhar se você perder?

- Se por um acaso eu perder - Respondo percebendo o interesse delas.- eu vou lá e falo com o cara, simples. - Elas olharam uma para a outra e lançaram um sorriso cúmplice. - Podem tirar esse sorrisinho da cara, eu disse conversar e nada mais.

- Aff - Molly bufou com um pouco de desagrado.- já é melhor que nada, olha Magah vou te dizer uma coisa se não fosse por nós suas lindas e amadas amigas, no seu futuro você iria ser uma velha rabugenta com 27 gatos!

Molly termina seu velho e manjado discurso e todas nós reviramos os olhos.

- Esse discurso tem seu fundo de verdade, mas que ele está mais manjado que polaina nos anos 80 ninguém pode negar. -Afirma Heera - Serio amiga tá ficando deprimente ver você assim tão Alone.

- Eii - Me sinto injustiçada afinal não pedi ajuda do esquadrão do amor- Foram vocês que me obrigaram eu estou ótima do jeito que estou e...

- Tá tá, - Molly diz me interrompendo. - Olha lá o bonitão, ele levantou será que está esperando alguém?

O cara realmente tinha ido se encontrar com alguém, ou melhor, um cara alto com mais ou menos 1,80 metro e com a maior pinta de cabeleireiro.

- Ah... devem ser só amigos -Comenta Heera, mas o nervosismo que antecipa a derrota é obvio.

Os caras cumprimentam com um beijinho no rosto de cada lado, e voltam a se sentar na mesa em que o azulzinho estava tomando o Martiní.

- Ah que legal não? - digo, com um ar de vitória, eba, me deu até uma alegria saber que eu não iria ter que conversar com um completo desconhecido sem necessidade, Provavelmente elas ainda estavam duvidando dos gostos para parceiros do Azulzinho então sentenciei- Gay, gay hoje, gay amanhã e gay para sempre! E dizer que ele não é gay é praticamente uma afronta a comunidade gay! Repara na pinta daquele que chegou parece até o cabeleireiro da Madona, me deu até vontade de ir lá, queria um amigo gay, mas estão no maior clima, eu que não vou atrapalhar.

Elas estavam com olhares desolados (Tá não é pra tanto,está mais pra emburrados) Elas olharam pra mim e depois pro casal de garotos que agora conversavam de uma maneira um pouco histérica atraindo olhares alheios.

- Realmente, não tem nem como contestar - Afirmou Molly enquanto prendia seu cabelo liso e negro como petróleo um um rabo de cavalo baixo.- Sempre te disse isso, mas agora vou reafirmar. Você é uma maldita Magah - Disse-me ela fingindo simpatia.

- Pois é amigas passem o money - Pedi com um sorriso de orelha a orelha.- 10 dólares cada, o livro custa 20.

- O vida injusta - Queixou-se Heera pegando o dinheiro na bolsa - Mas trato é trato!

- É -Concordou Molly mexendo no bolso do casaco- Te odeio sabia? - Continuava a falar, agora me entregando o dinheiro.

- Que nada, para de drama, só não sabe perder. - Constatei desmanchando seu rabo de cavalo- E eu sei que vocês duas me amam!!

Eu pelo menos estava tão feliz com a minha vitória ( vitória sim, pra que melhor premio que um livro!). Que fiquei um pouco mais e não deixei as duas irem embora do bar, bebemos uns refrigerantes por que não ingerimos bebidas alcoólicas, bom.. pelo menos evitamos (Evitamos desde que demos uma vexame no karaoke. Não é um bom dia a se lembrar) e umas 10 da noite fomos para casa -Lê-se Eu fui para casa.- Elas disseram que iam dar um volta para dar uma paquerada. Não digo nada pra essas duas.

Enquanto caminhava de volta para casa as ruas estavam até bem animadas apesar do frio que fazia. Eu não sentia medo de andar nas ruas de Chicago assim, eu sei me defender muito bem pois fiz defesa pessoal e Aikido. O maximo que um assaltante pode levar de mim é um olho roxo.

O tal bar não ficava tão longe do meu apê, quando estava entrando na portaria vi de relance uma luz brilhante cortando o céu, a luz seguiu para a floresta até se perder de vista e eu fiquei um tempo admirando o rastro da luz provavelmente um cometa, encostada no portão do condomínio. Sempre gostei muito de observar as estrelas e li livros sobre esse vários assuntos relacionados. Entrei o Apê com aquela cena linda na cabeça e com o dinheiro do meu mais novo livro no bolso.

A Neve Sobre As EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora