Capítulo 4

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Pedro

Acordei cedinho e fui tomar café da manhã com meus pais. Desde que voltei a morar aqui, aproveito o máximo que posso da companhia deles.

E depois da nossa conversa matinal fui ajudar a arrumar a cerca dos fundos da fazenda.

Belinha logo que acordou veio me procurar, ficou um tempo por aqui conversando comigo e com os rapazes e só foi para casa quando a Ester veio buscá-la.

Trabalhei mais um pouco e fui almoçar com a minha filha, após o almoço ela saiu com meu pai e eu voltei a arrumar a cerca.

Estava indo buscar mais pregos quando topei com uma moça de nariz empinado, tudo bem que achei interessante a forma que ela me encarava, mas foi só nosso diálogo iniciar para saber que ela é insuportável.

Eu nem perguntei o nome da dita cuja, e nunca a vi por aqui, mas uma moça estranha com um bebê no colo, só poderia ser a tal inquilina que a Belinha cismou. Já ouvi minha filha falar dessa moça várias vezes e não sei o que ela viu nela. Se bem que criança é inocente se iludi com tudo.

Milena, esse é o nome dela.
Não posso negar que é muito bonita, mas antipática demais para o meu gosto. E o nosso primeiro encontro não foi nada promissor.

Entrei em casa alguns minutos depois e cheguei a tempo de ouvir a conversa da minha mãe com a Milena, a nariz empinado estava me elogiando. Tenho certeza que ela não tinha se dado conta de que eu era eu. Então resolvi ajudar e agradeci o elogio querendo irritá-la mais um pouco.

E consegui! Ela me olhou surpresa, mas em seguida assumiu novamente a postura defensiva, como se eu não a afetasse em nada.

- Vocês já se conhecem? Minha mãe me perguntou.

- Sim, porém acho que sua amiga não sabia que eu era seu filho quando nos falamos lá fora.

- Não mesmo, mas nem pense que vou me desculpar só porque você é filho da dona Luiza. Você foi muito arrogante comigo!

- Pedro Hubner eu não acredito nisso. Que coisa feia! Milena ele não é assim, eu te garanto querida. - Minha mãe falou me olhando com cara de brava.

- Tudo bem dona Luiza, não se preocupe com isso. Eu não me importo. - Ela respondeu sem deixar de me encarar.

Ester e tia Vilma estavam sorrindo discretamente e a nariz empinado me lançou um olhar desafiador. Eu não gostei dela, isso é um fato!

- Tia Milenaaa! Belinha entrou na sala e praticamente pulou no colo da encrenqueira.

- Oi minha lindinha, você está bem? Ela falou com a minha filha com tanta ternura que nem parecia a mesma.

Aproveitei a chegada da Belinha e saí da sala. Estava na cozinha tomando água quando a Ester entrou.

- Então você foi maldoso com a nova vizinha. Maninho tenho que concordar com a tia Luiza, você não é assim, o que aconteceu?

- Pare de ser curiosa Ester.

- Ah pode falar, eu estou curiosa mesmo afinal o Pedro que eu conheço é sempre tão educado e gentil.

- Modéstia a parte sou mesmo, e nem fui tão deselegante com a Milena, ela que se ofendeu porquê falei que ela estava conferindo com muita atenção o material aqui.

- Que convencido, ela deve ter apenas te achado diferente.

- Diferente como?

- Ahh, não é todo dia que ela encontra um fazendeiro gato dando sopa por ai.

À Espera Da Felicidade - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora