Eu não fazia idéia de onde seria o jantar, mas eu sabia que não teria roupa adequada independente do local. Eu não queria fazer feio perto dele. Não acho que queria dá motivos para falarem mal dele, só porque ele estava comigo.
Então quando acordei na manhã seguinte, Cami não tinha chegado ainda, mas eu não estava exatamente preucupada, pensei em usar um dinheiro que eu estava economizando para comprar alguma coisa digno para usar.
Depois de um banho e comer algo pra não sair de barriga vazia, eu sai pelos fundos da boate e peguei um ônibus no ponto mais perto de casa. E só parei num shopping do centro, sem me importar muito em qual era. Minha roupa era curta, óbvio. Era só o que eu tinha. Mas também não parecia uma vadia, eu estava até conportada perto da minha ocupação noturna. Parei em um loja na qual a vitrine era pra lá de chamativa. O vestido da manequim exposta era a coisa mais linda que eu já tinha visto, ideal demais para mim.
A porta abriu-se só quando eu me aproximei, entrei cautelosa e envergonhada, sendo pega de surpresa com o vento frio do ar- condicionado do ambiente.
— Oi — entrei, tentando ao máximo diminuir a frequência da mascada de chiclete.
— Olá — a atendente que estava ocupada ajeitando um vaso de flores no balcão, me olhou da cabeça aos pés e se dirigiu a mim com um sorriso forçado. — Como posso ajudá-la?
— Preciso de uma roupa elegante — sorri para ela. — Nada muito sofisticado. Quero parecer séria, mas não evangélica. Eu vi as peças aqui e elas são lindas e como eu realmente preciso de algo...
— É claro que precisa — ela riu sarcástica, me interrompendo.
— Então, a senhora pode me ajudar — tentei fingir que aquilo não me afetou. — Eu quero uma roupa bem fina para usar em um jantar importante hoje a noite. A senhora tem algo?
— Tenho — ela me lançou um olhar enojado como se não entendesse porque eu ainda estava ali. — Mas não para você.
— O que quer dizer?
— Digamos que não cabe no seu bolso — ela me olhou sorridente e uma outra mulher que estava ali perto, começou a rir com ela.
— Não perguntei o preço de nada ainda, quero apenas ver algumas peças.
— Sinto muito, mas peço que você se retire.
Era por isso que eu não tinha muitos amigos ou evitava socializar mais. As pessoas era nojentos e sem escrúpulos. Se achavam melhores do que as outras quase sempre.
Eu me senti como um nada quando ouvi as palavras proferidas por aquela mulher, não que eu precisasse de ajuda para me sentir um nada. Não precisava que ninguém me lembrasse que eu era um tanto repugnante. Sai de lá rezando por paciência para não me jogar em cima daquela mulher e mostrar a ela o que era humildade.
Me sentei em um banco da praça de alimentação, pensando no que faria a seguir. Quando alguém se aproximou com pelos passos cautelosos, eu fiquei curiosa pra saber quem era.
— Oi, meu nome é Harriet. Você é Hailey, certo? — uma menina que não parecia ter mais de 16 anos me encarava meio trêmula.
— Sim — a encarei curiosa. — Como você sabe?
— Vi a foto que o Justin postou com você. Você é linda — ela me olhava quase como as outras olhavam para Justin. Com devoção. Foi bem desconfortável. — Aconteceu alguma coisa?
— Não — menti. — Eu só estou cansada.
— Posso tirar uma foto com você? — ela perguntou incerta.
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Pretty Woman - Jailey
ФанфикEsta fanfic é baseado no filme "Uma linda mulher", dirigido por Gary Marshal e estrelado por Julia Roberts e Richard Gere. Hailey Baldwin é uma prostituta de pouca sorte que mora em Las Vegas. Mas tudo muda quando ela conhece Justin Bieber. A celebr...