Uma garota humilde, frágil, ingênua e amorosa não poderia cogitar ser vítima da crueldade humana.
Nascida na favela, Savanah teve seu mundo abalado pela morte dos pais. Expulsa da casa em que morava por falta de pagamento das mensalidades do alu...
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SAVANAH
Regresso ao quarto percebendo que Eliza continuava sentada onde estava antes do meu banho. Ao me ver, levanta sorrindo.
— Agora que está limpa, vamos deixá-la ainda mais linda! — fala me estendendo o vestido.
Sinto meu rosto esquentar quando percebo que ela também vai me ver em roupas íntimas. Eliza parece perceber meu desconforto, pois fecha os olhos sorrindo.
Apressadamente entro no vestido e o ajusto ao corpo.
— Pronto. — digo ao estar vestida.
Ela vira e me dá um sorriso satisfeito.
— Ótimo! Vamos secar seus cabelos e retocar seus traços com um pouco de maquiagem.
Depois de algum tempo, estava pronta.
Eliza colocou o colar, a pulseira e os brincos.
— Agora coloque o sapato e vá se olhar no espelho do banheiro e me diga o que achou. — replica animada.
Coloco os sapatos e fico meio desengonçada no início, mas logo pego o jeito com as dicas da Eliza de como andar com aquilo.
Vou até o espelho e ao olhar-me quase não me reconheço. Meus cabelos castanhos estão levemente enrolados nas pontas, meus lábios estão mais rosados que o normal, por consequência do batom. Meus olhos também castanhos estão realçados por uma sombra cinza que dão mais visibilidade às minhas sobrancelhas pretas. Meu corpo magro modulou-se perfeitamente ao vestido... Estou parecendo uma princesa. Mas o meu encanto logo quebra ao ouvir uma voz de homem no quarto.
Hesitante saio do banheiro e vejo a Eliza feliz de instantes atrás, dar espaço àquela cansada e abatida que vi no chão a algumas horas atrás.
O brutamontes segura seu braço e vem em minha direção fazendo o mesmo.
— Vamos logo. — Rosna e nos arrasta porta afora.
Após passar por inúmeros corredores e portas de quartos, chegamos a um salão cheio de homens bem vestidos, mulheres dançando, outras quase sem roupas e algumas beijando homens descaradamente.
Escandalizada! É como fico ao ver toda aquela promiscuidade.
Olho para Eliza que me presenteia com um sorriso amarelo e desvia o olhar. Respiro fundo e volto a observar, aturdida, as cenas ao meu redor. Na mesa à nossa esquerda, há três homens sentados de frente a uma mulher dançando sensualmente. Ela baixa as alças do vestido vermelho que traja e deixa que ele caia em uma poça aos seus pés, ficando vestida apenas com uma minúscula calcinha também na cor vermelha. Seus movimentos ritmados continuam, suas mãos acariciam as laterais do seu corpo e logo afaga um dos seios desnudos.