P.O.V Jane.
Eu já estava aflita pensando no que Annie poderia estar passando. Ela é cabeça dura e teimosa e chata o bastante para ganhar algumas cicatrizes apenas por falar cinco minutos. Eu não consigo pensar nela sofrendo algum tipo de dor ou algo assim, e considerando sua língua afiada em momentos inoportunos, é exatamente o que eles fariam com ela em seu primeiro deslize.
Inferno, Annie Waolken, por que não assume logo que é uma garota rica e anda com os seguranças do nosso pai?
Minhas unhas já estavam muito mais curtas do que o normal, isso porque involuntariamente roí todas elas de nervoso. Minha mãe sempre me repreende por isso, ela diz que garotas bonitas não roem unhas. E claro, acredito que breve um buraco vai se abrir no chão se eu continuar a andar dessa forma de um lado para o outro sem parar.
Estávamos na base de David. Até que era um lugar legal para usar de bunker para vigilantes fora da lei. Era no subterrâneo de um prédio abandonado em uma estrada não tão longe do centro de Clinton. A única coisa que me pergunto, é como ele achou esse lugar.
O interessante é que também era um lugar devidamente equipado, quase ao nível do Grupo Link. Haviam computadores que Barry fez questão de aprimorar com algoritimos feitos por nós. Havia suplementos químicos, e uma máquina de biscoitos com várias batatinhas que vão acabar com a minha dieta. Definitivamente eu devo questionar David sobre esse lugar, não é como se o bunker perfeito fosse aparecer do nada. Bem, só depois que isso acabar.
Barry estava concentrado em localizar os carros que levaram Annie, e Tábata hackeando as câmeras de vigilância da cidade. Quando trabalhávamos com o Grupo Link tínhamos acesso irrestrito à elas, quase faz parecer que somos traidores agora.
Talvez eles estejam no governo também, os subordinados de Liam. Isso explicaria o porquê de tantas prioridades para eles e para a organização em que trabalhei.
Tábata tentava no mínimo ajudar Barry com tudo aquilo, ela olhava as câmeras da cidade, mordia minha caneta, e buscava coisas relacionadas à Liam Kane, ou apenas Lee. Isso porque eu estava nervosa demais, afinal, era a minha irmã mais nova, mesmo que por alguns minutos, ainda era a minha irmã mais nova. Não consigo pensar sobre eles fazendo algo ruim com ela. Eu não posso pensar nisso, ela deve estar bem, Liam não a machucaria.
- Está vazio! - Ouvi David gritar pelo ponto eletrônico. Ele deveria lembrar que não é legal gritar no ouvido de alguém. Todos deveriam lembrar disso.
Ele estava nas ruas arrebentando a cara dos primeiros caras que que podiam dizer onde Liam Kane guardava seus brinquedinhos, ou seja, o lugar onde era seu cativeiro. E com arrebentar a cara eu quero dizer deixando alguns aleijados, outros quase mortos.
Os cinco primeiros não o contaram absolutamente nada sobre Liam Kane. Em todo momento eles defendiam Liam como se ele fosse a melhor pessoa do mundo, diziam sobre como eles foram salvos por ele e apanhavam por ele.
O que será que Liam deu à eles para que fossem leais dessa forma? Dinheiro? Talvez.
Já o sexto entregou tudo de bandeja enquanto implorava para que não morresse. Ele tinha uma aliança em seu dedo anelar, era o que trazia sua humanidade, e bem, a maior característica de um humano é o medo. Na maioria das vezes o medo de morrer. Eu não entendo bem o porquê de ter medo da morte, é inevitável, e um alívio também.
Porém ainda assim minha irmã não estava lá. Talvez fosse um grande erro confiar em um cara que trabalha para os Kane.
- Fantasma, você tem certeza? - Perguntei. Eu ainda podia ouvir sua respiração descompassada b Talvez ele estivesse morrendo de medo de algo acontecer com Annie, ele gostava dela, se importava com ela.
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Clinton
ПриключенияClinton, uma cidade harmoniosa até que pouco a pouco é tomada por inimigos além de indestrutíveis, são extremamente nocivos. A cidade está perdida, até que ela surge. Uma heroína capaz de retomar Clinton com êxito. Porém, antes de ser a heroína Vene...