LAÇOS

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Capítulo escrito por d_Sell ( esse lindo escreveu esse maravilhoso Capítulo, teve total liberdade para isto e como já era de esperado ele arrasou, viado!!!) obrigado Sell você é demais.

A tarde estava maravilhosa, deixamos as crianças na casa de Larissa e Max e viemos fortalecer os laços do casamento. Não que precisássemos, mas não queríamos cair em uma rotina chata e entediante, queríamos, mesmo depois de casados, continuar nos amando como antes, um amor simples e intenso, que nos fez passar por todas as instabilidades da vida de mãos dadas, juntos, vencendo uma a uma. Reeh nos trouxe em um lugar muito lindo. Era incrível! Caminhávamos por pequenas colinas, haviam muitas flores por onde passávamos, ao longe, uma grande árvore, ele estava me levando até lá.

Assim que chegamos Reeh estendeu o lençol que carregava consigo, a árvore sombreava onde iríamos deitar, fazendo com que só finos raios solares nos atingissem. Deitamos, o dia estava claro, sem nuvens, o sol brilhava iluminando tudo, embora estivesse assim, não estava quente, uma brisa era emanada da árvore, desalinhando nossos fios. Mesmo que tudo, para mim, não passasse de um borrão preto e branco, eu encontrava a cor que precisava em seus olhos. Violeta definitivamente era minha cor favorita!

Com o silêncio reconfortante passei a pensar, lembrando, como em uma linha do tempo, cada momento que vivemos; cada lágrima que derramei de emoção ou preocupação; as noites que deixei de dormir por termos discutido, na maioria das vezes por bobagens, mas mesmo assim isso tirava meu sono; quando Reeh quebrou o braço lutando, meu desespero, fiquei dois dias sem dormir ouvindo seus murmúrios de desconforto. Eu sorri ao lembrar de certas coisas, por tudo que passei poderia encher a boca e dizer com absoluta certeza: Sou completo! Não posso dizer que nosso amor era o mesmo porque definitivamente não era, era muito maior, um amor fundamentado e que não seria qualquer coisa capaz de abater. Nossos quase dez anos de casados são prova disso.

Reeh olhava atentamente para mim, captando todas as minhas expressões, analisando-as, com cara de bobo, sorri. Não pude desviar os olhos daquela imensidão roxa que me encarava intensa e fixamente. Seu riso era o motivo do meu, e ele sorriu. Com um jeito todo fofo foi se aproximando de mim, parando quando nossos narizes se encontraram, ele roçou o seu no meu. Fiquei na espera de um beijo, fechei meus olhos, ansiando que seus lábios tocassem os meus, que nossa respiração ficasse sincronizada e que eu pudesse sentir seus batimentos quando ele se aproximasse de forma demasiada de mim, mas estranhei, ele se afastou. Não o senti mais tão próximo, imediatamente abri os olhos, na busca de compreender sua evasão, o modo com que o fiz foi tão explícito que de imediato ele percebeu a confusão em meu olhar, sorriu, fazendo minha estranheza só aumentar. Ele sorriu mais abertamente, estava o olhando com cara de paisagem até que ele subiu em cima de mim, colocando uma de suas pernas entre as minhas. Voltou a se aproximar, roçando novamente nossos narizes, meus olhos voltaram a se fechar e ele selou nossos lábios, um selinho demorado enquanto descia suas mãos até minha cintura, apertando ali, o que até então era um selinho se transformou em um beijo calmo, profundo e cheio de sentimentos. Finalmente pude ter nossas respirações sincronizadas e com nossos corpos  juntos sentir o pulsar de seu coração, Reeh levantou a barra de minha camisa até o peito, enquanto deslizava suas mãos por todo meu corpo, o beijo que outrora era calmo estava cheio de vida, exalando desejos. Movimentei meu quadril no intuito de aumentar o atrito entre nós, queria sentir mais dele, queria mais de Reeh. Minha respiração estava agitada e já soltava baixos gemidos até que...

REEH! - Gritei. - PARA! - Eu me remexia muito, gargalhando, ele me fazia cócegas.

Parar c...com o que? -  Movia rapidamente seus dedos, causando-me mais cócegas ainda. Eu estava começando a ficar sem ar.

Reeh! - Não aguentava mais, sentia o ar se esvair e o abdômen doer. - Por favor!

Finalmente parou, não aguentava mais. Puxei todo o ar que pude, ainda dando risada de como fui iludido por ele.

Notas de um amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora