Um Vira-Vira acaba com uma transa

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Arabella B. Evans




-Anda, Rafa. Você anda um pouco devagar. - Disse a ela.

-Vocês que andam rápido demais. Parecem até que estão com pressa. - Respondeu, a aprendiz.

-Eu queria que a Amber estivesse comigo. - Disse, Frederick.

-Para de dar uma de carente, Frederick. - Falou, Emma.

Rimos e finalmente chegamos ao nosso destino. Uma pequena cidadezinha ao extremo leste de Amhestris. Uma divisa com Roguoc. Lya estava andando logo atrás de nós. Desde que saímos da Academia do Norte, ela agia estranho. Mas, resolvi por não perguntar muito a ela.

-Bom, o comunicado disse que a cidade é essa. - Disse, Lya.

-Então, é só caçar ele? - Perguntou, Frederick.

-Não é tão simples caçar um vira-vira. - Respondi.

-Ainda não entendi bem esse conceito de Vira-Vira. - Confessou, Rafa.

-É simples. Um aluno ou pessoa comum que adquiriu os poderes e teve sua mente alienada pelo lado negro da força. - Expliquei.

-Ah... Agora entendi.

A cidade era realmente pequena em relação a cidade do Norte. O banco nacional ficava no centro da cidade. Um prédio gigantesco, feito de blocos de pedra esculpidas a mão, cinzas e polidas. Chegava a ser maior que o castelo da presidência. Andamos pelas ruas, perguntando pra alguns moradores sobre o caso que acontecia ali. Eram muitas respostas diferentes, por isso, nada muito o que usar.

-Esses moradores não se decidem se é uma coisa ou outra. - Falou, Emma.

-Paciência, Emma. - Disse.

-Será que o Tristan está bem? - Perguntou, Rafa. Sua expressão era nitidamente de preocupação.

-Não se preocupe com isso, Rafa. Tristan é um dos Jonts mais fortes que eu já conheci. Ainda mais agora que ele tem o Neilgee, nem o pai dele consegue derrotá-lo. - Confortou-a, Lya.

-Eu tenho que concordar com a Lya. Mesmo eu tendo meu orgulho, tenho que admitir que o Tristan é mais forte que eu. Ele só é cabeça dura e meio imaturo, ainda. - Disse.

Orgulho. Era uma palavra forte pra mim. Ainda mais, eu, que não tinha nada do que me orgulhar. Tudo o que tinha, era a vontade imensa de agradecer pelo resto da minha vida ao pai de Tristan. Se ele não tivesse me tirado de lá...

-Arie, você tá legal? - A voz de Lya surgiu de surpresa.

-Ahn...? Estou... Só estava pensando.

-É que te chamei umas vezes e você ficou parada. Quer achar uma casa de repouso pra dormirmos? Você parece cansada.

-Bem... Por mim tudo bem. O sol já está indo embora mesmo.

Lya sorriu e segurou minha mão. Ela parecia estar mais alegre do que dá última vez que prestei atenção nela.

-Bom, então, vamos comer? - Perguntou, Rafa.

Não contive a risada. Acenei que sim com a cabeça.
-Sim, Rafa. Vamos comer.

(...)

Depois dali, seguimos até o outro lado da pequena cidade, achando finalmente a casa de repouso. Era como qualquer outra. Cheio de quartos, piso de madeira maciça, teto de madeira, paredes de mármore branco e 2 andares de quartos com uma cozinha no primeiro. Lya e eu ficamos com um quarto. As gêmeas Holmes ficaram com um ao lado do nosso e, Frederick, escolheu ficar num quarto sozinho ao ficar no quarto das gêmeas.

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