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N/A: Olá, pessoal! Então, eu criei coragem e decidi postar uma nova fanfic. Tudo que vc reconhecer pertence a J.K. Rowling e eu só brinco com seu mundo maravilhoso. A capa não me pertence, achei no google. Agradeço de todo coração e dedico esse capitulo a minha amiga Lily que leu pela primeira vez e criou a sinopse! Leiam e comentem! Criticas construtivas são sempre aceitas!

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Há boatos de que o Castelo de Magia e Bruxaria de Hogwarts possui vida própria pois ele está sempre ajudando um aluno perdido a chegar ao seu destino ou até mesmo levando alunos que estão perambulando pelos corredores à um lugar específico, assim, como também é de conhecimento público que as paredes do castelo possuem ouvidos. Não há dúvidas de que Hogwarts é um lugar mágico. Cheio de truques e mistérios diferentes e seria um absurdo pensar que todos ja haviam sido desvendados.

Draco Malfoy nunca gostou de estudar em Hogwarts. Para falar a verdade ele desprezava o colégio, desprezava os professores, desprezava os alunos. Ele detestava tudo. Mas, ainda assim, Hogwarts era mais sua casa do que a Mansão Malfoy. Draco costumava ter uma rotina com a qual estava acostumado no colégio: acordar no dormitório que dividia com seus colegas de casa, fazer as refeições no Salão Principal, aterrorizar primeiranistas nos corredores, aulas com as outras casas, treinos de Quadribol, implicar com o testa-rachada, a sabe-tudo e o Weasel, terminar os trabalhos das aulas e voltar ao seu Salão Comunal. Claro, era uma rotina satisfatória e Draco até que gostava dela.

Mas, claro, isso era antes. Antes da Guerra começar, e chegar ao fim. Antes de o Trio de Ouro vencer e o lado da luz derrotar o Lorde das Trevas. Antes do mundo, costumes e crenças que Draco Malfoy foi obrigado a acreditar a sua vida toda desmoronarem. Não que ele desejasse que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado houvessem vencido, isso sim teria sido o fim de tudo e Draco não era bobo a ponto de achar que com Você-Sabe-Quem no poder o Mundo Bruxo ainda seria um lugar seguro para se viver, sangue-puro ou não. Mas era que a sua rotina tinha se desfeito para sempre e agora ele tinha que lidar com olhares de ódio e desprezo dos outros alunos ao invés de inveja. Quando antes o nome Malfoy trazia temor e orgulho e agora, não sobrara nada além de vergonha. Sabia que em algum momento as pessoas iam apenas ignorar tudo isso e ele enfim iria arcar com a responsabilidade de reerguer seu sobrenome mas, ate la, teria que passar por todas as consequências dos seus atos e de sua família.

Agora Draco possui uma nova rotina que não inclue mais implicar com primeiranistas ou o Trio de Ouro, desde que, este ultimo não havia retornado inteiro para completar seu ultimo ano. Apenas (Surpresa! Surpresa!) Hermione Granger havia retornado. No final das contas, nem tudo realmente mudou. Eles nunca haviam falado um com o outro, a não ser por cordiais "Bom Dia" e "Bom Noite" ao cruzarem pelos corredores ou a entrar nas salas de aula (ao o que Draco ainda estava tentando se acostumar). Mas ela estava la, e era impossível para ele ignorar sua presença. Até porque, muitas vezes ela aparecia até mesmo em seus pesadelos.

E era por causa de um desses pesadelos que agora ele caminhava pelos corredores escuro do castelo, no único horário que não havia estudante correndo para a aula ou pra qualquer outro lugar. Não que Draco tivesse alguma permissão especial para estar fora do seu Salão Comunal depois do toque de recolher mas também não é como se ele realmente se importasse com isso. Precisava esfriar a cabeça, tentar se livrar de tantos gritos e gemidos daquelas vítimas nos seus pesadelos. Era só mais uma noite, das muitas outras, que ele caminhava na penumbra do castelo sem ter em mente qualquer lugar para ir porque dormir não era mais uma opção.

Draco foi tirado de seus pensamentos por um ruído abafado. Pensou que poderia ser Filch e sua gata horrenda se aproximando mas a essa altura ele já teria sido pego. Olhando para os lado, usando a luz da varinha para tentar localizar a origem do barulho, se deu conta de que estava na porta da biblioteca. Por um segundo, cogitou simplesmente ignorar o ruído e seguir seu caminho, afinal de contas, seja lá o que for, não é problema seu e ele não é nenhum Griffinório abelhudo, mas sua curiosidade foi maior e quando deu por si ja havia cruzado a entrada da biblioteca.

Aparentemente Draco não viu nada de interessante ou diferente que poderia ter causado o barulho, poderia ter sido apenas mais algum aluno fora da cama ou até mesmo um casal de namorados arriscando ser pego por um professor que decidiu fazer ronda mais tarde porque não tem coisa melhor pra fazer. Pelo menos foi o que ele achou ate sentir algo molhado e pegajoso na sola de seu sapato. A luz da varinha iluminou o que parecia uma espécie de líquido azulado e logo mais adiante viu um tinteiro caído ao pé de uma das mesas. Mistério resolvido. Agora que sabia qual a causa do barulho Draco poderia voltar em paz para seus pensamentos. Pelo menos, era o que ele achava até seus olhos se erguerem e perceber que alguém dormia sobre uma mesa abarrotada de livros. Porém, ele não demorou para reconhecer quem era, afinal, só Hermione Granger para se sobrecarregar de tantos deveres a ponto de conseguir dormir em posição tão desconfortável em cima de um livro aberto. Draco não pode evitar achar graça ao imaginar que reação ela teria se acordasse agora e percebesse que manchou de tinta um livro que, pela aparência, poderia muito bem ter mais de um século de existência. Isso é algo que ele pagaria para ver.

De novo, Draco pensou em apenas virar as costas e seguir de volta para o Salão Comunal da Slytherin como se nunca estivesse ali mas uma sensação no fundo do seu estômago lhe disse que ele não poderia simplesmente a deixar aqui para que, a qualquer momento, Filch ou algum professor pudesse aparecer e a punir por estar estudando ate tarde. Novamente, o pensamento lhe fez querer rir.

Ele nunca conseguiu tirar os gritos de Hermione Granger da sua cabeça. A cena de sua tia Bella torturando a nascida-trouxa era sempre muito vívida em seus pesadelos. E ele sempre estava lá, parado sem fazer absolutamente nada para a salvar. Isso o consumia por dentro. Como se ele próprio a tivesse torturado. Talvez tenha sido isso que o motivou a dar alguns passos em direção a menina e, com muito cuidado para que ela não acordasse, passasse seus braços pelas pernas e costas dela. De repente a audição de Draco captou um novo barulho mas dessa vez ele não teve problema nenhum em reconhecer do que se tratava. Sentiu uma enorme necessidade de sair dali o mais rápido possível. Madame Norra soltou novamente um outro miado, que mais parecia um grunhido, avisando seu dono da existência de alunos fora da cama. Em meio ao desespero de pensar em um jeito de escapar da gata nojenta e seu dono, uma idéia ocorreu a Draco. Sim, a Sala Precisa ia servir muito bem.

A Sala Precisa - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora