Já era por volta das três e meia da manhã quando recebo uma ligação do trabalho, não era novidade afinal não havia horários para os caras maus atacarem, pego o celular e o atendo, era o Capitão dando ordens para que eu fosse para o Centro da cidade, depois de passar o endereço ele desliga.
Rapidamente me levanto da cadeira que estava sentado, coloco um casaco, pego as chaves do carro e saio até o local que o chefe havia falado.
Ao chegar me deparo com um pequeno motel chamado Ovelha Negra, não era um lugar muito receptivo afinal sua entrada estava desgastada, adentrando não mudava muita coisa o cheiro do lugar era terrível era uma mistura de urina com suor, o balcão da recepção estava prestes a despencar e o papel de parede estava descolando mostrando o mofo por trás do mesmo. Paro e falo com policial que estava fechando o local para saber aonde havia acontecido o crime o rapaz fala que é no terceiro andar então logo me apresso e subo a escadaria, o quarto que havia ocorrido tudo era o trinta e três, entro percebo uma verdadeira chacina, havia sangue pelo quarto inteiro e por vista pelo banheiro também, o cadáver se encontrava em cima da cama, era um homem de meia idade, careca, estatura baixa e acima do peso, o mesmo se encontrava nu com a sua garganta cortada.
- Detetive Matthew. - Escuto uma voz vindo por trás, me viro e me deparo com o Sargento Kiel, ele era um homem alto, de olhos e cabelos negros, extremamente magro, porém de aparecia jovem mesmo tendo por volta de seus quarenta anos.
- Sargento. - O comprimento.
- Gostaria de-lhe apresentar a Detetive Krist Johnson, ela é nova aqui. - Ele aponta para uma jovem mulher que estava no corredor um pouco atrás dele. A detetive estava com os cabelos presos em um coque, eles eram da cor marrom claro, seus olhos eram âmbar, de altura mediana, sua postura era séria. - Ela será sua nova parceira.
- Sargento acha mesmo que é uma boa ideia? - Pergunto meio incerto afinal eu era conhecido como a ovelha negra do departamento, não me dava bem com quase ninguém e todos os meus parceiros não duravam muito pois não suportavam o meu temperamento irritante, isso fazia com que na maioria das vezes o Capitão optasse por me fazer trabalhar sozinho.
- Sim Jack, ordens do capitão, seja bonzinho com a Detetive Johnson. - O Sargento Kiel suspira então se afasta. - Tente trabalhar em equipe pra variar. - Após dizer isso o homem sai do quarto. Coço a cabeça então olho para a minha nova parceira, a mesma me encarava seriamente com um olhar gélido com cara levemente assustadora, então me proximo dela.
- Detetive Johnson é um prazer conhece-la espero que a gente se dê bem. - Falo sorrindo para ela.
- Vamos logo com isso. - Johnson entra no quarto simplesmente me ignorando.
Depois de ser ignorado com sucesso me volto para a cena do crime, vou até a perícia e pego um par de luvas e as ponho em seguida sigo em direção ao corpo, o homem tinha um hematona na cabeça além do corte na garganta além de sangue em suas mãos, tiro algumas fotos então sigo para o banheiro, o cheiro de sangue estava forte naquele cômodo, havia sangue na pia e no chão, pelo visto o homem havia tentado lutar pois o vidro acima da pia estava quebrado, vou até a persiana do banheiro e a abro, havia vestígios de água na banheira talvez o homem estivesse no banho quando fora atacado, percebo também um "K" na parede escrito com sangue, aquilo seria a marca do assassino? Ou apenas algo acidental deixado para trás? Tiro mais algumas fotos quando escuto a voz de Johnson me chamar. Vou até onde ela se encontrava.
- Achou alguma coisa interessante? - À indago.
- A carteira dele. - Ela fala me mostrando o mesmo. - O nome da nossa vítima é Mike Gales, o cara da recepção disse que o Mike entrou junto com uma mulher, mas ele não viu ela sair, provavelmente deve ter saído pela saída de incêndio. Ele vai pra delegacia amanhã fazer o retrato falado dessa mulher.
- Ótimo, o Mike aqui lutou no banheiro pelo jeito, aliás tem uma marca bem peculiar na parede, pode não ser nada, mas pode ser que alguma pista sobre o assassino. - Comento.
- Acha que pode ser um assassino em série? - A detetive ergue o cenho.
- Não sei, acho que é muito cedo para achar isso, mas vamos ficar de olho. - Olho para o corpo de Mike. - Ele tem alguma família?
- Pelo jeito é casado. - Olho de canto para Johnson então suspiro, pelo visto o Mike aqui estava pulando a cerca, uma hora você está se divertindo outra hora você está com o pescoço cortado.
- Depois que sair os resultados da autópsia vamos fazer uma visita a senhora Gales. - A detetive concorda. - Vou falar com o pessoal da perícia dai eu vou embora, nos Vemos amanhã no escritório.
- Certo, vou fazer mais algumas perguntas para o recepcionista e ver se consigo algo nas câmeras de vídeo.
Sigo então para falar com o pessoal que estava cuidando da perícia, após conversar um tempo com eles os rapazes me informam que até as dez a autópsia e os exames estariam prontos, depois disso me despeço e volto para casa para descansar um pouco.
No dia seguinte acordo levando um susto, um grande par de olhos azuis estavam me encarando, era Jessie, uma pequena princesa de cabelos compridos negros e olhos extremamente azuis, a pequena me encarava ao lada da minha cama.
- Papai preciso falar sério com você. - Ela tenta fazer uma cara de seria porém só a tornava mais fofa.
- O que foi abelhinha? - Esfrego os olhos então me sento na cama a olhando.
- Não quero mais dormir com a vovó, ela faz muito barulho quando dorme sem contar que ela fica soltando PUM! Daí eu quase morro. - Jess cruza os braços irritada. - Papai eu já sou uma mocinha, eu ja tenho cinco anos, eu quero dormir sozinha ou com você… - Suspiro então passo a mão na cabeça dela.
- Certo o papai vai ver o que pode fazer. - Sorrio. - Agora vai pra sala tomar o seu café da manhã.
- Eu vou cobrar papai. - Depois de falar isso a pequena sai do meu quarto indo para a Sala.
Depois me espreguiço e bocejo então devagar me levanto pego uma muda de roupa e vou até o banheiro, tomo um banho então saio coloco uma calça jeans Preta então vou até o espelho e o desembaço, minha cara estava horrível meus olhos castanhos estavam fundos devidos às olheiras, passa a mão no meu cabelos negros e dou uma pequena arrumada mas sabia que não ia adiantar muito pois eles eram um caso perdido, visto uma camisa branca simples e meus sapatos então saio do banheiro indo para a sala, Jessie estava sentada no sofá comendo uma tigela de cereal, enquanto minha mãe, Margareth, estava na cozinha fazendo café, mamãe era uma mulher enérgica e gentil, seu sorriso aquecia as pessoas a sua volta, ela tinha cabelos negros liso que estavam presos em um coque totalmente desarrumado, seus olhos eram de mesma cor de seus cabelos e neles era percetível um brilho Alegre emanando dela, apesar da aparência jovem poucos diriam que ela tinha quarenta de cinco anos.
- Jack você está péssimo, deveria pegar uma semana ou duas de folga. - Mamãe diz preocupada, me sento no balcão na cozinha enquanto esperava o café ficar pronto.
- Eu estou bem mãe não se preocupe, não preciso de uma folga. - Rio sem graça.
- Odeio esse seu trabalho, quase nunca te vejo e por Deus você sempre é deseguinado para os piores casos. - Mamãe pega o bule de café e serve dois copos um para mim e outro para ela. - Sei que você ama o que faz, mas toda vez que você sai de manhã eu fico preocupada pensando no pior.
- Mãe eu sei, mas eu sempre me cuido e também é nisso que eu sou bom, não consigo me ver fazendo outra coisa. - Tomo um pouco do café então olho para o relógio, eu ja estava atrasado. - Continuamos essa conversa mais tarde. - Tomo todo o café em um único gole então me levanto. - Jess vamos se não você vai se atrasar. - A olho levantando deixando a tigela em cima do balcão.
- Certo papai, tchau vovó. - A pequena da um abraço em mamãe então pega a sua mocinha e a colaca nas costas. - Estou pronta papai.
- Tchau Jess. - Diz mamãe.
- Vamos lá então.
Pego a chave do carro e junto com Jess sigo até ele, depois de entrar ligo o rádio e deixo tocar em um som baixo, olho pelo retrovisor a minha pequena garotinha cantando a música que tocava, não demora muito até chegarmos na escola dela, desço do carro, abro a porta para ela e seguro a sua mão até a entrada.
- Te vejo mais tarde abelhinha. - Eu a abraço então passo passo a mão em sua cabeça bagunçando os seus cabelos.
- Tchau papai, até depois.- Alegremente Jessie entra escola a dentro.
Volto para o carro, então ligo o rádio mas dessa vez deixo nas notícias da manhã, alguns minutos depois chego a delegacia, as coisas já estavam animadas logo cedo, me sento em minha mesa e começo a dar uma olhada no caso da noite passada, logo chega Johnson.
- O cara da recepção vai chegar daqui meia-hora, o que horas vai ficar pronto o laudo da perecia? - Ela indaga.
- As dez se não ocorrer nenhum problema, conseguiu o endereço da senhora Gales?- a olho.
- Sim, além das gravações das câmeras. - A detetive diz contente.
- Bom trabalho detetive Johnson, bom vamos ver o conseguimos com isso. - Me levanto da mesa e sigo junto com ela até a sala de projeção. - Vamos ver o que temos aqui…
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Assassinato em Little Bird
Mystery / ThrillerUma Série de assasinatos estranhos começam a acontecer na pequena cidade de Little Bird, Detetive Matthew e Johnson correm em busca de respostas para solucionar o caso e prender o culpado. Mas a verdade se mostra mais obscura do que eles imaginavam.