A Ceia Do Senhor

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INTRODUÇÃO

Vamos estudar hoje a Ceia do Senhor e a Páscoa judaica, as doutrinas sobre a quem a Ceia deve ser servida, a condição dos participantes da Ceia, doutrinas contrárias e a doutrina que usamos sobre os elementos da Ceia, e a finalidade da Ceia do Senhor

1) A CEIA DO SENHOR E A PÁSCOA JUDAICA A Ceia do Senhor é o cumprimento da Páscoa judaica, que era profética, temporária e apontava para o sacrifício de Jesus. A Páscoa, instituída na saída do povo de Israel do Egito, para libertação da escravidão do jugo de Faraó, significava providência de salvação pela morte do cordeiro (Ex. cap. 12). A Páscoa foi do Antigo Testamento e a Ceia do Senhor é do Novo Testamento. O cordeiro (animal) da Páscoa ou dos holocaustos do A. T. tinha que ser perfeito e apontava para a pureza e santidade de Jesus. Como o animal era oferecido a Deus em sacrifício, assim Jesus ofereceu-se a Deus em sacrifício único, de valor eterno, para nos salvar. Como o sangue dos animais aspergido livrava da morte, assim o sangue de Jesus nos livra da condenação eterna. Páscoa quer dizer sacrifício do cordeiro que era comido pelo povo no A. T.. Isto ensina que nós precisamos comer o sacrifício do Cordeiro de Deus que é Jesus. Comer aqui significa receber pela fé o sacrifício de Jesus no Calvário, como único meio de apagar os nossos pecados. É receber o ensino, o amor e obedecer a toda a Palavra de Cristo. Comer espiritualmente (João 6:57 e v. 63). A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo após a comemoração da Páscoa judaica, quando reunido com os apóstolos num Cenáculo em Jerusalém. Não é um sacramento, mas a segunda ordenança para a Igreja e é um memorial da morte de Cristo. Em Jesus a Páscoa foi cumprida e abolida, porque Jesus é a nossa Páscoa (1a Cor. 5:7).

2) DOUTRINAS SOBRE A QUEM SERVIR A CEIA Existem pelo menos quatro doutrinas sobre a quem servir a Ceia. Nós seguimos a Bíblia com a seguinte posição: Jesus comeu e cumpriu a Páscoa judaica com os doze apóstolos. A Páscoa era para todos os judeus sem distinção. Antes de instituir a Ceia, Judas, que era perdido, foi desmascarado por Jesus e retirou-se (João 13:21-30). Em seguida Jesus instituiu a Ceia só com os onze (Mat. 26:21-28). Todos ali eram salvos, batizados, e estavam em comunhão uns com os outros e com o Senhor Jesus. Assim, entendemos que as pessoas ainda perdidas ou as já salvas mas não batizadas nas águas, não devem participar da Ceia, pois a Ceia é comunhão dos arrolados (membros) da Igreja, uns com os outros e com o Senhor Jesus. As quatro principais doutrinas mais conhecidas sobre a Ceia são: Primeira doutrina: é a da ala restrita, só servem a Ceia a pessoas da mesma denominação. Segunda doutrina: é a da ala ultra-restrita, só servem a Ceia a membros da Igreja local. Terceira doutrina: é livre para todos, há Igrejas que servem a Ceia para qualquer pessoa, seja ela salva ou não. Isto aborrece a Deus. Quarta doutrina: a Ceia é servida a todos os salvos e batizados, membros de qualquer Igreja evangélica, em comunhão com suas Igrejas e com Deus. As 3 primeiras doutrinas que citamos estão em desacordo com a Bíblia. Nós usamos a quarta doutrina e entendemos que esta é a doutrina correta dentro da Palavra de Deus.

3) A CONDIÇÃO PARA PARTICIPAR DA CEIA Leiamos 1a Cor. 11:23-33. Quem participa da Ceia indignamente atrai juízo para si, isto porque está crucificando a Cristo pela segunda vez com os seus pecados ainda não perdoados. Em Heb. 6:4-6; 9:25-28 diz que Cristo morreu pelos nossos pecados uma única vez. Quando há arrependimento e perdão, os pecados são transferidos para o sacrifício de Jesus no Calvário. Porém se não houver arrependimento e conserto, é como se Cristo estivesse sendo crucificado de novo por esses pecados. Isso é impossível. Nesse caso a maldição destes pecados permanece sobre o crente (1a Cor. 11:27 e vs. 29 a 30). O texto trata da indignidade das ações dos salvos e batizados. A indignidade está ligada a qualquer tipo de pecado que impeça o crente de discernir o Corpo do Senhor e Sua obra redentora, assim como de apreciar o significado dos elementos e de se aproximar de Deus em atitude solene, meditativa e reverente. A responsabilidade deste ato é de cada um individualmente. Portanto o crente deve examinar a si mesmo, se necessário arrepender-se e consertar-se, pedir perdão a Deus e aos outros, e participar dignamente da Ceia do Senhor. Deve participar da Ceia todo salvo e batizado, membro de qualquer Igreja evangélica, em comunhão com sua Igreja e com Deus. O texto é claro. Deus quer que o crente se examine, se conserte e participe (1a Cor. 11:28).

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