OLHA AQUELE BALÃO MULTICOR
Marina e Flávia se encontraram no meio da semana para alugarem seus vestidos para a festa junina da igreja. A tarefa não seria tão fácil, já que 90% dos vestidos eram como batas, de tão curtos! Estavam em uma locadora de fantasias conversando sobre várias coisas, entre elas, namorados. Flávia contou tudo para a amiga, desde a noite que encontraram com Rafael e Alice, até a ida de Gustavo à sua casa e a reconciliação.
– Rafael é sempre um fofo com você, percebeu? – Marina provocava.
– Até você, Marina? Já chega o Fabrício com essas ideias.
– Fabrício também acha que ele tá a fim? – Marina se interessou.
Flávia jogou um vestido no rosto da amiga.
– Para! – pediu rindo. – Meu namorado se chama Gustavo e estamos bem! Tá certo que minha família não está tão empolgada, mas ele gosta de mim! – falou sem muita convicção.
– E o Gustavo beija bem? – Marina soltou, sem mais nem menos. – Porque o meu moreno beija divinamente... – suspirou.
– Ele beija bem sim! Não que eu tenha tanta experiência assim para comparar – confessou. – E Marina, por que você não deixa de ser besta e vai logo pra Bahia matar a saudade? Eu, se fosse você, já teria ido há muito tempo! – Flávia deu a ideia e Marina já parecia estar com aquele olhar de quem considerava seriamente sobre o assunto.
– Já até cheguei a pensar nisso, mas sei lá... Não sei se tenho coragem de baixar lá sozinha – e então olhou com carinha de piedade para a amiga. – Mas se você fosse comigo, seria perfeito! A gente nunca viajou pra fora de Minas, só nós duas. Pense em quanto poderíamos nos divertir!
– E ficar segurando vela é lá divertido? – Flávia perguntou, mas já pensava em colocar os pés na areia e sentir a brisa do mar. Fazia alguns anos que ela não ia à praia. – Mas até que não seria uma má ideia pegar uma corzinha! Minha tia ficou em uma pousada baratinha lá em Salvador, e de frente para o mar!
– Vamos? – Marina sorria, já se empolgando. – Ai, amiga linda! Sabia que você é uma das minhas pessoas preferidas no mundo? – disse abraçando Flávia.
– Calma aí! Temos que ver passagens, reservar lugar em alguma pousada... e tenho que planejar meus gastos. Adeus às livrarias até ano que vem! – Flávia refletiu.
Assim ficou acertado de que iriam a Salvador na próxima semana.
***
Todos os anos aconteciam as habituais festas juninas de Minas Gerais. Na igreja, era um evento onde as pessoas se encontravam para conversar, dançar e, claro, comer canjica e os vários caldos salgados. Como em junho o frio era mais forte, não havia pedida melhor!
Desta vez, programaram uma grande festa, reunindo várias unidades da igreja de Belo Horizonte e Contagem. Cada uma ficou responsável por alguma coisa: da decoração até os variados pratos e doces tipicamente mineiros.
Quando a família de Flávia chegou, a quadra de esportes já tinha bastante gente. Ela vestiu-se à caráter e, para seu alívio, percebeu que quase todos ali também estavam como ela.
Seu vestido era na altura dos joelhos, mas teve que colocar uma calça justa por baixo, por causa do frio que ia passar. Os cabelos estavam divididos em duas tranças e suas bochechas já coravam pelo vento que batia em seu rosto.
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Quando o Amor Acontece: A Procura
RomanceFlávia acha um celular perdido e decide devolvê-lo, mas não imaginava que o dono do telefone fosse despertar tanto o seu interesse. Rafael era encantador e, pelo que ela percebeu, também se interessou por ela. Para completar, o melhor amigo dele se...