Era para eu ser uma princesa, repetindo 'era'. Eu não sou muito boa para governar, mas minha mãe era. Ela morreu e meu pai ao invés de honra-la, ele se casou, de novo com uma mulher tão doce que dá até vontade de vomitar. Eu o matei e tentei a matar porem não deu muito certo, e agora ela estava atrás de mim.
E lá estava eu, correndo da boa madrasta, a que tirou minha atenção, toda para ela.
- Você não vai conseguir me pegar! - gritei.
Á uns passos atrás de mim, a ouvi responder:
- Quer apostar? Você não devia ter me dado aquela maçã!
Entrei em uma floresta e tive que segurar a saia do meu vestido amarelo para não tropeçar, porém desastrada do jeito que sou, meu plano não deu muito certo. Cai.
Até tentei levantar, mas senti algo adentrando as minhas costas. Meu corpo queimava e minha mão tremia; a rainha havia cravado uma faca em mim.
Ela ficou acariciando meu rosto, enquanto dizia:
- Agora tudo faz sentido. Branca de Neve; branquinha como a neve de tão pálida, cabelos tão negros como a morte e lábios vermelhos de tanto sangue que se arrasta. - se levantou e me chutou. - Eu o amava.
- Ele não merecia minha mãe. - sussurrei com a voz que me restava.
- E você não merece sua vida!
Tentei respirar, mas infelizmente não havia ar em meus pulmões.
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Cabelos Negros Como a Morte (Conto Original)
Short StoryNesse conto, Branca de neve é a vilã e a Rainha má não é tão má assim, no que isso vai dar?
