"Eu amo você. Quero fazer tudo com você. Quero me casar com você, ter filhos e envelhecer ao seu lado. E então quero morrer um dia antes de você, para que nunca tenha de viver sem você." (Julieta Imortal - Stacey Jay)
Procuramos a nossa verdade no lugar errado. Procuramos nossa verdade no olhar de outra pessoa que nem ao menos nos conhece e finge estar conosco. Diria que é bom saber de outras pessoas o que nos define. Exemplo: ela não te conhece direito e não descreve aquilo que você realmente sente, e acaba contradizendo o que há na sua cabeça e que você sente no teu coração. Isso, no momento é maravilhosa, pois sinto não querer saber a verdade que há dentro de mim. Fazer da minha mente meu próprio lazer é difícil porque sinto que não sou boa pra mim mesma e nem ao menos suficiente pra alguém.
Acordar com sentimento de vazio era triste, mas nada que uma boa chuveirada não resolva. Faz uma semana que meus pais não me acordavam para ir a escola e isso só comprovava que estou criando minhas próprias responsabilidades. A mais difícil delas era acordar às 06:30 da manhã. Após o longo banho com água quente, me visto rapidamente e arrumo meu cabelo recém-cortado com minhas unhas curtas. Corro as escadas percebendo estar todos ali tomando café. Era silencioso, ouvia-se apenas o som dos talheres batendo nos pratos cheio de ovos mexidos e bacon frito.
- Cortou o cabelo, Laur? - questiona Clara, minha mãe, com sua voz forte e autoritária. Eu concordo, balançando minha cabeça e dando uma golada em meu suco de laranja. - Está lindo. - sorrio de lado.
- Obrigada. - nenhuma palavra mais foi dita. Como costume, peguei minha mochila colocando nas costas e corri para meu carro, mas antes pude ver um caminhão de mudança ao lado da minha casa. Eram carregadas caixas para dentro da mesma. Haviam duas garotas, uma que parecia ter minha idade e outra menor, que estava nas costas da maior. Eu sorri e entrei em meu carro jogando a bolsa no banco do passageiro.
A vinda até a escola foi totalmente tranqüila. Eu rasgava meus pulmões cantando uma longa estação de The xx. Corri para a sala de aula que por sinal era português, uma das favoritas. Pedi licença ao professor e sentei na cadeira de sempre, na frente. Os últimos lugares eram ocupados pelos mais bagunceiros, o que eu não fazia a mínima questão de ser.
- Como todos sabemos, estamos no primeiro bimestre e queria fazer algo diferente para o terceiro ano. Bem, andei fazendo algumas pesquisas... - o professor explicava, eu ouvia, mas minha atenção estava na minha folha que rabiscava um desenho. - queria algo que vocês tivessem gosto de escrever. Aquela vontade de pegar o lápis e conectar sua mente com um pedaço de papal. Então, nessa idade, o amor tem um certo privilégio... Vivenciei essa idade da melhor forma possível. - Alguns alunos riram e eu revirei os olhos cansada. - continuando... O amor vence de tudo e qualquer assunto. Vocês estão numa idade de senti-lo intensamente. - ri de sua fala e ouvia vaias dos garotos para as palavras do professor.
- O amor é bobeira.
- Você nunca o sentiu. - retrucou o Sr. bieber fazendo alguns alunos rirem. - voltando... Vocês vão se permitir sentir essa onda de sentimento. Por isso vai valer metade da sua nota.
- Isso é injusto. - irrito-me elevando o tom de voz. Adoraria escrever, mas algo da minha própria escolha!
- O que é injusto, Sra. Jauregui? - ele se apóia em minha mesa fazendo seus óculos caírem um pouco sobre seu nariz. Sr. Bieber era um homem atlético e extremamente atraente, mas nada demais.
- Se é uma produção de texto, deveríamos escolher sobre o que escrever. - respondo impondo-me com o mesmo tom sarcástico.
- Concordo, porém a última vez que isso seus colegas de classe escreveram sobre velozes e furiosos. Eu quero ver todos vocês descrevendo o que é o amor para vocês. E quero uma história verídica, vivida por vocês. Nada de internet. Quero algo que usufrua de suas mentes sem que seja redes sociais. Vivam a aventura de desfrutar de um sentimento tão puro. - reviro os olhos cansada novamente - Só nada de detalhes sobre sexo. Eu falo de sentimento... Deixem que o coração de vocês sejam seus novos olhos e sejam guiados pelo mesmo. - ergo meus ombros e nego com a cabeça. Ótimo! Isso não vai sair nada bem. - mudando de assunto.. Vamos para a atividade. Peguem o caderno de vocês e copiem o que estiver no quadro.
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The Sound
Fanfiction"- Eu sei que não me conhece... - desço meu corpo até a altura do seu, seus olhos me olhavam em terror completamente descomunal. Medo. Insegurança, mas pedia, ao mesmo tempo, que a salvasse. Eu podia sentir meu coração bater mais rápido e sabia que...