Ser bonzinho dá bons resultados

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Tristan J. Gates

-Olha, se te consola, eu peguei 3000 anos de sentença. Comparado a você, não é nada. - Disse, o Anjo.

-Ah, qual é? 3000 anos pra um anjo não é nada. Mas, 365 dias pra mim é muito. Muita coisa pode acontecer lá em baixo... - Respondi.

-É. Sou obrigado a concordar com você. Mas, olhe pelo lado bom, pelo menos você sabe da verdade. - Falou, Jeliel.

-O maior problema é: A verdade pode mudar com meu tempo nessa prisão. - Afirmei.

Então, fiquei de pé. A corrente de meus tornozelos fizeram o velho e conhecido barulho metálico. Minha cela não era bem uma cela. Eu me encontrava nas mãos de uma estátua gigantesca que ficava no centro da cidade dos Anjos. Jeliel estava ali somente de passagem. As grades não eram feitas de ferro. Eram feitas de pura magia celestial. Ou seja, nada de tentar sair, embora, eu tenha tentado.

-Neilgee, está aí? - Perguntei.

-O que quer, garoto? - Respondeu o dragão. Sua voz estava em um tom mais melódico.

-O que realmente aconteceu depois que entramos aqui? - Perguntei novamente.

-Bom, você perdeu o controle sobre sí e ativou a Draconia Armio. Como seu corpo ainda não se adaptou completamente a mim, você enlouqueceu de vez e matou 3 anjos que não tinham nada haver com nada. Foi isso que aconteceu. - Respondeu.

-E você não podia fazer nada pra me parar? - Perguntei, já em um tom mais alto.

-O corpo é teu. Não controlo teus impulsos nervosos. Apenas tenho sua mão como minha hospedeira. Além do mais, eu consigo liberar mais a mim mesmo quando meu portador usa a Draconia Armio. - Confessou, Neilgee.

Levantei a cabeça e me sentei no chão, observando o céu púrpura que se permanecia na dimensão dos anjos. Chegava a ser estranho. O céu no céu era púrpura. Não azul.

-Então... Como anda seu dragãozinho? - Perguntou, uma voz engraçada.

Virei o rosto, de forma rápida. Um anjo que não conhecia estava ali. Ele tinha um bigode grande. Seu cabelo em vez de ser cinza ou amarelado, era marrom. Mas, um marrom intenso. Chegando a se misturar com avelã.

-Bom, até agora, bem. Quem é você? - Falei, enquanto o analisava.

-Eu sou Rafael. Um dos Arcanjos. Prazer em conhecê-lo, Tristan. - Respondeu o Arcanjo, sorrindo.

-O prazer é meu, senhor. Mas, o que o trás até mim?

-Me disseram que você era um ser repugnante quando cheguei aqui. Vim ver com meus próprios olhos se isso era verdade. Acho que Castiel lhe deu uma sentença muito grande, pra um simples homem. - Confessou, Rafael.

-Eu? Um ser repugnante? Está de zoeira com minha cara? - Perguntei rindo da cara dele.

-Não. Você matou 3 anjos do meu setor. Então, deve ser bem forte. Ou, seu dragão lhe deu um grande poder. - Retrucou.

-Olhe, ele não me deu nada. A única coisa que posso fazer com esse dragão, são coisas relacionadas á magma e temperatura. Mais nada.

-O que chegou pra mim, foi diferente. Estava escrito que: "O homem trajava a autêntica Draconia Armio de Neilgee, como se fosse um passeio no pasto [...]".

-Essa parte é verdade. Mas, eu estava fora de mim, senhor. - Confessei.

-E eu posso saber o por quê? - Perguntou, Rafael.

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