Caminhos Cruzados.

Capítulo 13.

Então eu olhei pra cara dela com a expressão de desprezo e falei:
- Eu tenho nojo de você garota!
- Ae né? Sabe eu gostei de ter te usado como isca benzinho.. - Disse Carol passando seu dedo bem devagar em meu lábios.
- Eai, quando é que você vai me soltar? - Eu disse a encarando.
- Calma amorzinho, eu recebo ordens, eu não posso te soltar até o chefe autorizar. - Disse ela.
- E quem é seu chefe? -Falei num tom arrogante.
Então ela riu e disse:
- Você acha mesmo que eu vou te falar?
- A claro né sua biscate. - Falei num tom irônico.
Então os olhos dela se escureceu e dava pra ver a fúria em seus olhos, então ela pegou no meu pescoço com suas unhas grandes e pontudas falando:
- Quem é biscate aqui?
Eu então enchi os pulmões e disse:
- Tem outra aqui além de você?
Então ela apertou mais sua mão no meu pescoço e eu ia ficando sem ar.
- Retire oque você disse! - Disse ela brava.
- Não retiro palavras verdadeiras. - Eu falei desafiando ela.
Então ela soltou o meu pescoço e disse:
- Você dá sorte que eu recebo ordens para te manter vivo!
Então eu lancei um olhar desafiador nela e disse:
- Não tenho medo de putas!
Ela então ela se levantou e deu um chute em meu maxilar e minha boca começou a sangrar.
- Mas deveria ter! Não posso te matar, mais ainda bem que eu posso te deixar inconsciente, o garoto irritante!
- Oque você e seu chefe querem de mim? - Eu disse.
Ela olhou pra minha cara e então falou:
- Que se afaste daquela garota Luana, não a suportamos junto de você.
Eu então ergui uma das sobrancelhas e disse:
- Oque vocês sentem por mim?
Entao ela ficou calada e não respondeu minha pergunta.
- Você está de brincadeira comigo né? Me manter trancado só pra me afastar de Luana? - Eu disse tirando sarro.
Então ela olhou com uma cara de sarcasmo pra mim e disse:
- Não só por isso baby, estamos querendo evitar decepções pra você, nos monitorados ela 24 hrs por dia, e hoje as 10:05 da manhã ela foi se encontrar com um tal de... Hmm... Como é mesmo o nome dele?... Hm.. Rafael, isso mesmo, Rafael, e é uma bela concorrência em, fica esperto.
Fiquei calado, estava decepcionado com oque ela disse, e então ela falou:
- A verdade dói né gatinho?! - Ela riu.
- Dói mesmo, você se doeu tanto quando eu te chamei de puta! -Retruquei.
Então ela pegou a seringa com a agulha e enfiou no meu braço, e antes dela me seda ela disse:
- até daqui a 8 hrs.
Então depois disso eu não vi mais nada...

***

Luana:
Estávamos a caminho do tal laboratório, e estávamos a mais de 4 horas dentro do carro, até que entramos em uma rua cheia de mato, e então eu lembrei do meu sonho e disse:
- Acelera esse carro Rafael!
Então ele olhou pra mim meio confuso e acelerou, o carro estava muito rápido, até que passamos pela aquela estrada tenebrosa e chegamos perto de um tronco de árvore e então eu falei:
- Vamos descer do carro, e vamos andando, não está muito longe daqui o laboratório.
Descemos do carro, pegamos nossas mochilas e fomos andando, o lugar estava cheio de entulho de cientistas, tipo, jalecos, tubos de experimentos, seringas e até potes com amostras de rins, eu quase vomitei vendo aquilo, até que chegamos perto de uma cerca de arame farpado, e então Rafael disse:
- Vamos passar com cuidado, o laboratório está bem ali. - então ele apontou pra um cômodo bem grande.
Então Bianca ia passando pelo espaço curtíssimo do arame, então eu a puxei e disse:
- Você quer se prender ai? Eu tenho um alicate que podemos cortar a cerca pra que a gente possa passar.
-Boa Luana! - Disse Rafael.
Então eu peguei o alicate na minha bolsa e dei pra Rafael cortar o arame farpado. Assim que Rafael terminou de cortar o arame nos passamos, então guardei o alicate em minha bolsa e fomos em direção a aquele cômodo, chegando perto, eu olhei em volta e vi que não tinha nenhuma porta para entrada, entao arrudiei o cômodo e achei uma porta, tentei abri-la mais minha tentativa foi frustada quando vi que ela estava trancada, chamei Rafael e Bianca, para tentar abrir a porta, tentativa mal sucedida, não conseguimos. Olhei pra cima e vi uma janela, que daria perfeitamente pra nós passarmos, então eu disse:
- Rafael, me ergui até aquela janela ali, pra mim passar e jogar a corda pra vocês também subirem.
Então Bianca disse:
- Menina você trouxe um bombeiro inteiro nessa bolsa? - Ela riu.
Então eu falei:
- Ninguém nunca sabe oque vai acontecer né.
Subi encima dos ombros de Felipe e pulei pra dentro da janela, quando eu cheguei lá dentro estava tudo escuro, então eu comecei a me apavorar, meu medo de escuro era imenso, e então eu falei:
- Força Luana, é pelo Felipe!
Abri minha bolsa peguei a lanterna e luminei o local, então eu vi que perto da janela tinha tipo um ganchinho que daria pra mim amarrar a corda ali pra sustentar Rafael e Bianca, rapidamente eu peguei a corda em minha bolsa, amarrei uma das pontas no ganchinho e joguei a outra pro lado de fora. Rafael e Bianca entrarão, fomos andando até que ouvimos passos e barulho de chaves vindo do corredor, entramos em uma porta que tinha próximo dali e então quando a pessoa ia se aproximando Rafael deu um golpe ligeiro nessa pessoa e o prendeu na parede com sua mão no pescoço dessa pessoa, então eu peguei a lanterna e clareei a cara desa pessoa, e vi que era o mesmo cara que Felipe tinha brigado no hotel, e então tudo fez sentido, ele estava se vingando, e então Rafael disse:
- Aonde está Felipe?
- Mo-moço E-eu não sei aonde ele esta! - Disse o homem gaguejando.
Então Rafael apertou ainda mais seu pescoço e disse já sem paciência:
- AONDE ELE ESTÁ??
- Na última sala virando a esquerda. - Disse o cara se rendendo.
- Me passa as chaves! -disse Rafael estendendo sua mão aberta.
Então o homem entregou as chaves nas mãos de Rafael, então Rafael olhou para as mãos e disse:
- Quais chaves dessas aqui abrem a porta da onde Felipe está?
- A chave amarela senhor.
Então Rafael jogou as chaves na minha mão, e disse:
- Vai pegar ele, que Bianca e eu cuidamos desse aqui.
Eu então fui correndo, virei a esquerda e entrei em um corredor escuro, vi uma porta logo a minha frente, então só podia ser aquela, quando me aproximei da porta senti alguém puxando meu cabelo pra trás e então eu ouço:
- Aonde você pensa que vai mocinha?
Era a voz de Carol, então eu dei um tapa na sua cara, ela soltou o meu cabelo e então eu disse:
- Eu vou tirar Felipe desse inferno.
Ela riu e foi tirando alguma coisa do bolso de trás de sua calça, então eu peguei minha mochila e tirei o estilete, ela puxou uma seringa do seu bolso e então falou:
- Até mais baby.
Ela veio pra cima de mim, então eu desviei indo pro lado, e ela deu de cara com a parede, então eu disse:
- Vamos ver quem vai dizer até mais sua cadela!
Tirei a gilete do estilete pra fora e a desafiei, ela então deu um chute no meu pulso, e o estilete foi parar longe, então eu fui lá e dei um golpe em sua mão e a seringa caiu no chão. Então eu olhei pra seringa e pensei que se eu fosse mais rápida que ela, eu poderia pegar a seringa, e ela disse:
- Tire seu cavalinho da chuva se você pensa que vai pegar a seringa!
Parecia que ela leu minha mente, então eu sai correndo em direção a seringa e ela também quando eu ia pegá-la, ela pega primeiro e me derruba no chão.
- Até mais. - Ela disse.
Então eu fechei os olhos e esperei aquela agulha me atingir, quando eu ouvi um barulho de alguma coisa caindo, então eu abri os olhos e vi que Carol estava desmaiada no chão com a cabeça sangrando, e aí eu ouvi:
- Quem é essa cadela pra mecher com minha amiga? Coitada!
Olhei pra cima e vi Bianca com um pedaço de madeira na mão, ela me ajudou a levantar e falou:
- Você está bem?
- Tô sim. - eu disse soltando um longo suspiro.
Quando de repente vem Felipe correndo pelos corredores dizendo:
- Aquele idiota eu já dei um jei... Caralho quem fez isso? - então ele olhou para Carol no chão.
- Creditos para Bianca, eu sou uma fracota. - eu disse rindo.
Então bianca apoiou o pedaço de madeira no chão e colocou uma das mãos no quadril e disse:
- Foi moleza.
- Convencida. - Disse Rafael rindo.
- Vamos parar de conversa por que Felipe está lá dentro, e não sabemos oque esta acontecendo lá. - Eu disse.
Então peguei o moinho de chave procurei a chave amarela e quando achei eu a enfiei a chave na fechadura e girei pra abri-la, rodei a maçaneta e abri a porta, quando olhei pra dentro do cômodo e...