O restante da semana passou e o sábado chegou. A semana foi o mais normal possível, o idiota do meu colega de classe (sim, o Daniel!) não falou comigo o resto da semana, como se eu me importasse, Claro que se importa! Meu subconsciênte grita. Cala a boca! Penso de volta. Se vocês estão se perguntando, sim, eu tenho mania de fazer isso, meu subconsciênte tem vida própria, fazer o quê? Continuando... Ele não falou comigo, não me olhou, praticamente me tornei invisível ante seus olhos. Que se dane! Não me importo com nada disso. Quando entrei em casa depois que o "Sr.Não Estou Te Vendo" foi embora, minha mãe estava na sala me esperando. É claro que Andrew tinha ligado e a deixado sob previo aviso. Ela me fez contar tudo, até a parte do Daniel, e porquê ele e não meus irmãos me trouxe pra casa. Expliquei tudo e fui para o quarto do Andrew. Porquê? Queria saber de tudo quando ele chegasse. Acabei pegando no sono e acordei com ele me balançando. Depois de correr para a cozinha e pegar uma fatia de bolo e dois garfos, voltei para o quarto dele e fiz ele me contar tudo que aconteceu depois que eu saí, ou melhor, me forçaram à isso. Acabou que eles não encontraram nada suspeito o bastante para agirem. Combinamos de ir no domingo (amanhã), e acabei dormindo no quarto dele, como nos velhos tempos. Hoje combinei de fazer compras com a minha mãe, um dia totalmente só mãe e filha. Hayley não quis vir, ela vai passar o dia treinando na base da OPS. É assim que normalmente chamamos para não ficar muito na cara, Operações Especiais, todo mundo acha que trabalhamos para o gorverno (e trabalhamos), o que eles não sabem, é o que fazemos de verdade. Acham simplismente que trabalhamos com assuntos sem explicação, algumas pessoas acham que somos Os Homens De Preto. Nunca gostei desse termo, é muito maxista. Mas seria um tipo de explicação (realmente nos vestimos de preto!), quando a polícia é envolvida, mostramos nosso distintivos (Sim, temos!) e se for preciso, colocamos eles para falarem com nosso superior (o Thomas) e assunto resolvido. Eles não podem fazer nada à não ser voltarem para os seus lugares e deixar tudo com a gente, já que estamos muito acima deles. Com o FBI é mais complicado pois eles sempre acham que estão acima de todos (e não estão), mas é só um telefonema e tudo resolvido.
Enfim, continuando novamente... Me troco rápidamente. Coloco um vestido violeta (não foi pensando nele!) tomara-que-caia, de cetim e acima do joelho, sapatos preto de salto, colar, pulseira, brincos e aneis. Deixo meu cabelo solto como sempre, pego minha bolsa (tambêm preta), e vou ao encontro da minha mãe que está linda como sempre, tambêm de vestido, só que azul marinho, e com os cabelos soltos como o meu. Vamos até a garagem, entramos no meu carro, e vamos as compras.
Depois de passarmos por vários lojas e comprarmos algumas coisas que nos agradou, parei em frente à um PetShop, não sei porque motivo, mas algo me puxa até lá.
"-O que foi querida?" Minha mãe pergunta.
"- Vamos entrar aqui?" Pergunto. Olhando para uns cãeszinhos muito fofos na vitrine.
"- Audrey, no que você está pensando?" Ela pergunta sorrindo.
"- Não sei, mãe, ainda." Digo entrando na loja. Assim que entramos, o cara do balcão fica atento.
"- Olá, meu nome é John, no que posso ajudá-las?" Pergunta ele todo sorridente.
"- Eu quero um cãozinho." Falo automaticamente. Fico suspresa após as palavras sairem da minha boca. Eu não quero um cachorro! Minha mãe me olha com uma cara de quem não está entendendo nada.
"- Claro senhorita, tem alguma raça específica em mente?" John pergunta.
"- Não, vou saber quando encontrar." Digo, novamente ficando chocada. Estou sendo possuída! Penso. Claro que não, idiota! Isso não acontece. Meu subconsciente grita.
"- Tudo bem senhorita...?" O cara pergunta.
"- Herondale. Audrey Herondale." Respondo.
"- Claro Srta.Herondale. Venha. Vou mostrar alguns e a gente vê se é do seu interesse." Diz. Ele me mostra vários cães, mas nenhum me agrada, ou melhor, agrada seja quem for que esteja na minha cabeça.
"- Temos alguns lá atrás, moça. Gostaria de vê-los?" John pergunta. Falo "claro" ao mesmo tempo em que alguém sai lá de "trás" falando:
"- Ei John, já terminei com todas as rações lá atrás!" Pelo amor de Deus! Lá atrás não tem nome? Penso e logo em seguida paraliso. Eu conheço essa voz. Olho para o dono e é claro que conheço.
"- Audrey?" Diz Daniel suspreso.
"- Vocês se conhecem?" Minha mãe e John perguntam juntos.
"- Sim. Estudamos juntos." Eu e ele respondemos tambem juntos.
"- Ah, que maravilha! Daniel, você pode mostrar os cães que estão lá atrás para a Srta.Herondale?" Pergunta John. É, ele quer se livrar de mim.
"- Am... Claro." Daniel responde exitante. Reviro os olhos para a "GRANDE" recepção dele. "- Vamos?" Ele pergunta mostrando o caminho.
"- Am... Claro." Falo imitando ele, o que faz ele dar um sorriso. "- Mãe, você vem?" Pergunto.
"- Não, vou esperar aqui com o senhor John mesmo. Mas antes me apresenta seu amigo, querida." Minha mãe repreende.
"- Ah, claro. Daniel, minha mãe, Elisabeth, mãe, meu colega de classe, Daniel Cipriano." Falo, já sabendo que ela ia perguntar o sobrenome dele.
"- Muito prazer." Diz ele pegando na mão dela.
"- Igualmente!" Responde ela sorridente.
"- Espera, você é Elisabeth, como a Dra.Elisabeth Herondale?" John pergunta. O que faz eles entrarem em uma longa conversa. Eu e Daniel vamos lá "atrás". Chegando lá, vejo vários animais dentro de várias gaiolas. Vou olhando todas pra ver se aparece um que esteja "ao meu gosto".
"- Então o que você faz aqui?" Pergunto.
"- Eu meio que trabalho aqui." Daniel responde.
"- Meio?"
"- É. Eu ajudo John sempre que dá, isso inclui todos os sábados e alguns dias quando saio da escola."
"- Porquê aqui? Não que eu esteja menosprezando, de jeito nenhum."
"- Eu só gosto. Gosto de fazer tudo isso e ajudar os animais. Assim como gosto do John, ele é uma boa pessoa."
"- Entendo."
"- Será que entende mesmo?"
"- Não fale o que não sabe."
"- Tudo bem..."
"- Você não me conhece, Cipriano."
"- Nem você a mim, Herondale."
Ficamos calados depois disso. Vou olhando todos os cãeszinhos até que sinto algo me puxando em uma certa direção. Vou andando até ela e paro em frente à uma gaiola. Quando olho tem um filhote de Golden Retriever muito lindo que está me olhando com olhinhos brilhantes.
"- É ele." Eu falo aproximando minha mão da gaiola.
"- Não faça isso, Audrey. Ele não..." Daniel começa a dizer, mas eu já coloquei a mãe, o cãozinho começa a lamber minha mão. "- Gosta..." Daniel termina me olhando espantado.
"- Não está parecendo que ele não gosta." Falo abrindo a gaiola. Daniel fica paralisado. Quando termino de abrir levanto a mão lentamente e começo a acariciar o cãozinho.
"- Olha, que bom menino você é!" Falo rindo quando ele começa a lamber minha mão novamente. "- É menino, não é?" Pergunto a Daniel. Pelo menos eu achei, já que ele disse "ele".
"- Sim, é um menino. Ou melhor, é macho." Diz ele se corrigindo e me olhando de um jeito esquisito. Lentamente pego ele (o cãozinho) para não se assustar e o coloco entre meus braços.
"- Ele tem nome?" Pergunto.
"- É Gabe. Quer dizer, Gabriel." Daniel responde.
"- Gosto de Gabe." Falo fazendo carinho embaixo do queixo de Gabe. Ele começa a latir animado.
"- Como você consegue?" Daniel pergunta.
"- Consigo o quê?" Pergunto de volta.
"- Isso!" Diz ele indicando Gabe e eu. "- Ele nunca deixou ninguém chegar perto da gaiola sem latir, nunca deixou ninguém fazer carinho e principalmente, nunca deixou ninguém pegar ele a não ser eu!" Ele fala ultrajado.
"- Se achando mais especial que todos, Daniel?" Pergunto arqueando uma sobrancelha.
"- Não, claro que não. Estou falando sério. Nem mesmo o John consegue chegar perto dele." Ele diz.
"- Porquê?" Pergunto.
"- Antes do John resgata-lo, ele era maltratado pelo antigo dono. Foi tão maltratado que ficou traumatizado, não suporta que cheguem perto dele por achar que vão fazer o mesmo."
"- Menos você."
"- E você." Ele diz sorrindo. Que cara bipolar!
"- Tadinho de você, Gabe. Mal nasceu e já foi maltratado." Falo fazendo carinho nele.
"- Então você vai levá-lo?"
"- Claro que sim, como não fazer isso, não é mesmo Gabe?"
"- Mas você tem que entender que ele tem que ser deixado livre, e não deixe chegarem muito perto dele por enquanto, ele pode ter gostado de você mais os outros vai saber."
"- Entendo. Mas porquê ele estava preso, se tem que ser deixado livre?"
"- Porquê não posso deixá-lo solto a todo momento, mas sempre que tenho um tempinho, eu solto e fico brincando com ele."
"- Entendido. Então o que tenho que fazer para levá-lo?"
"- Vem comigo." Diz ele. E eu vou. Acabou que quem acertou tudo foi minha mãe enquanto eu e Daniel brincavamos com Gabe. John ficou surpreso ao ver que o Gabe gostou de mim. Daniel me explicou tudo que eu precisava saber. Depois de tudo certo, eu e minha mãe escolhemos tudo que Gabe iria precisar, desde ração a brinquedos. Quando terminamos, decidimos que seria melhor Daniel levar Gabe junto com tudo na Van do PetShop depois de deixar tudo pronto. Porquê assim teriamos tempo de arrumar o lugar dele lá em casa, e ele se acostumar e ficar calmo com o Daniel levando ele.
"- Bem, agora é melhor a gente ir." Minha mãe fala.
"- Sim." Concordo. Faço um último carinho no Gabe e o entrego a Daniel. "- Até mais tarde, Gabe. Você tambem, Daniel." Digo.
"- Até, Anjo." Ele diz sorrindo. E eu e minha mãe vamos para casa.Ei pessoinhas! O que acharam? Espero que estejam gostando. Como acham que essa história termina? Comentem, votem e não deixem de dar uma olhadinha em "Conjuradores" de minha autoria.
Bjks da Izzy :*
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Karma - Tudo Que Vai, Volta.
ParanormalAudrey Herondale é aparentemente uma garota normal de 17 anos. Ou pelo menos, é o que os seus novos colegas de classe acham e o que ela os faz pensar. O que os seus colegas nem imaginam, é que essa inglesa que apareceu derrepente, faz parte de um mu...