Capítulo 16 (Rafael)

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-Esta tudo bem filhão?

Eu olhei pra Henrique, segurei minhas lagrimas que estavam começando a se forma em meu rosto, olhei pra ele e falei:

-Estou sim.

Ele me olhou serio e preocupado, realmente parecia preocupado com oque havia acontecido, então fechou a porta se a tranca, começou a caminhar ate a mesa de computador, pegou a cadeira lá, acendeu a luz, e foi puxando a cadeira de computador ate minha frente e se sentou nela enquanto eu estava sentado na cama e me olhou preocupado e falou:

-Rafael, você anda meio estranho ultimamente, eu queria conversa com você de pai pra filho, nunca fizemos isso e acho que seria importante fazer isso agora, podemos conversar?

O dia estava indo de mal a pior, primeiro minha irmã me leva pra uma balada gay e me droga, depois ela beija uma garota, depois tranzei com um cara que se dizia gogoboy mas na verdade fez um truque pra me levar ate um quarto e eu cai direitinho, depois tive de carregar minha irmã bêbada ate o estacionamento, e escutar ela chorando e agora o homem que me abandonou queria falar comigo e ter uma conversa de pai pra filho, eu não considerava ele como pai, a verdade e que só estava ali por causa das minha irmã e da minha mãe, não podia deixar as duas sozinhas, mesmo com Henrique que se mostrava uma pessoa de confiança já, se ele quisesse fazer algum mal a nos teria feito antes, não agora depois de tanto tempo na casa dele, olhei pra cara dele, toda vez que eu fazia isso só conseguia ter raiva dele, ele era a segunda pessoa que mais me estressava sem falar nada, a primeira pessoa era Pedro, só o vi uma vez, mas foi o suficiente pra sentir meu sangue ferver, Henrique já me propôs uma conversa assim antes, varias vezes e eu sempre dizia não, acho que agora seria um bom momento pra conversar, eu precisava desabafar com alguém sobre oque estava acontecendo, eu precisava desabafar, olhei pra ele e falei:

-Podemos conversa sim.

Ele sorriu, possivelmente de modo nervoso, não esperava escutar isso de mim, ele parecia não saber oque falar inicialmente, estava nervoso e um pouco preocupado, ele me olhou e então falou:

-Então tá... hm... Acho que vamos começar por... Oque esta acontecendo com você?

Aquilo era algum tipo de piada, Henrique mal sabia oque falar comigo, eu olhei pra ele e falei:

-E a primeira vez que faz isso né?

Ele riu de canto ainda nervoso e falou:

-Pra falar a verdade sim, nunca fiz isso na minha vida, mas se não se importar de falar, as vezes eu já vivi essa situação uma vez e me livrei dela fácil, agora me conta oque esta acontecendo?

Eu olhei pra ele, ele realmente parecia querer sabe roque acontecia, não havia motivos pra não contar a verdade então comecei a falar:

-Sinto saudades.

Henrique me olhou serio, estava curioso com oque eu tinha que contar, então começou a falar:

-Sente saudades do que ao certo filho?

Eu olhei pra ele, meus olhos se encheram de lagrima ao já pensar na resposta que era só uma, era Rodrigo, eu tinha saudades dele, eu o amava, não era tão fácil pra mim superar ele como ele me superou, sequei meus olhos e falei meio chorando pro meu pai:

-Sinto saudades de minha vida antiga, da minha casa, mas principalmente de Rodrigo, eu o amava muito e o deixei pra traz.

Meu choro se intensificou, logo eu acabei virando uma cachoeira de lagrimas, não sabia como eu conseguia chorar tanto de uma vez só por causa dele, Henrique me olhou, respirou fundo e falou:

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