-Você esta bem?
Eu estava chorando, não sabia se era pela dor no tornozelo, ou por ter quebrado o coração de alguém que não merecia que nada de ruim acontecesse a ele, eu ainda o amava Rafael, amava cada momento que vivi com ele, e não trocaria esses momentos por nada, mas ele realmente não me merecia, ele merecia alguém melhor do que eu , logo olhei pra Pedro, ele estava preocupado, seus olhos estavam fixos em mim, e logo falei entre lagrimas que escorriam por minha bochecha:
-Não to anda bem, por favor me leva pro quarto.
Ele não contestou, me pegou nos braços, pegou minhas muletas e logo foi me levando ao meu quarto, em pouco tempo eu estava em frente a porta. Assim que as portas se abriram mal acreditei no que estava em minha frente. Não sabia oque falar, Pedro estava do mesmo modo que eu, sua boca aberta e seus olhos esbugalhados mostravam isso ele estava surpreso, meu quarto estava destruído, havia algodão, e pedaços de tecidos pra todos os lados. Miguel estava em cima da minha cama com um travesseiro na boca, balançando ele que já estava todo rasgado e jogava a espuma que havia dentro dele pra todos os lados, meu cobertor estava todo rasgado em cima da cama, havia alguns pequenos buracos em meu colchão, em 30 minutos Miguel parecia ter destruído meu quarto inteiro, olhei pro quarto com espanto e falei em um tom de voz nervoso:
-Mas que porra e essa aqui.
Pulei do colo de Pedro caindo no chão e me apoiando no pé bom e mantendo o outro sempre levantado, logo estava entrando no quarto em pulinhos, e olhando a destruição, Miguel percebeu minha raiva e logo se escondeu embaixo da cama, meus olhos reviraram o quarto vendo melhor o estrago feito, havia um pequeno bonsai próximo a janela que já estava dando flores brancas nele, mas agora estava no chão jogando terra pra todo o lado, a barra da minha cortina havia sido rasgada, alguma coisa havia se quebrado pois haviam cacos de vidro pelo chão, Pedro não sabia oque dizer, enquanto olhava o estrago, Miguel saiu correndo indo ate o quarto dos meus pais, logo meus pais entraram, minha mão assustou na hora e levou a mão a boca em espanto em relação ao estado do meu quarto, meu pai olhou em volta e falou virando de costas:
-Eu falei que você teria que cuidar do cachorro, e que ele causava confusão, quero tudo limpo e depois um relatório dos gastos.
Minha mãe ainda estava com a mão na boca, sem reação e falou:
-Meu deus, como algo tão pequeno fez um estrago tão grande.
Respirei fundo pra manter a calma, não dava pra ser calmo o tempo todo e logo falei:
-Relaxa mãe, eu vou limpar tudo.
Ela estava em choque e logo falou:
-Quer ajuda?
-Quero sim, coloca a casinha e a caminha de Miguel lá fora, esse ano ele não vai entra dentro de casa como castigo por ter feito isso.
Minha mãe pegou a caminha dele e logo saiu, sabia que eu estava nervoso e ela sabia que era melhor se afastar por um tempo, Pedro ainda estava em frente a porta e falou:
-Quer minha ajuda?
-Quero sim, me ajuda a limpar isso, não sei se consigo arrumar tudo sozinho.
Ele me olhou e logo começamos a arrumar meu quarto, tentamos fazer ele virar oque era antes, vários sacos de lixo foram se enchendo a medida que íamos jogando travesseiros, cobertor, e outras coisas no lixo, Pedro estava sem graça, no fundo ele se sentia culpado pois ele havia me dado o cachorro de presente e achava que aquilo era culpa dele, enquanto eu colocava oque sobrou do bonsai (O tronco e a raiz e poucas folhas) em um outro vazo com terra Pedro falou:
-Acha que colocar ele de castigo vai resolver algo?
Respirei fundo, não queria falar, já estava cansado de tentar ajeitar as coisas olhei pra ele e falei:
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Ano novo, vida nova!
Historia CortaUma historia de dois adolescentes que se apaixonam, mas que terão que enfrentar vários e vários obstáculos pra que o amor dos dois prevaleça junto.