O DIÁRIO DE UM ANJO.

(41) nada de tristeza

Beatriz ja tinha ido pra casa, e eu estava indo para o cemitério junto com Bianca.

A ideia de voltar a viver ainda estava em minha cabeça, e nada nem ninguém iria tirar essa ideia da minha cabeça.

-é... chegamos, vai descansar.

As vezes Bianca parecia minha mãe, eu sei que ela quer cuidar de mim mas eu sei me cuidar sozinho.

-não é so eu que precisa descansar, você também precisa.

-nós precisamos, hoje foi um dia longo e cansativo.

Bianca deitou em seu tumulo e ficou em silêncio, faço o mesmo e assim que deito sinto um grande alívio circular pelo meu corpo.

Fico pensando se tivesse acontecido diferente, se eu tivesse visto a tal luz e se eu fosse para esse tal de lugar melhor, Consertesa não estaria deitado em uma lápide dura.

Talvez eu teria aquele brilho todo e essas... poderia voar.

Mas não, ao contrário disso eu apenas posso atravessar coisas e me materializar... talvez um dia a luz apareça e a escolha tera que ser tomada... não estou pronto pra isso.

Fecho os meu olhos e esvazio minha mente eu apago em menos de dois minutos.

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Acordo com a luz do sol, e com o corpo totalmente carregado de energia.

E hoje eu estava...podemos dizer que tranquilo.
Os poblemas pareciam distante pelo menos por enquanto.

-ja acordado.
-totalmente carregado.
-que bom, hoje você terá mais um dia cheio.
-sim...espero que que seja cheio de alegria.
-e será.

Ela me da um tapa de leve em minha perna.
Eu me sinto na obrigação de levar Bianca comigo, depois do que ela fez por mim e por Beatriz.

-vamos?
-pra onde?
-visitar algumas pessoas.
-...ha...não brigada pelo convite, mas eu acho que você merece um tempo assos com Bianca
-você também precisa falar, com ela.sem você ela não estaria onde esta agora.
-ok, so acho que ela não vai gostar muito.
-vai gosta sim, vamos.

A caminho para casa da minha mãe resolvi tocar no assunto, alguns dias atrás Felipe me abordou assim que entrei no cemitério.

Veio com uma pergunta estranha, mas parecia que tinha certeza do que estava perguntando.

Você ama a Bianca?

Normalmente a resposta seria sim mas eu estava preocupado com Beatriz sequestrada e com medo da minha mãe voltar pro hospital pra piorar eu tinha discutido com Bianca e apenas disse não posso amar duas pessoas.

Ok, foi pura idiotice minha, so que na hora eu não pensei e so fui me arrepender depois.

Ele então se aproximou mais de mim e disse em alto e bom tom.

Eu to gostando dela ok, eu mantinha distância porque achava que você ha amava mas eu tava enganado. Não ouse magoa-la.

E saiu podemos dizer que ele estava um tanto estressado e essa foi a minha hora de ficar inseguro, não sabia por certo oque Bianca sentia pelo Felipe, então por puro impulso perguntei.

-oque você sente pelo Felipe?
-pelo Filipe? Como assim Mateus.
-qual é o seu sentimento por ele.
-... ele é meu amigo, eu ajudei ele, e ele me ajuda quando eu preciso se isso é ser amigo, eu e ele somos amigos.

Eu praticamente ja esperava essa resposta dela, não avia possibilidade alguma de Bianca e Felipe ficarem juntos.
Não é ciúmes é o que é óbvio.

-porque essa pergunta?
-Felipe andou conversando comigo.
-sobre mim?
-podemos conversar sobre isso depois.

Disse entrando na casa da minha mãe, Bianca vinha logo atrás, entro e tomo um susto com a enfermeira deitada no sofa caminho ate o quarto e minha mãe esta dormindo.

-ela parece estar bem.
-sim, também acho.
-seria bom se ela pode-se ver você... ver que você está bem.
-ela não entenderia.

Dou um beijo em sua testa mesmo não sentindo a textura de sua pele fico satisfeito
Saímos de la ainda andando tranquilamente, o sol parecia tímido se escondendo atrás das nuvens.

Bianca estava estranha parecia esconder algo de mim, seus olhos ha entregavam.

-pode falar.

-falar oque?

-conheço você...sei quando esta escondendo algo de mim.

Ela continua quieta, me deixando mais curioso ainda. Faltava poucos metros para chegar na casa de Beatriz, resolvo parar e esperar ela tomar coragem para me contar seja la oque for.

-Mateus, precisamos continuar andando.

-eu não vou dar mais nem um passo, ate você me dizer oque está acontecendo.

Bianca gira nos calcanhares e se aproxima de mim cortando os poucos centímetros que nos separava ficando frante a frente comigo.

-não quero falar sobre isso agora.

-sério? Sério que você vai continuar fugindo?

-eu não eatou fugindo ta legal?... eu so acho que as coisas estão melhorando.

-eu não estou entendendo, Bianca.

Bianca da um suspiro pesado e olha para outro lugar distante.

-o Gabriel.

Meus olhos se abrem mais do que o normal seu nome me dava arrepios.

-oque tem o Gabriel?

-ele quer falar com você.

-o que você ja foi falar pra ele?

-não falei nada, ele apenas disse que queria conversar com você... mandou dar o recado.

-isso que você não queria me contar?

-so não queria estragar a nossa caminhada.

-ok na volta eu ho procuro.

Continuamos andando, chegamos a casa de Beatriz e tinha Carla, Ricardo, e duas mulheres que por acaso eu ja ouvi falar e se eu não me engane é tia e prima de Beatriz.

Passamos reto pelo pessoal e paramos em frente a porta do quarto.

-pode entrar, eu cuido aqui, quando eu poder entrar, você avisa.

-ok, valeu.

Entrei e Beatriz estava deitada na cama um tanto pálida, alguns copos de água estavam espalhados pelo quarto, me materializei e me aproximei.

-meu anjo...

Beatriz abre lentamente seus olhos e abre um grande e Belo sorriso que eu não via a bastante tempo.

-Mateus, você veio!

-como eu não viria?

Eu levanto a ponta do edredom e me deito ao seu lado me cobrindo.

-é tão bom sentir o seu corpo junto ao meu novamente...

-é ótimo.

Ela olha para mim e eu há beijo sem pensar duas vezes.
Eu ja me arrependi muito pelas coisas que não fiz, e não vou me arrepender por não ter beijado o amor da minha vida.