31 de maio de 2006
Madrid- Espanha-Mamãe aguenta firme por favor, você é forte, e é a única em minha vida, não quero te perder igual perdi o papai, mamãe, mama, acorda, acorda, não me deixe.
-Eu te amo hija, se cuida, mama te ama, seja feliz.
Seus olhos fecharam-se, uma sirene estava bem próxima, um moço fardado se apresentou como socorrista me segurando fazendo-me recuar, a sair de perto daquele carro com os ferros retorcidos onde minha mãe estava dentro. Momentos antes ela mesma me ajudou a sair do carro com toda sua limitação conseguindo mover apenas os braços. Minha heroína.
Nunca esqueci aquele dia. Já havia perdido meu pai por conta daquele maldito câncer no fígado. Agora estou só.
O que me resta é fazer o que minha mama me disse antes de partir. Me cuidar e ser feliz.P.O.V Lauren
-Acorda cavalona!
Era assim que eu chamava Dinah, minha hermana de corazón desde o orfanato, pois ela é muito alta e bem carnuda, não pra gorda, só tinha bastante carne mesmo, e agora músculos já que está frequentando a academia.
-Já estou acordada branquela!
Fiz careta, mesmo sabendo que ela não veria.
-Posso abrir a porta? Está vestida? Pois não quero me traumatizar.
-Nha para de frescura boba, entra logo.
Abri a porta e lá estava a Hansen sentada na cama com as pernas entrelaçadas, com aquele recorte de jornal que a fazia sofrer.
Hoje fazem 15 anos que os pais dela morreram naquele incêndio horrível e nada foi descoberto ainda em relação aos acusados, que eles chamavam de suspeitos. As investigações andavam mais lentas que minha lambreta de segunda mão.
-Poxa Hansen, não se martirize, não fique vendo essas coisas que te fazem sofrer.
-Jauregui fazem 15 anos e nada ainda. Preciso fazer alguma coisa.
-Calma chica, calma.
Falei olhando em seus olhos e sentando ao seu lado, segurei em sua mão, sei que isso a tranquilizava.
-Vamos encontrar aqueles desgraçados tá bem, estou contigo sempre.
Beijei o dorso de sua mão e ela fez o mesmo em minha.
-Agora limpa essas lágrimas e vamos trabalhar mujer.
-Vamos!
Demos um right five e saímos em direção a nossa estamparia, somos sócias lá, trabalhamos duro até tarde, até que nosso negocinho tá crescendo, estamos pensando em ampliar até mais nosso local. Estampamos quase tudo lá desde camisas a capinhas de celular.
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Dolor Y Amor
FanficAté que ponto pode chegar um ser humano revoltado? Quando a dor se transforma em ódio? Como sanar essa dor? Será que o amor é páreo para isso? Todas as respostas serão alcançadas a cada dia. A vida é uma grande escola, as situações que nela ocorrem...